“Time de Viados, Time de Viados
Xingamentos
para os São-paulinos em São Januário
Tua
Imensa Torcida Quer Voltar a Ser Feliz
Longe
dos resultados esperados, o time do Vasco, em 2019, foi um coadjuvante na maior
parte das competições. A não ser o título da Taça Guanabara, ficamos devendo
com o vice-campeonato estadual, a eliminação na quarta fase da Copa Brasil e o
fantasma do rebaixamento no início do campeonato brasileiro.
Foi
um ano de ver a ascensão esportiva do rival e do avanço da Flapress nos meios
de comunicação. Ao longo de todo o ano, vascaínos e rubro-negros se envolveram
em várias polêmicas desde a utilização do escudo do Flamengo na camisa do
Vasco, até a declaração infeliz do atacante rubro-negro Bruno Henrique “de que
seu clube era de outro patamar”.
A
maior alegria da torcida foi com a revelação do jovem (17 anos) Talles Magno[i] e as tristezas ficaram por conta das mortes
dos ex-presidentes Antônio Soares Calçada e Eurico Miranda. Além deles, o
ex-goleiro e campeão de 1974, Andrada, também deixou saudades. Nas
arquibancadas, o luto foi com a passagem de Yara Barros, fundadora da Torcida
Feminina do Vasco Camisa 12 (criada nos anos 1970).
O
episódio mais polêmico do ano envolvendo a torcida do Vasco foi durante a
partida com o São Paulo, em São Januário, no final de agosto. No jogo em que
vencemos por 2 a 0 (com destaque para a atuação de Talles Magno que fez seu primeiro
gol como profissional e foi eleito o melhor da partida), a torcida empolgada
com a atuação do time começou a provocar os adversários. No entanto, como a CBF
havia anunciado punições mais rigorosas a gritos preconceituosos nos estádios,
o técnico Vanderlei Luxemburgo e os jogadores do Vasco pediram calma à torcida
quando se ouviram os primeiros gritos ofendendo os paulistas.
Em
setembro a torcida se mobilizou e atingiu a meta de R$ 2 milhões em doações no
sistema “vaquinha online” para as obras iniciais da construção do Centro de
Treinamento. Por diversas vezes até o fim do campeonato a torcida dava
demonstrações de apoio irrestrito ao time lotando os jogos em São Januário e
batendo recorde de público da competição no último jogo no Maracanã (quase 70
mil pagantes).
Nos
últimos meses, enquanto o time brigava (sem muito brilho) por uma vaga na
Libertadores, duas novas obras renovavam a biblioteca vascaína com o lançamento
de “Todo Dia é Dia de Vasco”, do publicitário Sérgio Almeida, e o monumental “Almanaque
do Vasco”, produzido pelo gripo Pesquisa Vasco, liderados por Alexandre
Mesquita e Mauro Prais. Sem dúvidas, o Almanaque será uma fonte inesgotável
para as novas pesquisas sobre o clube e um material obrigatório de consulta
para os amantes do esporte.
Na
mesma semana que o rival conquistava a Libertadores, o Vasco iniciava uma
campanha para aumentar o número de sócios. Em menos de uma semana o clube
conseguia atingir os 120 mil associados, até ultrapassar aos inacreditáveis 184
mil (o maior do Brasil e o quinto no mundo). Um número que nem mesmo os
dirigentes vascaínos esperavam alcançar. O ano que terminaria com poucas
chances de novas alegrias, fechou com a notícia que o nosso quadro social já
era um dos maiores do Brasil, o que serviu como alento para o ano seguinte.
O
final do ano para o vascaíno estava entre o céu e o inferno. Com a conquista da
Taça Libertadores da América pelo rival e a imprensa (perdendo a máscara de
imparcial) fazendo papel de propagandista oficial do inimigo, tudo terminou como
mais queríamos. A vitória do Liverpool deu aos vascaínos munição suficiente
para azucrinar com os rubro-negros pelas redes sociais. Nossa vingança
(esperada desde 1998 com a derrota para o Real Madrid e a criação da fictícia
torcida Fla-Madrid) foi intensamente comemorada. A esperança de um novo ciclo
para o Vasco está mais viva. É a certeza dos torcedores que terminam o ano de
2019 como o clube de maior número de sócios do país.
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