domingo, 20 de maio de 2012

GUERREIROS DO ALMIRANTE 2012: ENTREVISTA COM THAIS MOURA

Nome, idade, e Torcida. 
Thais Moura, 21 anos, Guerreiros do Almirante

Desde quando você faz parte da Torcida Organizada. E por que a opção pela sua Torcida?
Sempre assisti aos jogos no varandão, via aquele bando de loucos pulando e cantando o jogo inteiro e admirava o apoio incondicional, a ideologia da Torcida... Comecei a frequentar em 2009, graças ao Raphael Lavor, grande amigo meu, que fazia parte da Torcida e me apresentou a loucura.

O que a Torcida Organizada representa na sua vida? E qual é ou foi o seu tempo de dedicação para com a sua Torcida?
Sem hipocrisia, nós sempre achamos que a Torcida que freqüentamos é a melhor, por isso estamos nela... rs!
Nunca quis fazer parte de nada disso, mas depois que comecei a viver o Vasco diariamente não consegui mais largar. Passei para faculdade em Janeiro de 2010 e só entraria em Agosto, esses meses foram completamente dedicados ao Vasco. Eu fazia parte da Comissão de Festas da Torcida. 
Pronto, pensava naquilo o dia inteiro! Fazer aquela festa de sinalizadores escrito "O Time da Virada" foi inesquecível para mim. Três dias de trabalho, sem ganhar nada, pelo contrário, pagando para trabalhar, e eu nunca me senti tão realizada. Isso pra mim não tem explicação... É sensacional. Com a proibição das festas mais elaboradas no Estádio acabou a Comissão, mas eu continuo ativa até hoje. 
Ano passado fui convidada pela Renata Martins para criamos um "Núcleo" na Torcida chamado "Guerreiras Vascaínas", com o intuito de reunir as mulheres e fazer com que todas participassem mais. Vale lembrar que as "Guerreiras" sempre existiram. Temos muitas mulheres na Torcida, mulheres ativas, que tocam na banda, cuidam do material, das festas... O nome foi apenas para oficializar o que sempre existiu. Aproveito aqui para desejar parabéns a Renatinha e a Rafaela, minhas "sócias" e parceiras, e agradecer por dividirem comigo essa responsabilidade tão gostosa que é responder pelas "Guerreiras".

Você já fez alguma viagem, como foi?
Já fiz várias viagens... Algumas vezes para São Paulo e Minas. Uma para Porto Alegre, Curitiba. As de perto eu não conto... Hoje em dia eu estou morando em Rio das Ostras durante a semana, então todo dia é uma viagem. Quarta-feira mesmo, sai do jogo e voltei pra casa.

Qual seu jogo inesquecível?
Todos são. Alguns por motivos pessoais, por um fato que foi presenciado, pela data... Mas já que tem que falar um, eu não posso deixar de citar o jogo contra o Coritiba pela Copa do Brasil. Até então os únicos títulos do Vasco que eu havia presenciado e sabia realmente do que se tratava (na Libertadores eu era muito nova) foram no futsal. Então presenciar aquele título e poder gritar de verdade o que estava entalado a anos foi sem explicação. Eu penso que vou poder contar pros meus filhos que eu estava lá, que eu vi o primeiro título do Vasco na Copa do Brasil, penso que eles vão ficar orgulhosos e também contarão aos seus filhos e por aí vai...

Qual é a maior loucura que já fizeram para esta no Estádio vendo seu time jogar?
Acho que nunca fiz nenhuma loucura... Mas já fui reprovada na matéria por falta, dormi na sala da Torcida porque não tinha ingresso e nem dinheiro para comprar com cambista, peguei carona no ônibus da Força de madrugada para voltar para Rio das Ostras sem conhecer absolutamente ninguém... Pedi dinheiro emprestado para o meu irmão, o que seria normal se ele não fosse mulambo fanático...
Essa ultima é especial pra mim. Ele pagou a minha viagem. Se não fosse ele eu não teria presenciado o Vasco campeão... Enfim, nenhuma loucura, mas pequenas coisas que a gente tem que fazer para não ter que abrir mão do nosso objetivo maior, que é o Vasco.


Qual a visão dos homens em relação a vocês?
Na Guerreiros somos muito respeitadas e temos voz ativa. Como eu já falei acima, temos mulheres na banda, cuidando do material, das festas. As Ações Sociais são feitas por nós... Quando fomos para o Sul, contra o Grêmio, tínhamos mais mulheres do que homens. É claro que rolam brincadeiras, os meninos uma vez falaram que tinham comprado um presente para gente, quando fomos ver era uma vassoura nova escrito "Guerreiras"... rs! Mas tudo sempre com muito respeito. Aqui as pessoas são iguais. Inclusive as mulheres são liberadas para caravanas em jogos de guerra. Isso é algo que gera e sempre gerou muita discussão, mas conseguimos o apoio da maioria e estamos dentro. Ja sobre os homens de fora, acho que rola muito preconceito, aquela idéia de que a mulher vai pra jogo pra arrumar homem e tietar o jogador, mas é muito além disso. Fazemos muito mais do que esses idiotas que pensam assim. rs!

O que falta para a sua Torcida crescer mais?
Crescer é muito relativo. Queremos crescer, mas crescer com qualidade e não quantidade. Por termos uma ideologia diferente, pensamos que as vezes é melhor ter 10 malucos cantando sem parar do que 10.000 que só cantam por 3 minutos.

Quais as maiores dificuldades que as meninas passam dentro de sua Torcida? 
No inicio os homens ficaram receosos com a criação das "Guerreiras". Acharam que ia rolar muita fofoca, que não ia da certo, mas a Renata insistiu e eles acabaram comprando a idéia.  Quando ela me convidou eu fiquei com bastante medo também. Sempre tomei cuidado com as minhas atitudes na arquibancada e fora dela para ter respeito, mas acabei comprando a idéia, colocamos algumas regras e deu super certo. Ganhamos a confiança e respeito de todos graças as nossas ações na arquibancada e fora dela.  Hoje em dia eu acho que não passamos dificuldade nenhuma. Todos compram as nossas idéias, fecham com a gente e chegam junto! É muito bom isso, nos da segurança para fazer cada vez melhor.


Deixe seu recado para as meninas que querem entrar na Torcida agora?
Meninas, se vocês curtem apoiar o Vasco os 90 minutos ou até mais, sejam bem-vindas a loucura!!!
Venham conhecer a Torcida e fiquem a vontade para tirar qualquer duvida. Podem procurar pela Renatinha, Rafa ou por mim.

Obrigado Thais pela entrevista.


Guerreiros do Almirante Thais 2012

Guerreiros do Almirante Thais em Porto Alegre 2012

sábado, 19 de maio de 2012

IRA JOVEM 2012: ENTREVISTA COM JULIANA CARVALHO

Nome, idade, e Torcida.
Meu nome é Juliana Carvalho tenho 21 anos e sou integrante da Ira Jovem Vasco.

Desde quando você faz parte da Torcida Organizada. E por que a opção pela sua Torcida? 
Sou integrante da Ira desde 2010 e resolvi fazer parte dela em um jogo que o Vasco estava muito mal em campo e todas as outras Torcidas vaiavam e inclusive a que eu fazia parte virou as costas para o time. A Ira e a GDA eram as únicas que continuaram apoiando e cantando. A partir deste jogo fiz amizade com alguns integrantes da Ira que me trataram muito bem e é assim até hoje.

O que a Torcida Organizada representa na sua vida? E qual é ou foi o seu tempo de dedicação para com a sua Torcida?
A Ira representa muito na minha vida. Tenho grandes amigos nela e procuro estar sempre presente nas atividades da Torcida, nos jogos e etc. É claro que a vida pessoal e profissional atrapalha um pouco, mas nunca abandono minha Torcida.

Você já fez alguma viagem, como foi?
Infelizmente ainda não tive essa oportunidade em função do meu trabalho. Mas esse ano eu viajo!

Qual seu jogo inesquecível?
A final entre Vasco x Palmeiras na Mercosul de 2000 foi o jogo mais inesquecível porém eu não estava lá. O que eu recordo com muito carinho foi Vasco x Ipatinga no Maracanã em 2009 quando o Vasco estava num difícil momento na série B. Maraca completamente lotado de Vascaínos, recorde de público até então em todo o Brasil, aniversário do Vasco e enfim a liderança do campeonato. O canto de quase 100 mil cruzmaltinos juntos foi um momento para ser guardado para sempre no meu coração. 

Qual é a maior loucura que já fizeram para esta no Estádio vendo seu time jogar?
Em um Vasco x Flamengo em 2008 falei com a minha mãe que iria a praia e fui pro Maraca. Tive que ir ficar na parte que o sol batia forte pra ficar com rosto vermelho e ela não desconfiar. Até hoje ela não sabe. Hahahha

Qual a visão dos homens em relação a vocês?
Na Torcida não tenho nenhum tipo de problema. Os rapazes respeitam e sabem que estou ali porque realmente sou apaixonada pelo Vasco e pela magia do futebol. Mas na minha vida social alguns homens tem preconceito e são machistas. Para muitos não é “normal” uma menina assistir futebol, discutir em defesa do time, ir ao estádio e etc. Mas quando conversam comigo sobre o assunto mudam de opinião, pois modéstia parte eu entendo bastante do assunto. hahahhaha

O que falta para a sua Torcida crescer mais?
A Ira é uma Torcida que cresce muito a cada dia. O importante nós já temos que é o comprometimento dos componentes. Acredito que ainda falta é capital financeiro para a melhora dos materiais e divulgação da Torcida. Uma jogada de marketing para atrair mais componentes.

Quais as maiores dificuldades que as meninas passam dentro de sua Torcida? 
Graças a Deus as Iradas não tem dificuldades na Ira. O único motivo pra reclamação das meninas são algumas viagens que não somos autorizadas de ir, em função do perigo que a Torcida adversária pode causar. O que é completamente compreendido por todas. Mas a vontade de ir permanece.

Deixe seu recado para as meninas que querem entrar na Torcida agora?
 Meu recado para as meninas que pretendem entrar pra Ira ou pra qualquer TO do Vasco é que entre com o objetivo de acrescentar na Torcida, ajudar no desenvolvimento dela e apoiar o Vasco acima de tudo. Pois vejo que tem muitas meninas que estão na Torcida para se promoverem individualmente, o que abomino completamente. Como o nosso lema diz tudo isso é PELO VASCO, PARA O VASCO E COM O VASCO.
Obrigado Juliana pela entrevista.

Ira Jovem Juliana 2012

Ira Jovem Juliana 2012


UNIÃO VASCAÍNA 2012: ENTREVISTA COM ISIS LANDIM

Nome, idade e Torcida?
Isis Landim Martins, 24 anos, Torcida União Vascaína.

Desde quando você faz parte da Torcida Organizada. E por que a opção pela sua Torcida?
Estou na União desde 2010;
Optei por me juntar a União pelas idéias, pelo espírito de amizade, e principalmente pela forma como as idéias e projetos são executados. Temos voz, fazemos parte de um grupo, onde essas idéias não são concentradas em uma pessoa, a medida do possível, todos são ouvidos, todos contribuem e isso tem sido um diferencial para a harmonia do nosso grupo.

O que a Torcida Organizada representa na sua vida? E qual é ou foi o seu tempo de dedicação para com a sua Torcida?
Como o nome já diz, Organizada, é através desse “comprometimento”, que conseguimos nos juntar, e nos organizar, para ir a jogos distantes, fazer Projetos Sociais, coisas que possam exaltar e beneficiar o Vasco. As amizades vieram depois, é claro, e só tiveram a contribuir.
Estou presente na União desde 2010 e sempre que o jogo é em casa, não costumo faltar. Faço o possível para sempre estar em contato com o presidente e grande parte dos integrantes para estar ciente dos acontecimentos.

Você já fez alguma viagem, como foi?
Sim, várias. Uma das mais recentes foi ao Uruguai. Nunca tinha saído do país antes, e não teve hora melhor para isso acontecer. Fui ao jogo: Nacional-URU x Vasco, jogo válido pela Copa Santander Libertadores 2012. Apesar de já estarmos classificados, o apoio da Torcida é sempre muito importante, posso dizer que fizemos a nossa parte indo até lá.

Qual foi seu jogo inesquecível?
Eu poderia dizer que foi o 4x3 da Mercosul de 2000, jogo que sofri e vibrei muito no fim, mas apenas acompanhei pela TV. Mas a Copa do Brasil de 2011 foi uma conquista diferente pra mim, eu fiz parte, eu pude ir a todos os jogos em casa, eu fui ao jogo de volta na final em Curitiba.

Qual a maior loucura que já fizeram para estar no Estádio vendo seu time jogar?
Largar o trabalho sem pensar nas conseqüências e ir a SP. Isso foi em 2009, na semifinal contra o Corinthians, no Pacaembu, até aquela manhã de quarta-feira eu não ia, pois não tinha lugar no ônibus, fui trabalhar chorando, pois queria estar lá, apoiando, fazendo a minha parte. Ligaram-me quando eu estava no trabalho e perguntaram se eu ainda queria ir, pois o ônibus estava com vagas, eu sem pensar 2x, desliguei meu computador e saí do trabalho correndo no meio do expediente sem querer saber das conseqüências que isso poderia me causar. A classificação não veio, mas valeu todo o esforço.

Qual a visão dos homens em relação a vocês?
Realmente não é fácil, Não estou aqui por influência, freqüento e faço parte porque eu gosto. Mas ainda sofro preconceito de muitos pela minha freqüência em jogos e viagens.

O que falta para a Torcida crescer mais?
Precisamos nos unir mais, independente da Torcida da qual fazemos parte, somos todos Vasco e estamos lá por causa disso!

Quais as maiores dificuldades que as meninas passam dentro de sua Torcida?
Ainda somos o sexo frágil, mas nada que nos impeça de fazer a nossa parte de um jeito mais feminino. É claro, que a violência das demais Torcidas, infelizmente é o que nos preocupa mais, pois não podemos prever o que possa vir a acontecer.  

Deixe seu recado para as meninas que querem entrar na Torcida agora?
Que elas nunca esqueçam que independente de Torcida, somos todas torcedoras do Vasco, e que fazer parte de uma Torcida, é como ter um grupo fiel de amigos com que você pode se unir a fim do mesmo ideal.
Querida Isis, muito obrigado pela entrevista.


União Vascaína Isis Landin 2012

União Vascaína Isis Landin 2012