segunda-feira, 16 de outubro de 2017

VASCO 1931: TORCEDORES RECEBEM OS JOGADORES NO CAIS MAUÁ

No desembarque da delegação do Vasco vindo da Europa, uma multidão compareceu ao Cais do Porto do Rio de Janeiro para receber os jogadores.

EXCURSÃO DO VASCO DA GAMA À EUROPA EM 1931.
No ano de 1931, o Vasco da Gama empreendeu uma vitoriosa excursão ao Velho Continente, realizando 12 jogos. 
A equipe carioca foi a 2ª do Brasil nesse continente, sendo a 1ª o famoso e hoje extinto o Paulistano de São Paulo.

VASCO DA GAMA 2 X 3 BARCELONA (ESP)
Data: 28/06/1931
Local: Barcelona (ESP)

VASCO DA GAMA 2 x 1 BARCELONA (ESP)
Data: 29/06/1931
Local: Barcelona (ESP)

VASCO DA GAMA 1 x 2 CELTA (ESP)
Data: 05/07/1931
Local: Vigo (ESP)

VASCO DA GAMA 7 x 1 CELTA (ESP)
Data: 07/07/1931
Local: Vigo (ESP)

VASCO DA GAMA (RJ) 5 x 0 BENFICA (POR)
Data: 10/07/1931
Local: Lisboa (POR)

VASCO DA GAMA (RJ) 4 x 2 COMBINADO DE LISBOA (POR)
Data: 15/07/1931
Local: Lisboa (POR)

VASCO DA GAMA (RJ) 3 x 1 PORTO (POR)
Data: 19/07/1931
Local: Porto (POR)

VASCO DA GAMA (RJ) 9 x 2 COMBINADO VARZIM/BOAVISTA (POR)
Data: 22/07/1931
Local: Porto (POR)

VASCO DA GAMA (RJ) 6 X 2 OVARENSE (POR)
Data: 24/07/1931
Local: Ovar (POR)

VASCO DA GAMA (RJ) 1 X 2 PORTO (POR)
Data: 26/07/1931
Local: Porto (POR)

VASCO DA GAMA (RJ) 1 X 1 VITÓRIA DE LISBOA (POR)
Data: 30/07/1931
Local: Campo da Amoreiras (POR)

VASCO DA GAMA 4 X 1 SPORTING (POR)
Data: 02/08/1931
Local: Porto (POR)
Fonte: Jornal dos Sports e http://cacellain.com.br/blog/?p=11272

Vasco Centro de Memória do Vasco 1931

Vasco Diário de Notícias 1931

domingo, 8 de outubro de 2017

VASCO 2017: LIVRO "100 ANOS DA TORCIDA VASCAÍNA", 1919 PRÓXIMA PARA: ENGENHO DE DENTRO

                            “do morro e das arquibancadas, um grito uníssono: Viva o Brasil’”
                                          Jornal do Brasil, final do Sul-Americano em 1919

1919             Próxima Parada: Engenho de Dentro

            A formação de uma grande equipe era o melhor atalho para chegar a Primeira Divisão. Em busca de conseguir os grandes jogadores da Liga Suburbana, o Vasco encontrou no Engenho de Dentro, tricampeão (1916-17 e 18), a base de seu elenco para o campeonato carioca da Segunda Divisão.
            O historiador João Malaia registra que o empenho da diretoria em montar um time competitivo deu certo, pelo menos do ponto de vista do crescimento da torcida entre 1918 e 1919: “o Vasco da Gama que teve em média 220$857 de receita por jogo em 1918 para, no ano seguinte, pular para 421$833, num crescimento de mais de 90% de arrecadação com a venda de bilhetes para seus jogos, passando a ser o clube com a maior média de arrecadação por jogo na 2ª Divisão” (2010, p.222).
            Apesar de ter o melhor elenco da competição, o time vascaíno, apontado pela imprensa esportiva como o franco favorito para vencer o campeonato, não conseguiu realizar o intento mesmo contando com o apoio da torcida que não mediu esforços de incentivar seus jogadores e vaiar os adversários. Esta atitude, que já vinha se tornando comum nos jogos mais decisivos, ainda recebia repreensão de parte da imprensa. Em uma crônica do jornal O Paiz, o jornalista pedia providência ao presidente do Vasco, exigindo que “reprovem seus associados por terem agido de forma tão pouco cavalheiresco como hontem agio com os players locaes”[1].
            Uma das principais atrações do novo elenco vascaíno era o goleiro Nelson Conceição, conhecido como o “Chauffeur”. Vindo do Engenho de Dentro, ele será titular absoluto nos próximos anos e um dos ícones na campanha memorável do titulo de 1923. Vai ser o primeiro jogador do Vasco a vestir a camisa da seleção brasileira no mesmo ano da conquista do campeonato carioca. Até o final dos anos 1920, ele será o jogador que mais vezes envergará a camisa cruzmaltina.
            O campeonato Sul-Americano de Futebol disputado no Rio de Janeiro no mês de maio é considerado por muitos estudiosos como um marco divisor na história do futebol brasileiro. A competição foi a primeira organizada no país pela Confederação Brasileira de Desportes (CBD) e contou com uma intensa participação dos torcedores que lotaram o estádio das Laranjeiras em todos os jogos da seleção nacional. Mais do que os jogos e os resultados, o que chamava atenção era a repercussão geral, quando a cidade praticamente parava para acompanhar os resultados.
A vitória da seleção brasileira servia para aumentar o sentimento nacionalista que o futebol despertava e demarcava que a partir daquele instante o futebol elitista estava com os seus dias contados.
Para se ter uma idéia de como a população se envolveu nos jogos, basta lembrar que muitos torcedores ao verem impossibilitados de entrar no estádio lotado buscavam formas próprias de prestigiar o evento. Enquanto alguns se apertavam no morro em volta do campo, outros foram acompanhar o desenrolar da partida final com o Uruguai na Avenida Rio Branco, local onde ficava a sede do jornal O Paiz que havia colocado um painel informando dos principais lances da partida.
Para os clubes de futebol, este seria o ano de consagração do Fluminense que conquistava o tricampeonato (1917-18-19) com uma das melhores equipes de sua história. Festa nas Laranjeiras com muito champanhe para os associados na luxuosa sede. Sua torcida cresce em toda a cidade, especialmente entre as camadas mais ricas que se identificavam com o perfil mais elitista. “Ele era Fluminense por isso mesmo, escolheu o clube mais fino para torcer” (...) procurava ser Fluminense, distinguindo-se dos torcedores dos outros clubes”, explicava o jornalista Mario Filho.
A tranqüilidade do tricolor vai durar até 1923. Daí em diante só restará a turma das Laranjeiras contar com o seu esnobismo e o ar confiante de sua “superioridade”. O fato inegável será que no campo, nas arquibancadas e nas gerais, uma nova nação comandará o futebol carioca.
Fonte: Livro “100 anos da Torcida Vascaína”, escrito pelo historiador Jorge Medeiros.


[1] Jornal  O Paiz, setembro de 1919.

Vasco Revista Careta 1919

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

VASCO 2017: LIVRO "100 ANOS DA TORCIDA VASCAÍNA", 1918 OS INCANSÁVEIS VASCAÍNOS

                                                                                        “Grande Assistência”
                                                                                           Frase da época

1918               Os Incansáveis Vascaínos

        Até a afirmação do profissionalismo do futebol nos anos 1930 era comum um atleta praticar vários esportes. Na biografia de Leônidas da Silva, o jornalista André Ribeiro (2007) registra que aquele gênio do futebol disputava outras modalidades esportivas pelos seus primeiros clubes: Sirio e São Cristovão. No Vasco isso não era diferente. Um mesmo atleta competia em várias modalidades. Uma das figuras mais notáveis em nossa agremiação era Adão Brandão, autor do primeiro gol vascaíno, em 1915. Para estes desportistas o envolvimento com o clube tinha que ser total. Mesmo em um ano que não fosse repleto de títulos a missão destes jovens era manter acesa a chama da esperança no ano seguinte. E foi o que Adão e seu grupo[1] fizeram no final do ano de 1918 realizando um “suculento e maggestoso reco-reco”[2].
            As derrotas no futebol e no remo não afastavam os associados do clube, pelo contrário, se afirmavam laços de união e camaradagem que garantiriam, no futuro, o crescimento vertiginoso de nossa torcida. Uma demonstração clara do traço distintivo do Vasco diante dos outros clubes da Segunda Divisão era a constante presença de torcedores vascaínos que demarcavam a diferença entre os clubes de futebol.
            O jornal Tico-tico[3] faz um registro da partida (ainda usando muitos termos em inglês) entre Vasco e River no estádio do São Cristovão (construído em 1916, sendo considerado um dos mais modernos daqueles tempos), ressaltando a superioridade de nosso clube em campo e nas arquibancadas: “este match foi effectuado no ground do S. Cristovão A. C., a rua Figueira de Melo, com regular assistência composta na sua maioria associados do Vasco da Gama o qual demonstrando certa superioridade sobre o seu antagonista infligiu-lhe uma derrota de 4 a 2”[4]. Este talvez seja o primeiro registro da imprensa sobre a atuação de nossa torcida.
        Esta partida aconteceu depois da suspensão de todos os jogos de futebol na cidade em virtude da “gripe espanhola”. Uma grave epidemia que atingiu o Brasil matando milhares de pessoas. Somente em nossa cidade morreram nos meses de outubro e novembro mais de 25 mil pessoas.
            Nas duas últimas partidas o time já pensando em férias relaxou e foi derrotado, sendo a última com uma goleada por 6 a 0 para o Mackenzie. O resultado final foi, podemos assim considerar, satisfatório, com 9 vitórias e 7 derrotas.
Fonte: Livro “100 anos da Torcida Vascaína”, escrito pelo historiador Jorge Medeiros.


[1] Este coletivo de associados depois se auto-intitulará de Grupo do “Lasca o Pau”.
[2] Tico-tico, dezembro de 1918.
[3] O mesmo periódico foi o único que deu a notícia do Vasco sendo aceito pela Liga Metropolitana 3ª Divisão em 1916.
[4] Tico-tico, outubro de 1918.

Vasco Revista Careta 1918

domingo, 1 de outubro de 2017

VASCO 2017: LIVRO "100 ANOS DA TORCIDA VASCAÍNA", 1917 "LASCA O PAU" NA 2ª DIVISÃO

                                                                “O club da Cruz de Malta”
                                                     Como éramos conhecidos pela imprensa

1917                  “Lasca o Pau” na 2ª Divisão

            A Liga Metropolitana faz uma reformulação na divisão dos associados e passa a contar com dez clubes na Primeira Divisão[1], nove na Segunda e outros nove na Terceira Divisão.
O Vasco passa para a Segunda Divisão e faz uma campanha bem melhor que a do ano anterior. Aparecem as primeiras vitórias e a classificação em 4° lugar indicava que o caminho certeiro começava a ser trilhado. A receita do sucesso estava em conquistar novos jogadores oriundos das camadas populares e contar com o apoio dos associados que se dividiam entre incentivar o Remo, principalmente, e os outros esportes.
            Talvez o jogo mais importante do ano tenha ocorrido contra um tradicional rival do Remo, o Boqueirão do Passeio. Os dois clubes fazem boas campanhas e conseguem arrastar um bom público para o estádio do América. De todos os jogos do Vasco neste ano, este foi o único que mereceu uma grande reportagem que ressaltou a rivalidade do remo levada para o estádio de futebol. Para o jornal “O Paiz”, “foi um bom encontro o match de ontem realizado entre os disciplinados teams dos nossos dois gloriosos clubs de regatas, tendo a assisti-lo uma assistência bem regular na qual se achavam representantes do belo sexo (...) O interesse que cercava este encontro era justificável porque não só os dois clubs se acham bem colocados na tabela do campeonato, como também é notória a rivalidade esportiva que entre ambos existe. Rivalidade esta que consiste em cada um querer trazer mais louros para o seu pavilhão, o que, portanto muito honra os dois rivais”[2]
            Contudo, ainda era importante superar o preconceito que os atletas do remo nutriam em relação aos jogadores de futebol. O pesquisador vascaíno Mauro Prais, seguindo as informações do ex-atleta Adão Brandão, afirma que essa desconfiança acabou neste jogo, em setembro de 1917, quando o time do Vasco vence o Boqueirão do Passeio por 3 a 0[3]. O “ ódio era tão grande que uns e outros quase não se falavam. E esse ódio só terminou em 1917, quando o Vasco se reabilitou definitivamente aos olhos dos remadores, vencendo, em partida magnífica, um dos maiores adversários do Vasco em todos os esportes”.
            Como faziam sempre os jogadores saíram desse jogo e voltavam para a sede na rua Santa Luzia. Foi então que “os jogadores de futebol tiveram a maior surpresa de toda a sua vida quando chegaram no clube. A Comissão de Futebol, com Cascadura, Narciso Basto, Fonsequinha e Pascoal Pontes estava desconfiada, mas a alegria dos jogadores era tamanha que eles resolveram entrar no clube dando vivas ao Vasco. Mas nem chegaram a entrar. Os remadores, na porta, de remo em punho, os obrigaram a entrar em carros abertos - e só então eles repararam nos carros - e foram fazer uma passeata pela cidade, irmanados, craques de futebol e remadores”[4]. Também começava a se formar um grupo aguerrido para defender os torcedores vascaínos nos jogos em que a torcida adversária quisesse intimidar os nossos adeptos. Era o grupo do “Lasca o Pau”, formado por remadores e lutadores dispostos a defender nosso pavilhão no braço. Em crônica no Jornal dos Sports nos anos 1950, o jornalista Álvaro Nascimento relembra os nomes de alguns deles: Rafael Verri, Aquiles Astuto, Adão Brandão e Edgar Lody Batalha[5].
Em julho de 1963, por ocasião da morte de Victor Alves Moreira  (conhecido como Sinhá), o amigo e cronista Álvaro Nascimento exalta um dos responsáveis pela formação da Turma da “Linha de Frente” entre os anos de 1916-1922, composta por aguerridos torcedores vascaínos dispostos a todo e qualquer sacrifício em prol do clube. O jornalista escreve uma crônica em sua homenagem, ressaltando a formação deste grupo de abnegados torcedores que lutavam de corpo e alma para o sucesso do time de futebol e da segurança da torcida nos estádios da cidade: “as novas gerações vascaínas desconhecem quão grande foi o esforço, a dedicação de homens modestos para entregar-lhes esse Vasco poderoso de nossos dias ... um punhado de dedicados vascaínos que, com sol ou chuva, nos campos suburbanos, constituía a ‘policia de choque’ a dar garantia e segurança as nossas representações".
O futebol nessa época já tinha seus adeptos, a torcida do Vasco ainda com meia dúzia de gatos pingados, já começava acompanhar o time. Como fato inédito, na época, quem chefiava essa Torcida Organizada era Dona Josefa Pereira (primeira Chefe de Torcida do Vasco), irmã Manuel Pereira, proprietário de uma casa de Tecidos[6]. Como brigava a Dona Josefa Pereira.
Novamente em suas lembranças, o jornalista do Jornal dos Sports Álvaro Nascimento, recorda 50 anos depois, o que era o desafio de torcer naqueles campos da Segunda Divisão sem as mínimas condições de segurança e os nomes dos pioneiros das arquibancadas: “naquele tempo não havia o Estádio Mário Filho (Maracanã) com dois mil policiais que garantiam a ordem. As brigas eram no Campo do Esperança, no Marco VI em Bangu, no Campo do Jardim Zoológico ou do Palmeiras, na Quinta da Boa Vista. São considerados paladinos da Torcida Vascaína, a maioria já falecidos, os seguintes Vascaínos, D. Josefa Pereira e seu irmão Manuel Pereira, Joaquim Carneiro Dias, Baltar Junior, Dr Castro Menezes, Carlos Medalhas, Albertino Moreira Dias, Ouriço, Francisco Costa, Sinhá, Fava, Zapelli, Dom Quixote”.
            O desafio de um time de futebol oriundo de clube tradicional de remo era conseguir se auto-sustentar. Para entender como isso era complicado basta ver o exemplo de dois outros clubes das regatas da época, como o Boqueirão e o Icaraí (que montaram times antes do Vasco), e que encerravam neste ano suas participações na Liga Metropolitana.
Garantir a presença da torcida nos estádios era fundamental para a sobrevivência do futebol nestes clubes. O problema era que as partidas de futebol coincidiam com os dias das regatas. Mas este era apenas um problema. O maior, talvez, fosse convencer os “novos torcedores” acompanharem um time sem grandes ídolos, enquanto os clubes tradicionais já levavam milhares de pessoas aos estádios para ver o talento das novas estrelas do esporte. As novas gerações já podiam se identificar com os clubes através de seus ídolos em campo.
Montar um time de qualidade com todas as restrições que a Liga fazia para evitar a presença de jogadores das camadas populares, era um grande desafio. Ficava o problema: sem um grande time, não tinha torcida e não tinha bilheteria. Sem arrecadação, como convencer os associados de que valia a pena o investimento no futebol? Participar da Liga não era barato. Os custos com a inscrição no campeonato e o aluguel dos estádios eram bastante dispendiosos, fora os outros gastos com material, deslocamento etc. Enfim, o clube tinha prejuízo com o futebol
            Mas um clube como o Vasco da Gama se fez de superação. Para os mais devotados ao futebol o caminho para o clube brilhar nos dois principais esportes da época estava aberto. O destino nos reservaria para os próximos anos vitórias que consagrariam aqueles jovens que em 1898 resolveram fundar um clube que unia o que melhor brasileiros e portugueses fizeram pelo nosso país. Construir uma nação para todos, sem barreiras sociais e econômicas.
Fonte: Livro “100 anos da Torcida Vascaína”, escrito pelo historiador Jorge Medeiros.



[1] Carioca, Mangueira e Vila Isabel foram os três primeiros colocados na Segunda Divisão em 1916 e assim passaram para a Primeira Divisão.
[2] Fonte: O Paiz, setembro de 1917.
[3] O sucesso do time vascaíno de futebol chegava as revistas esportivas. Na semana seguinte ao jogo eram divulgadas as fotos do time na Revista Vida Sportiva. Talvez sejam as primeiras imagens do futebol nas revistas esportivas cariocas.
[4] Fonte: pesquisa de Mauro Prais baseada em informações da trajetória esportiva de Adão Antonio Brandão, o maior atleta da história do Vasco e autor do primeiro gol oficial. Reportagens intituladas "Os Grandes Amadores", de Giampaoli Pereira, publicada em seis partes no Jornal dos Sports, de 12/12/1952 a 19/12/1952.
[5] Fonte: Jornal dos Sports, 13 maio de 1954,
[6] relata Álvaro do Nascimento Rodrigues, o Zé de São Januário, em sua coluna Uma Pedrinha na Chuteira do Jornal dos Sports em 21 de Agosto de 1968.

Vasco Revista Vida Sportiva 1917