Iara da Silva Barros, a Chefe da Torcida Feminina Camisa 12, há 11 anos. É representante comercial, solteira. Mulher dinâmica, sem preconceitos, decidida. Ela conta, com tranquilidade, como iniciou sua participação nos Estádios, onde até então a maioria dos homens comandava as Torcidas.
“Em 1969, fui pela primeira vez as arquibancadas. Eu
pertencia a Torcida Força Jovem, liderada por Ely Mendes, ficando quatro anos
fazendo parte dela. De repente, tive a idéia de fundar uma Torcida, de fazer
alguma coisa diferente pelas mulheres e pelo próprio Vasco. Eu queria uma
Torcida em que só as mulheres comandassem mas eu queria um nome diferente. E
daí surgiu o nome Torcida Feminina Camisa 12, as garotas Camisa 12, as
Luluzinhas.
Sobre o relacionamento entre homem e a mulher numa
Torcida, Iara afirma que por ser Chefe de Torcida há muito tempo é respeitada.
E já conhece o comportamento dos homens.
Ela rebate, assim como as outras, que chefe de Torcida
seja profissão e diz como consegue sobreviver a isso.
“Sou representante comercial, como já disse
anteriormente e vivo exclusivamente do meu trabalho. Não preciso, em hipótese
alguma do Vasco ou dos rendimentos da Torcida. Nós, Chefes de Torcida não
visamos um fim lucrativo. A minha Torcida ganha muitos presentes dos
patrocinadores, mas em compensação as camisas não são vendidas e com isso,
evito que homens comprem e vistam as camisas da minha Torcida. O típico da
camisa 12 são os exclusivos canecos que vendemos e com esse faturamento
compramos tudo que é preciso para a Torcida. Além disso, fazemos o Natal das
Crianças pobres da Barreira do Vasco, dando-lhes roupas, material, escolar,
etc.
Fonte: Jornal dos Sports 16 de Setembro de 1984
Feminina Camisa 12 Jornal dos Sports 1984 |
Feminina Camisa 12 São Januário 1977 |
Feminina Camisa 12 Maracabã 1977 |
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