Figura eminentemente popular, Affonso Silva, o Polar,
atravessou as multidões das ruas sem para elas, o que não é fácil, cair no
ridículo.
Sua vida, aliás, muito complexa, não caberia aqui num registro que
visa menos fazer um panegyrico do que prantear a sua ausência que já começa a
deixar um sulco de saudade. Certo, havia muito intelectualzinho que
esbravejava enfurecido quando pretende arrancar sua importância pela Rua do
Ouvidor, tinha que se contundir com a turba multa de basbaque atenta a última caracterização do reclamista que, não raro, na sua original casaca branca
confeccionada por Almeida Rabello, citava autores gregos.
Polar não tinha inimigos.
Sua vida, ele que nasceu,
quer nos parecer, nas vizinhanças de um campo de futebol, teve elco de
esportivo.
Até mesmo no trajetória em parábolas de sua existência.
Polar teve o
destino de um Crack. Sua popularidade nasceu nos campos modestos de futebol e
nos Estádios onde se praticavam a luta livre ou o Box, tendendo o sorvete de
que tomou a alcunha.
Fonte: Jornal Globo Esportivo 09 de Agosto de 1940
Fonte: Jornal Globo Esportivo 09 de Agosto de 1940
Torcida do Vasco Polar O Globo Esportivo 1940 |
Torcida do Vasco Polar O Globo Esportivo 1940 |
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