sexta-feira, 28 de outubro de 2022

VASCO 1937: A PRAGA DE ARUBINHA

 

Em 1937, após o Vasco derrotar o Andarai por 12 x 0, o jogador do Andaraí Arubinha jurou vingança:

“Se existir um Deus, o Vasco ficará 12 anos sem vencer um título. É praga. O Vasco, sem dó nem piedade surrou-nos. Não joguei, mas fiz a minha reza. O Vasco ficará 12 anos sem ser campeão”.

Reza a lenda que o Arubinha, pulou o muro de São Januário e enterrou um sapo no campo. A maldição de Arubinha perdurou na Colina. O Vasco ficou 9 anos sem ganhar nenhum título e gerava muito incômodo nos vascaínos.

O próprio João de Lucca, Chefe da Torcida do Vasco, foi questionado sobre a história do sapo:

“Que história é essa do sapo do Arubinha, João”.

“Tolices”, respondia João.

Dizia que era tolice, mas depois ficava sério, preocupado. Que havia alguma coisa com o Vasco, havia.

“Eu, se fosse do Vasco, dizia Dona Helvecia, sua esposa, não descansava enquanto não encontrasse o sapo”.

“O Arubinha não enterrou sapo nenhum lá no Vasco, meu bem”.

“Como é que você sabe?”

 “A gente procurou por todo o campo e nada”.

Depois, o Arubinha tinha confessado que era conversa. Dera a palavra de honra, jurava que não enterrara sapo nenhum em São Januário.

Com isso, começaram a procurar o tal do sapo por todo campo mas não acharam sapo nenhum. até chamaram o Arubinha para São Januário, para desfazer a praga, mas o mesmo disse que não havia sapo nenhum.

E assim continuou, por anos, o Vasco não sabia o que era ganhar um campeonato.

Anos depois, no futebol carioca de 1945, a grande atração era o time do Vasco da Gama que confirmava a cada competição o favoritismo.

Foi neste ano que o cartunista Lorenzo Molas, do Jornal dos Sports, criou o símbolo daquele time que nos próximos anos reinaria absoluto: “O Expresso da Vitória”.

O Vasco derrotou a praga de Arubinha, ao conquistar o campeonato carioca, o título invicto, após 9 anos, foi o primeiro do time que entrou para a história como Expresso da Vitória.

Em 1945, o Club de Regatas Vasco da Gama organizou uma passeata monstro, com concentração na Praça Mauá e desfile pela Av. Rio Branco rumo a diversos bairros e um carro alegórico comemorando a morte do sapo.

Após anos, com a vinda do Pai Santana ao Vasco, o mesmo reforçou: Falaram-me que tinha um sapo morto enterrado no gramado, na mesma hora fiz um trabalho e fomos Campeões em 1970.

Vasco Arubinha Jornal O Globo 1936

Torcida do Vasco Jornal dos Sports 1945

Torcida do Vasco Jornal A Manhã 1945


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