quinta-feira, 8 de outubro de 2015

FORÇA JOVEM 1994: SAMBA DA MANGUEIRA

Clássico no Maracanã nos anos 1990. 
A Torcida adversária completa e a postos, brigando no tamanho e no grito com o povão Vascaíno. 
Um duelo realmente equilibrado na arquibancada.
Mas para desespero dos rivais, momentos antes do jogo começar, eis que surge do último túnel das arquibancadas do lado Vascaíno a primeira bandeira da Força Jovem. 
É o prenúncio do que viria em seguida: dezenas de bandeiras e um mar branco de gente, que era o exército da Torcida, marchando lentamente, ao som de um famoso samba da época.
A multidão que não parava de sair do túnel dobrava o tamanho da arquibancada Vascaína e desequilibrava o duelo com qualquer Torcida adversária.
E a trilha sonora desse momento arrepiante era justamente o Samba da Mangueira de 1994 (ano da conquista do tricampeonato carioca), que mais parecia um hino. 
Mangueira do eterno e saudoso vascaíno fanático Jamelão, símbolo do carnaval carioca.
E é para não deixar esse samba cair no esquecimento do povão que a Força Jovem relembra para você, para que o cante e incentive os amigos a cantar quando rolar esse som na arquibancada.

LETRA DO SAMBA: ATRÁS DA VERDE E ROSA SÓ NÃO VAI QUEM JÁ MORREU
Bahia é luz de poeta ao luar
Misticismo de um povo
Salve todos orixás
Quem me mandou, estrelas de lá
Foi São Salvador, pra noite brilhar
Mangueira!
Jogando flores pelo mar
Se encantou com a musa que a Bahia dá (obá)
Obá, berimbau, ganzá
Ô, capoeira joga um verso pra iaiá
Obá, berimbau, ganzá
Ô, capoeira joga um verso pra iaiá (Caetano)
Caetano e Gil, ô
Com a Tropicália no olhar
Doces Bárbaros ensinando a brisa a bailar
A meiguice de uma voz, uma canção
No teatro opinião, Bethânia explode coração!
Domingo no parque, amor
Alegria, alegria, eu vou
A flor na festa do interior, seu nome é Gal
Aplausos ao cancioneiro,
É carnaval, é Rio de Janeiro
Refrão:
Me leva que eu vou
Sonho meu
Atrás da Força /+/ Jovem
Só não vai quem já morreu
Fonte: https://www.facebook.com/forcajovemvasco/photos/a.329378760411983.99761.327393320610527/1233721003311083/?type=3

Força Jovem Maracanã 1994

Força Jovem Maracanã 1994



segunda-feira, 29 de junho de 2015

GUERREIROS DO ALMIRANTE 2015: NOS 70 ANOS DE RAUL SEIXAS UM DOS MELHORES TRIBUTOS JÁ FEITOS AO ROQUEIRO VEM DA TORCIDA DO VASCO

Raulzito não era exatamente o cara mais fanático por futebol. 
São poucas as referências em suas letras, como em Trancos e Barrancos (“Pra que pensar se eu tenho o que quero / Tenho a nega, o meu bolero, a TV e o futebol”) e em Quando Você Crescer (“E o futebol te faz pensar que no jogo você é muito importante, pois o gol é o seu grande instante”). 
Mesmo em Super Heróis, há uma crítica velada em tempos de censura pela ditadura militar. No entanto, o músico tinha a sua preferência dentro de campo. O baiano radicado no Rio de Janeiro tinha sua preferência pelo Vasco, por mais que não fosse dos cruzmaltinos mais praticantes.
De qualquer forma, a relação entre Raul Seixas e o Vasco rendeu uma das músicas de torcida mais legais do futebol brasileiro. O apanhado histórico de Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás foi respeitado pelos cruzmaltinos, em uma letra mais comprida do que o costumeiro. E que reconta as grandes histórias vividas pelo clube. Na semana em que Raul completaria 70 anos se ainda estivesse vivo, vale resgatar a homenagem, cantada há alguns anos (ainda não dez mil) nas arquibancadas de São Januário:

EU NASCI AMANDO O VASCO DEMAIS
“Eu nasci amando o Vasco demais
Tua glória, Vasco, tua história não esqueço jamais
Eu nasci Amando o Vasco demais
Tua glória, Vasco, tua história não esqueço jamais
Eu vi o Dener com seus dribles de moleque
O Edmundo brilhar em 97
E o Sorato de cabeça, o gol do Bi, Em pleno Morumbi (eu vi)
Vi o Cocada acabar com a mulambada
Carlos Germano nossa eterna muralha
E a torcida vascaína, sempre unida,
Construiu a nossa casa! (eu vi)
Vi o Quiñonez balançando a cabeleira
O Pai Santana beijando nossa bandeira
E a virada mais bonita da história, o Juninho incendeia”
Fonte: http://m.trivela.uol.com.br/nos-70-anos-de-raul-seixas-um-dos-melhores-tributos-ja-feitos-ao-roqueiro-vem-da-torcida-do-vasco/

Guerreiros do Almirante




terça-feira, 5 de maio de 2015

VASCO 2015: MOSAICO “O MARACANÃ É NOSSO DESDE 50”.

Antes de a bola rolar no Maracanã para a final do Campeonato Carioca, as Torcidas de Vasco e Botafogo enfeitaram as arquibancadas do maior estádio do Rio de Janeiro com seus mosaicos.
Como havia prometido, a Torcida do Gigante da Colina fez seu mosaico-protesto ao escrever “o Maracanã é nosso desde 50”. A frase diz respeito à polêmica dos lados das Torcidas no Maracanã. Historicamente, o Vasco sempre ficou no lado direito. Com a concessão acertada pelo Fluminense, a Torcida cruzmaltina mudou de lado.
Fonte: http://esporte.band.uol.com.br/futebol/estaduais/carioca/2015/noticias/100000749113/torcida-do-vasco-leva-mosaico-protesto-ao-maracana.html

Ficar durante uma semana inteira procurando fotos do Maracanã pra contar quantidade de degraus que tinha em cada setor e quantidade de cadeiras nos blocos (pelo celular) pra chegar com um esboço das letras que formam o mosaico
- Acordar 6 da manhã em pleno domingo e ficar das 9:30 até quase 13:00 sob um calor da porra pra montar o mosaico. Com direito aos seguranças do Maracanã nos pressionarem nos últimos 15 minutos pra que encerrássemos a montagem, sendo que ainda tinha o numero 5 inteiro pra montar e o 0 pra revisar. 
Conseguimos finalizar antes da abertura dos portões.
- Depois de toda essa correria, fui tomar minha cerva... Ai por volta de 14:30 recebo uma ligação avisando que o vento tinha descolado um monte de folhas das cadeiras do setor inferior, e que era pra eu entrar correndo pra ajudar a corrigir. Então saí em disparada pra entrar. Chegando na arquibancada, olhei pra um lado e pro outro tentando identificar algo. Mas não tinha condições nenhuma. Boa parte do setor já tava cheio.
Não tinha referencia alguma pra tentar corrigir algo. Pensei "seja o que Deus quiser"
- Quando o mosaico foi erguido foi aquela aflição pra saber se tinha dado certo. Até que recebi essa foto e foi o momento que saiu um peso do tamanho do Maracanã das minhas costas.
Aí foi a alegria. Fiz questão de mostrar a foto pra cada um dos amigos que estavam por perto.
Pra quem se aventurou nesse projeto tendo como experiência apenas um passatempo de quando criança, que era justamente desenhar letras em folhas milimetradas, o resultado superou todas as expectativas.
Foi uma experiência muito gratificante, que vai ficar marcada pra mim. Principalmente pelo reconhecimento de todos que fizeram questão de me parabenizar pessoalmente ainda durante o jogo, depois em São Januário, aqui no face me citando nas fotos e comentários... (notificação pra caramba, mané ahaha)
Mas nada disso teria acontecido se não fosse por um cara: Pedro Henrique Caixeiro, que em 3 dias levantou a grana para confecção do mosaico. TU É FOD.., ANÃO!!! E tantos outros que ajudaram nos bastidores. E a galera que participou da montagem no Maracanã. Estão todos de parabéns! Só nós sabemos a pauleira que foi...
Que venham os próximos!!!" Texto escrito por André Luís (Dedé)

FLAVINHO COSTA: Acompanhei de perto sua aflição nos segundos - que pareceram horas - entre o papel subir, o mosaico aparecer e eu te mostrar a foto que deu certo.
Parabéns, André Luís. você mandou bem pra caramba!!!

DANIELA CALDEIRA LINHARES:  Das coisas que já vivi, certamente essa vai ficar marcada pra minha vida inteira. Ninguém tinha noção que ia ser tão complicado. Me deixou maravilhada a união. Todo mundo ali fez em prol do Vasco. Sem vaidade, buscando sempre agilizar o máximo. Não sai da minha cabeça a pressão que levamos no final. O tira e bota de papel. A correria. Chamei atenção de muita gente pra não amassar os papéis antes do início do jogo. Até minha mãe tava paranóica, com medo de dar errado. Por isso que eu chorei quando vi o telão, quando vi as fotos. Parabéns, cabeção! Se eu tava nervosa, imagina você. 
Juntos, somos ainda maiores. O Gigante tem, sim, uma Torcida à sua proporção. Orgulho define. 

PEDRO HENRIQUE CAIXEIRO: Emocionado com seu texto. Você segurou uma pressão sinistra pra montar isso. Juntos somos muito fortes. Esse foi só o primeiro.

ARTUR CESAR: Simplesmente fantástico!!! Parabéns a todos que participaram dessa festa maravilhosa ontem... Tanto na desgastante mas recompensadora montagem quanto na compreensão da Torcida pra tudo dar certo como deu.

EMERSON CONCEIÇÃO: André Luís, parabéns, ficou lindo! Parabéns também ao Pedro Henrique Caixeiro juntamente com os demais envolvido, vocês fizeram acontecer. O Vasco é feito de iniciativa e amor, foi assim no passado e assim que tem que continuar sendo. Se fortaleçam cada vez mais, sempre colocando a vaidade para a lateral (escanteio pode ser perigoso), não vão faltar os invejosos e os sabotadores e na primeira falha, arrotarão em vossas caras, se isto acontecer siga em frente com a humildade que lhes são peculiar. sv!

FONTE: FACEBOOK MAIO DE 2015

Vasco Mosaico 2015

Vasco Mosaico 2015

Vasco Mosaico 2015

Vasco Mosaico 2015

Vasco Mosaico 2015

domingo, 1 de março de 2015

FORÇA JOVEM 1997: VENDA DE MATERIAL NO MARACANÃ

 A Força Jovem sempre disponibilizou um espaço nos Estádios para venda de seus materiais, sempre próximo ao espaço onde fica concentrada a Torcida, no Maracanã ao lado onde ficava a antiga Sala.

BERMUDAS, CAMISAS, AGASALHOS ....
A Força Jovem produz além dos materiais convencionais - camisas, agasalhos, bermudas bonés, adesivos, etc. outros artigos como CD, chinelo, chaveiro, caneta e outros.
Fonte:  Rosana da Câmara Teixeira, Os Perigos da Paixão: filosofia e prática das Torcidas Jovens Cariocas.
  
Força Jovem Maracanã 1997

Força Jovem Maracanã 1997

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

FORÇA JOVEM 1981: FORÇA JOVEM NO CARNAVAL DA IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE

Ele não é esportista, mas seu nome está diretamente ligado ao futebol, pois compôs os hinos de nada menos que 11 clubes cariocas, incluindo os quatro grandes. O compositor Lamartine Babo foi tema da Imperatriz Leopoldinense em 1981, com o enredo "O Teu Cabelo Não Nega - Só Dá Lalá", em referência a uma das marchinhas de carnaval de sucesso composta por ele. O refrão do samba era "Neste palco iluminado / Só dá lalá / És presente imortal / ó dá lalá / Nossa escola se encanta / O povão se agiganta / É dono do carnaval". Apaixonado por futebol e carnaval, Lamartine soube retratar em suas músicas com humor refinado e irreverência estes dois mundos bem diferentes e ao mesmo tão próximos. Não é à toa que a escola de Ramos foi a grande campeã do carnaval carioca naquele ano. 

As principais Torcidas Organizadas dos Clubes do Rio participaram do desfile na Ala “Lalá do Futebol”, a Força Jovem estava presente com seus componentes e duas grandes bandeiras.

Força Jovem Carnaval na Imperatriz Leopoldinense 1981

Força Jovem Carnaval na Imperatriz Leopoldinense 1981

Força Jovem Carnaval na Imperatriz Leopoldinense 1981

Força Jovem Carnaval na Imperatriz Leopoldinense 1981

Força Jovem Carnaval na Imperatriz Leopoldinense 1981
Vasco Jornal dos Sports 1981

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

TOV 1954: AS CLARINADAS DO RAMALHO

O primeiro grande jornalista esportivo brasileiro, Mário Filho, que tanto lutou pela construção do Maracanã, descobriu que a casa acabara com a figura do torcedor. 
Em seu lugar, entrara a multidão compacta. 
Sentiu saudade do tempo em que os torcedores eram conhecidos nos pequenos Estádios, tinham a sua voz ouvida.
No "Maraca", no entanto, só um coro era ouvido. Verdade! Apenas um daqueles folclóricos torcedores salvara-se de virar multidão:
Domingos do Espírito Santo Ramalho.
Esta é uma das mais interessantes histórias já surgidas nas arquibancadas brasileiros.
Quando o Vasco da Gama tinha jogo, o Ramalho ia ao Jardim Gramacho, em Caxias, e cortava talos de mamão, para transformá-los em clarins.
Levava, sempre, dois ao Estádio, para não passar por apertos, caso um dos seus "instrumentos" falhasse. As suas clarinadas eram sagradas.
Até o dia em que o glorioso Club de Regatas Vasco da Gama expediu-lhe uma carta, comunicando-lhe de que ele estava banido do seu quadro associativo. Por falta de pagamento.
Que pena, Ramalho! Ele só ainda não havia passado por tal vergonha, antes, porque o Diretor de futebol cruzmaltino, Antônio Calçada, pagara um ano inteiro de suas mensalidades. Vencida a benesse, ele não tinha como honrar o compromisso, pois a sua renda, como estivador no Cais do Porto do Rio de Janeiro, malmente, dava para alimentará-lo, e sua mulher, com os cinco filhos. A sua  barra era pesadísisma.
Muito triste, devido ao inesperado sucedido, o desolado Ramalho foi ao Calçada e mostrou-lhe o 'memorandum' do clube. Que horror! Logo com ele? Tudo o que sempre mais quisera daquela sua vidinha de trabalhador e torcedor era dizer: "Sou sócio do Vasco!" E exibir a sua carteirinha.
Por aqueles dias em estivera banido da instituição que tanto amava, o abatido Ramalho não compareceu ao Maracanã, para expandir as suas clarinadas durante os jogos contra o América (1 x 1, em 02.10.1954), o Flamengo (1 x 2, em 17.10.1954), pelo Campeonato Carioca. Pior para a "Turma da Colina". A rapaziada perdeu altura no voo do "Urubu" e enganchou nos chifres "Diabo". Para os craques Vascaínos, o motivo daqueles dois insucessos não seria outro. Seguramente, a falta que haviam sentido do som do Ramalho. E foram se queixar ao Calçada.
Motivo mais do que definido para os dois tropeços cruzmaltinos, o Calçada presentiu que era preciso encontar o Ramalho, rápido. Se possível, pra ontem! Caso contrário, os jogadores iriam ficar esperando pela suas clarinadas, que não ouviriam, e poderiam complicar mais a vida do time no campeonato. Imediatamente, ele chamou o Presidente Artur Pires e o Diretor José Rodrigues, e se mandaram, em busca do homem. O Pires, por sinal, fizera questão, absoluta, de integrar a comitiva. mais do que rapidão, vasculharam as fichas dos sócios e localizaram a casa do Ramallho na Barreira do Vasco, pertinho de São Januário. Mas o carinha não morava mais por lá. Mudara-se, para Bonsucesso. Então, os três foram pra a Zona Norte. Pergunta daqui, dali, dacolá, de repente, ficaram sabendo do que queriam e até que o procurado havia passado por uma cirurgia. 
Enfim, o trio de cartolas Vascaínos encontrou a casa do Ramalho. 
Quando o Cadillac do Presidente Arthur Pires parou à porta de uma humilde casinha, o Diretor de Futebol bateu à porta, foi atendido por um garoto, mas quem apresentou-se foi o Pires. No ato, um garoto gritou: "Mãe! É o Presidente do Vasco!"
O "músico mamoneiro" Ramalho não estava. Naquele instante, trabalhava no Cais do Porto. Mas não estava operado? Calçada esperava encontrá-lo acamado. A mulher do torcedor, no entanto, deu-lhes uma boa nova: o seu marido vinha tendo uma bela recuperação – da cirurgia em um calo na boca, provocado pelas suas clarinadas. "Graças a Deus, está melhor", disse ela.
Diante da boa notícia, Antônio Calçada e Pires enfiaram as suas mãos nos bolsos das suas respectivas calças e avisaram que o Vasco pagaria todas as despesas da operação que tirara o Ramalho de combate. 
Se este achava que as suas clarinadas davam sorte ao time, eles também. 
E Calçada fez mais: pagou toda a dívida do sócio banido, por mais um ano. 
Deixou o Ramalho recuperado, associativamente, pronto para voltar a exibir a sua carteirinha. O Vasco precisaria das suas clarinadas, no domingo. 
Que ficasse bom, logo!
Fonte: http://kikedabola.blogspot.com.br/2014/08/blog-post_47.html


Vasco Domingos Ramalho e Dulce Rosalina 1958