Em 1937, após o Vasco derrotar o Andarai por 12 x 0, o
jogador do Andaraí Arubinha jurou vingança:
“Se existir um Deus, o Vasco ficará 12 anos sem vencer
um título. É praga. O Vasco, sem dó nem piedade surrou-nos. Não joguei, mas fiz
a minha reza. O Vasco ficará 12 anos sem ser campeão”.
Reza a lenda que o Arubinha, pulou o muro de São
Januário e enterrou um sapo no campo. A maldição de Arubinha perdurou na
Colina. O Vasco ficou 9 anos sem ganhar nenhum título e gerava muito incômodo
nos vascaínos.
O próprio João de Lucca, Chefe da Torcida do Vasco,
foi questionado sobre a história do sapo:
“Que história é essa do sapo do Arubinha, João”.
“Tolices”, respondia João.
Dizia que era tolice, mas depois ficava sério,
preocupado. Que havia alguma coisa com o Vasco, havia.
“Eu, se fosse do Vasco, dizia Dona Helvecia, sua
esposa, não descansava enquanto não encontrasse o sapo”.
“O Arubinha não enterrou sapo nenhum lá no Vasco, meu
bem”.
“Como é que você sabe?”
“A gente
procurou por todo o campo e nada”.
Depois, o Arubinha tinha confessado que era conversa.
Dera a palavra de honra, jurava que não enterrara sapo nenhum em São Januário.
Com isso, começaram a procurar o tal do sapo por todo
campo mas não acharam sapo nenhum. até chamaram o Arubinha para São Januário,
para desfazer a praga, mas o mesmo disse que não havia sapo nenhum.
E assim continuou, por anos, o Vasco não sabia o que
era ganhar um campeonato.
Anos depois, no futebol carioca de 1945, a grande
atração era o time do Vasco da Gama que confirmava a cada competição o
favoritismo.
Foi neste ano que o cartunista Lorenzo Molas, do
Jornal dos Sports, criou o símbolo daquele time que nos próximos anos reinaria
absoluto: “O Expresso da Vitória”.
O Vasco derrotou a praga de Arubinha, ao conquistar o
campeonato carioca, o título invicto, após 9 anos, foi o primeiro do time que
entrou para a história como Expresso da Vitória.
Em 1945, o Club de Regatas Vasco da Gama organizou uma
passeata monstro, com concentração na Praça Mauá e desfile pela Av. Rio Branco
rumo a diversos bairros e um carro alegórico comemorando a morte do sapo.
Após anos, com a vinda do Pai Santana ao Vasco, o
mesmo reforçou: Falaram-me que tinha um sapo morto enterrado no gramado, na
mesma hora fiz um trabalho e fomos Campeões em 1970.
Vasco Arubinha Jornal O Globo 1936 |
Torcida do Vasco Jornal dos Sports 1945 |
Torcida do Vasco Jornal A Manhã 1945 |
Show!
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