sábado, 27 de agosto de 2022

FORÇA JOVEM 1970: DEPOIMENTO DE MANOEL FOGUETEIRO FUNDADOR DA FORÇA JOVEM

Vamos fazer!

O único que trabalhava era eu, os outros três eram estudantes.

Tinha que ter dinheiro para comprar material, fazer camisa, fazer tudo.

Naquela época, a camisa não podia ser como é agora e não tinha como fazer diferente.

Antigamente, o Vasco e os Clubes viviam da venda de jogadores e do Quadro Social, isso quando vendiam jogador.

Então, veio o Fernando e o Guilherminho e mais nós quatro.

Eles moravam na Rua Tobias, número 80, um casarão enorme, com os pais , o Doutor Guilherme e a Dona Maria, começamos a falar “Vamos fazer e vamos estrear em outubro (1969)”.

Tinha que organizar, comprar material, quando em janeiro de 1970 fui na Mesbla, fiz um crediário, comprei 4 taróis, 2 bumbos, fui na Maçal mandar fazer as camisas.

Estreamos em 19 de fevereiro de 1970 no Torneio Facit (Torneio Internacional de Verão do Rio de Janeiro, participantes, Vasco, Flamengo, Seleção da Romênia e Independente da Argentina), mas também tem os problemas, foi entrando muita gente, mas ninguém tinha dinheiro, a gente fazia vaquinha lá dentro com a bandeira, mas ninguém dava.

Por exemplo eu tinha carteirinha, já que eu era o Chefe, eu dava para outra pessoa entrar e comprava meu ingresso

A gente lutou muito, nunca dependendo de nada do Vasco, nunca ninguém entrou de graça, a Torcida toda não ganhou nada de ingresso para nenhum jogo, ninguém nunca pediu nada, sempre entrou lutando, por isso éramos independentes.

O Agathyrno Gomes (ex-presidente do Vasco) mesmo não gostava, Dulce Rosalina não gostou na hora que eu saí (TOV), o próprio Eli Mendes, que veio depois, não gostava e também foi contra, o Amâncio César foi contra.

No entanto, quando estreou a Força Jovem.

Valfrido que estava com a gente, tudo que passava na reunião levava pra Dulce.

Quando chegou na inauguração Valfrido, Poncinho (filho de Dulce), e mais dois caras foram para o meio do campo tentar, mas não deu em nada, a Força chegou, chegou firme, convincente, vindo muita gente, e o pessoal foi gostando.

No entanto, quando o Vasco foi campeão em 1970, O Globo estampou na bela página, “Força Jovem do Vasco, a melhor Torcida de todos os tempos que apareceu no Rio de Janeiro e no Maracanã.”

Nós acompanhávamos não só futebol, estávamos no futebol amador, naquela época juvenil, atletismo, regatas, vôlei, basquete, tudo a gente acompanhava mesmo.

Fiquei 2 a 3 anos, foi entrando montão de gente, agradeci muito ao Eli (saiu da TOV e foi para a Força Jovem).

Fui me afastando, mas ficava ali do lado, mesmo afastado.

Manoel Santos Cunha, o Manoel Fogueteiro

FONTE: Vídeo postado por Márcio Monge no Facebook Os Relíquias do GRTO Força Jovem do Vasco 1970 03 de maio de 2021

Força Jovem Manoel Fogueteiro 2021

Força Jovem Manoel Fogueteiro 2022


quinta-feira, 18 de agosto de 2022

VASCO 2022: HOMENAGEM DO TORCIDAS DO VASCO AO DIA DOS PAIS

Rodrigo Dinamite homenageia seu pai Roberto Dinamite


Sou suspeito pra falar de Vasco, isso foi mostrado pra mim aos 5 meses de vida no maraca na despedida do meu maior ídolo dentro dos campos e mais ainda como pai. 

Cresci sendo interrompido, sempre de uma forma respeitosa,  quando ia aos almoços de família por pessoas que só queriam estar ali perto dele, de poder dar um abraço, autógrafo ou apenas um : “oi. Uma coisa mágica que só entendemos quando nós colocamos na situação de fã.

Com tudo isso eu já era Vasco mas mesmo novo me fez querer entender a história do clube, e me desculpe, é a mais bonita do futebol. E além de amar e torcer para o meu time tenho o privilégio de ter o maior sendo meu pai. 

Tem gratidão eterna para o senhor, Carlos Roberto Dinamite de Oliveira, meu maior ídolo. Te amo, pai.



Anna Flávia Barreto homenageia seu pai Flávio Barreto

É impossível falar do meu pai sem falar de amor, da mesma forma que e é impossível falar de amor sem falar de Vasco. 

O Vasco esteve presente na minha vida desde que me entendo por gente. Meu pai sempre tentava colocar uma camisa do Vascão por cima das minhas roupinhas de bebê, pelo menos pra tirar foto. Quando dava ou era um jogo tranquilo, meu pai me levava a São Januário, ficando na social. Mas eu me lembro perfeitamente de olhar para as arquibancadas feliz e com muita curiosidade, olhando aqueles sinalizadores, que chamam muita atenção pra uma criança. 

 Criamos nossa tradição de gol: Quando o Vasco fazia gol, meu pai me pegava no colo e me jogava pra cima. (hoje quase do tamanho dele fica meio impossível mas nada que um abraço bem apertado, com emoção, sentindo o calor da torcida, não resolvam). Até que passamos a frequentar as arquibancadas e foi ali que me apaixonei pela primeira vez. A torcida, as músicas, as bandeiras, a festa, o Vasco e principalmente meu maior companheiro de vida, meu pai! 

E minha infância toda foi assim, sempre frequentando os jogos, onde meu pai me levava a cada canto de São Januário. Me levava na sala da Renovascão, TOV, da Força Jovem sempre acompanhado de alguma história e de alguma explicação, na verdade eu tinha uma aula sobre a história das torcidas e de vez em quando rolava aquela aquelas concentrações das perto das salas, onde fazia ele pular igual criança. E eu sempre tentando entender que amor era esse que meu pai sentia, que fazia muitas vezes meu pai chorar, fazia meu pai se emocionar, fazia meu pai falar sobre esse Clube com um brilho nos olhos inexplicáveis, um brilho que só tem quem ama genuinamente. 

Meu pai me ensinou tudo que eu sei sobre a vida. O que é certo e errado e, principalmente, tudo que eu sei sobre o Vasco. Sempre foi uma honra andar na rua com ele e ouvir “Seu pai é um dos maiores vascaínos que eu conheço.” como se eu não soubesse disso, né? Enfim, hoje eu posso dizer que sim, eu entendo! entendo essa paixão, esse amor imensurável, essa mistura de sentimentos que é torcer para o Vasco da Gama. Eu entendo! E não tinha ninguém melhor nesse mundo pra ter me apresentado esse amor! Meu herói, meu ídolo, meu melhor amigo, minha inspiração como torcedora e inspiração como ser humano, e maior vascaíno que esse mundo já viu, te desejo com todo amor um feliz dia dos pais. Te amo com todo meu coração! 

“Nunca vão entender esse amor mas você entende!” 



João Machado homenageia seu pai Rafael Machado.

O Vasco pra mim é herança. não à toa é tão importante pra mim. estar com o Vasco é estar com minha família, mesmo que não presencialmente, mas ligados pela paixão pelo CRVG. 

Paixão essa que não poderia ser apresentada por outra pessoa. meu pai, que aprendeu com o pai dele, meu avô Roberto, que por sua vez, aprendeu com o pai dele, meu bisavô Mário, que veio de Portugal e se apaixonou pelo cruzmaltino quando chegou ao Rio de Janeiro.

Cresci ouvindo grandes histórias contadas pelo meu pai, grandes jogadores, grandes batalhas e grandes heróis. mas o maior deles sempre foi ele mesmo. o que me ensinou a torcer, amar e viver o Vasco da Gama.

Hoje eu acho que ele pensa que exagerou um pouco na dose, que o resultado ficou meio exagerado, já que ele tá sempre tentando me convencer a segurar a onda quando se trata de Vasco, mas se não fosse por ele, nada disso seria possível, e dividir essa paixão com ele é um privilégio que eu não trocaria por nada no mundo. 

Gratidão eterna por quem me ensinou e ensina a viver pelo CRVG, e também a quem o ensinou, minha maior saudade, meu avô Roberto. Estaremos sempre juntos, o amor nos une. 



   Gustavo Almeida homenageia seu pai Sr. Sige


Meu pai me falava que com 6m de vida já era campeão brasileiro (nasci em fevereiro de 1974). Mas nem precisa desse argumento: era impossível ser filho do Sige e não ser vascaíno! Ele nasceu no interior do ES e graças ao Expresso da Vitória virou um dos maiores vascaínos que conheci. Foram várias tardes e noites, que disputávamos quem chegava mais rápido na rampa do Maraca; que mudávamos de lado de acordo com o ataque do Vasco em SJ (se deslocando pelo túnel por baixo das sociais para chegar mais rápido!); ou no meu quarto (que era nosso lugar da sorte). Com a idade e com a TV a cabo, Bot se afastou das arquibancadas, mas sempre assistindo a tudo do Vasco. Quando eu estava trabalhando a regra era clara: só ligava nos gols do Vascão! Quando nasceu meu filho, fui logo falando pra ele “vai se preparando aí pq vc vai voltar as arquibancadas pra ensinar o Pedro a ser vascaíno como vc!” E ele abriu aquele sorriso!! 

Essa foto foi um registro desse momento! Vascão 2x0!

Esse será o 1o dia dos pais sem ele ao meu lado, mas ele estará dentro do meu coração por toda minha vida! Te amo, pai!



Lucas e Matheus homenageiam seu pai Seu Ivan


Nosso pai - seu Ivan - sempre nos conta como começou a ser vascaíno. Ele e o irmão - quando crianças - receberam um presente de um parente da Bahia. O presente? um quadro com um escudo do Vasco. Ele ficou maravilhado e imediatamente se apaixonou pelo Gigante.

Cerca de 30 anos depois, ele conseguiu passar o Vasco como herança para nós. Não foi fácil, muitos tentaram nos levar para o mau caminho, mas seu Ivan foi mais forte e nos forjou de vascainidade. 

Vivenciar o Vasco do século XXI não é nada fácil, esta é a realidade que os filhos do seu Ivan enfrentam. Mas esta realidade é sempre amenizada quando ele nos relembra do tamanho original do nosso Vasco. 

Ele nos conta do título de 1974, de Roberto Dinamite, do time dos anos 80 e o dos anos 90. Ele também nos apresentou o Expresso da Vitória, o qual ele não teve o prazer de assistir, mas, como toda criança nos anos 60, ouvia muito falar daquele timaço.

Acho que ele não sabe, mas nós vimos ele se isolando para chorar no terraço em 2008. Nós também choramos muito naquele dia, acho que de algum jeito nos sentíamos mal por nunca termos visto um Vasco vencedor ao lado do nosso pai. Em 2011 conseguimos nos livrar desse estigma. A esperança ressurgiu e pudemos assistir um Vasco digno de sua grandeza. Nós 3 fomos felizes demais naquele ano. Uma pena que durou tão pouco.

Definitivamente não vimos o mesmo Vasco que o seu Ivan. Não vimos muitas glórias, ídolos ou feitos, mas cada memória dele tem se tornado nossa. Assim suportamos o presente e criamos forças para acreditar num futuro melhor.

Obrigado, pai. Te amamos! ❤️




Joca homenageia seu pai Sr. Joaquim


Assim foi a maior parte da minha relação com meu velho: o amor pelo Vasco

esses dias ele comentava que foi aos meus 3 anos de idade que ele me levou à São Januário pela primeira vez, e desde então nunca mais o repertório mudou

temos um pensamento muito diferente e somos divergentes em quase tudo, mas o Vasco sempre foi algo que nos uniu independente do momento, mesmo com todas as circunstâncias... é nessas horas que você enxerga que essas questões são indescritíveis, e percebe que são detalhes como esses que fazem tudo ter sentido, que principalmente fazem o amor ter sentido

sou muito grato de ter herdado dele o amor pelo Vasco, que foi (ainda é, e sempre será) algo que marca a minha vida de forma inigualável.... graças ao Vasco conheci milhares de pessoas, cidades e culturas, mesmo que "indiretamente", e isso contribuiu grandiosamente pra minha formação como pessoa

então, obrigado ao meu pai e ao Vasco da Gama por toda essa vivência, somos parte de uma cultura riquíssima e que orgulha a milhões de pessoas!



Jessica homenageia seu pai Sérgio Aguiar


Que honra ser.

Que honra ser sua filha e ter aprendido tanta coisa com você, pai. E de todas as coisas incríveis que você me ensinou, ser e amar o Vasco foi a melhor delas. Não foi andar de bicicleta, não foi fazer comida, tampouco foi pescar. Mas subir aquela arquibancada de São Januário e sentir o arrepio quando o Time da Colina entra em campo... Não tem nada melhor e não há nada que nos conecte mais, que nos faça mais parceiros e invencíveis. 

Há 20 anos eu entro em São Januário ao seu lado e sinto como se fosse a primeira vez. Sempre juntos na arquibancada, cantamos, vibramos, torcemos e transbordamos esse amor, o nosso amor, que passou de você para mim. 

Que honra ser.

Que honra ser vascaína. Que honra ser sua filha.

Feliz dia dos pais.



Lucas homenageia seu pai Vanderson Guimarães

 Pai, meu grande ídolo nessa terra, além de tudo o que fez e faz por mim, além de todo legado de integridade e valores que você fez questão de me passar, quero agradece-lo por ter me deixado a maior das heranças: O Vasco no coração. Ainda viveremos grandes alegrias com a Cruz de Malta no peito, como na noite de 8 de Junho de 2011, quando conquistamos o Brasil.

 Merecemos mais momentos como esse e sei que em breve teremos! 

Saudações Vascaínas! 

Te amo, meu velho!



Mariana Barata homenageia seu pai Bruno Barata

Meu pai me trouxe o Vasco de herança e eu diria que foi a maior que ele poderia me deixar. Sou a mais nova dos filhos, irmã de um homem e meu pai nunca nos tratou diferente no que diz respeito a futebol. 

Pelo contrário, pode-se até afirmar que o incentivo maior sempre foi comigo mesmo. 

No cimento de São Januário, meu pai e eu fortalecemos nosso laço.

Nos aproximamos cada vez mais, encontramos um elo a essa união. 

Falar de Vasco sem falar de Bruno, meu pai, é impossível. Falar de mim sem falar de Bruno é impossível. 

Nesse dia dos pais, penso e agradeço pelas inúmeras oportunidades que tive - e sigo tendo - de viver algo tão especial com o meu, junto do nosso Vasco, nosso maior amor. 

O Vasco é família. E meu pai é a base de tudo que veio depois.



 Ricardo homenageia seu pai Sr. Gerson 


Meu pai se chama Gerson e hoje tem 87 anos, moramos no interior de MG em Governador Valadares, ele serviu o exército no Rio na década de 1940 e viu a construção do Maracanã, lembro dele me dizendo que seu primeiro jogo foi Vasco 4x1 Fla em novembro de 1950, era aquele time brilhante do expresso da vitória. 

Depois voltou pra Minas e se casou com minha mãe que já era vascaína por influência do seu pai, meu avô Abel. 

Daí se formou uma família inteira de cruzmaltinos pois sou o caçula de 5 irmãos e nasci em 1978 e quase que meu pai colocou meu nome Dirceu por causa de um grande jogador do Vasco que foi campeão invicto em 1977. 

Em 1989 quando ganhamos o brasileiro ele me deu minha primeira camisa, preta número 10. 

De lá pra cá vimos juntos os títulos de 1997, libertadores 1998, brasileiro e vibramos muito com a virada do século na Mercosul em cima do Palmeiras. 

Hoje estou com meu filho que se chama Felipe e está com 1 mês de vida, mas já tem camisa oficial e roupinhas do nosso Vascão e tenho certeza que ele fará parte de uma geração ainda mais vencedora que a minha e do meu pai, pois será uma geração de um Vasco campeão mundial, breve voltaremos ao topo. 

Te amo meu pai e te amo filho!





 

sábado, 13 de agosto de 2022

TOV 1945: MARCHA EXPRESSO DA VITÓRIA

Castor Vargas e Antero Ferreira compuseram a marcha Expresso da Vitória para ser cantada na passeata de hoje. A letra da marcha é a seguinte:

Nós somos do Expresso da Vitória

Que felizmente correu bem até o fim.

Campeão sem derrota! Que gloria!

Nunca se viu jogar football assim!

Com o Vasco, onde tiver o Vasco....

Orgulhosamente

Da um passo a frente

A Torcida Vascaína

Se desfez a praga do Arubinha

Chegou a vez da vitória cruzmaltina!

Querido Vasco da Gama

Vai agora para os píncaros da fama!

Fonte: Jornal dos Sports 29 de Novembro de 1945

TOV Jornal dos Sports 1945

TOV Jornal dos Sports 1945