![]() |
FELIZ 2017 |
sábado, 31 de dezembro de 2016
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
FORÇA JOVEM 2016: ORGANIZADA FALA DE RETORNO
A
Organizada do Vasco Força Jovem retorna aos estádios em 2017. A proibição
judicial de que integrantes entrem em estádios acaba no fim desde 2016. Em meio
de nota, os líderes comemoram a possibilidade da volta, ressaltando inclusive
que este é o “maior presente” que o Vasco poderia ter- em alusão a promessa do
Presidente Eurico Miranda que foi cumprida no acerto com Escudeiro.
“Contratação?
Presente de Natal? Maior reforço do C. R. Vasco da Gama já está contratado e
não vai custar nada aos cofres do Clube. G.R.T.O Força Jovem do Vasco de volta
a bancada, este é o maior reforço do Vasco para 2017! Nossa volta será em
grande estilo”, afirmou a nota.
Vale
lembrar que o Presidente Eurico Miranda não teve um bom relacionamento com as
demais Organizadas neste fim de temporada, sendo necessário inclusive uma
reunião da Diretoria, elenco e lideranças.
Fonte:
Jornal O Lance![]() |
Força Jovem Jornal O Lance 2016 |
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
GUERREIROS DO ALMIRANTE 2016: GDA REALIZOU AÇÃO SOCIAL DE NATAL NA BARREIRA DO VASCO NO DIA 24/12
Ocorreu no último sábado (véspera de Natal) uma Ação Social realizada
pelos Guerreiros do Almirante junto com a associação de moradores, para
presentear as crianças da nossa famosa ' Barreira do Vasco ' visando
proporcionar um melhor Natal.
Ajudar a comunidade da Barreira sempre foi uma marca registrada da nossa torcida desde a nossa fundação, pretendemos realizar muito mais no ano que vem.
Não foi um ano fácil para a torcida, mas realizar esse Ato nos deixa muito mais confiantes para ter um 2017 muito melhor do que foi este ano.
/+/ Enquanto houver um coração infantil o VASCO será imortal /+/
Ao VASCO, tudo!
Fonte: Facebook Guerreiros Do Almirante – GDA e
NETVASCOAjudar a comunidade da Barreira sempre foi uma marca registrada da nossa torcida desde a nossa fundação, pretendemos realizar muito mais no ano que vem.
Não foi um ano fácil para a torcida, mas realizar esse Ato nos deixa muito mais confiantes para ter um 2017 muito melhor do que foi este ano.
/+/ Enquanto houver um coração infantil o VASCO será imortal /+/
Ao VASCO, tudo!
![]() |
Guerreiros do Almirante Ação Social de Natal 2016 |
![]() |
Guerreiros do Almirante Ação Social de Natal 2016 |
![]() |
Guerreiros do Almirante Ação Social de Natal 2016 |
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
VASCO 2016: LIVRO "100 ANOS DA TORCIDA VASCAÍNA", 1960 TÁ CHEGANDO A HORA
“Vasco, o orgulho da Guanabara”
faixa da torcida
1960 Tá chegando a hora
Embora
a “Era de Ouro” (1958-1970) no futebol brasileiro tenha sido marcada pela
presença de muitos craques, os vencedores dos campeonatos cariocas em 1959 e
1960 eram formados por times sem grandes craques, sem as estrelas da seleção.
Para alguns dirigentes a “era das grandes estrelas” estava chegando ao fim, o
negócio era formar times com bons e baratos jogadores. O Botafogo não pensou
assim e manteve praticamente quase todos os seus ídolos. Já o Vasco escolheu
uma opção diferente: começava uma política de se desfazer aos poucos dos
grandes ídolos. Para os dirigentes vascaínos, vender seria um grande negócio e
o clube poderia continuar com sua trajetória de títulos. Primeiro venderam Almir
(1960) para o Corinthians, depois foi a vez de Orlando Peçanha para o Boca
Juniors (1960), em seguida seria Bellini (1961) para o São Paulo (sem esquecer
de Vavá vendido logo depois da Copa de 1958 para o Atlético de Madri).
O
mesmo destino teria o atacante vascaíno Delém. Grande destaque da seleção
brasileira nos jogos contra os argentinos.
O jogador teve ótimas exibições contra os rivais na disputa pela 9ª Copa
Roca. Ao todo ele marcou 4 gols em três jogos. O oportunismo do jogador acabou
por despertar o interesse dos clubes platinos e logo seria negociado para o
River Plate no ano seguinte.
Justamente
os anos 1960 começaram com a surpreendente conquista do América do campeonato
carioca de 1960, primeiro ano do Estado da Guanabara após a transferência da
capital do país do Rio de Janeiro para Brasília. Era um título aguardado com
muita ansiedade pela torcida rubra que não conquistava um campeonato desde
1935, ou seja, 25 anos atrás, quase na época do fim do amadorismo. Foi a
vitória de um time que não contava nem com o apoio inicial dos próprios
torcedores, descrentes com os insucessos nos anos 1950 com equipes consideradas
favoritas.
Na
final com o Fluminense, o palco foi o estádio do Maracanã que receberia naquele
dia quase 100.000 pessoas, mesmo com a transmissão ao vivo pela TV. Dividindo
as arquibancadas com o Fluminense, o América contou com a ajuda das outras
torcidas cariocas. Vascaínos, flamenguistas e botafoguenses se uniram aos
americanos e conseguiram ocupar a metade do estádio. Após a derrota, o tricolor
Nelson Rodrigues explicava como o campo esportivo foi tomado pelos torcedores:
“vejam vocês todos contra o Flu e o Flu sem ninguém. O América teve torcedor
que não conhecia a cor da camisa americana. Um desses, ao começar o match, cutucou-me sôfrego, o olho
rútilo: - Qual é o América? Qual é o América? Dei-lhe a informação. E ele
pôs-se a torcer como um alucinado. É, ele pôs a torcer como um alucinado. No
fim, o camarada lançou-se aos soluços, nos braços da pessoa mais próxima (...)
Todo o potencial afetivo de uma cidade foi aplicado num único time (...) O América
mereceu a ternura de toda uma cidade. Sujeitos que não conheciam o Maracanã,
que não sabiam se a bola era redonda ou quadrada, torciam por ele. Foi, amigos,
o América por nesse momento, o clube mais amado do Brasil” (VALLE, 2004, p.71).
De
acordo com Fernando Valle, autor de alguns livros sobre a história do América,
seu clube era o grêmio carioca que mais deixou de crescer sua torcida ao longo
dos anos 1930, 1940 e 1950. Ao contrário dos outros clubes grandes que só
aumentaram suas torcidas, o América foi ganhando o perfil de uma associação de
classe média, da região de Grande Tijuca, um grêmio amado por todos (o segundo
time do coração) mas alvo de constantes gozações. Os rivais diziam que o
América “nadava, nadava e morria na praia”. Os adversários diziam que sua
torcida cabia numa Kombi, formada por simpáticos torcedores como Lamartine Babo
e Marques Rebelo, entre outros. Lamartine foi escolhido pelo clube como
torcedor símbolo do América. No dia seguinte da conquista ele desfilou pelas
principais ruas da cidade, em carro aberto, fantasiado de diabo (símbolo do
clube), à frente de um extenso cordão de torcedores. (VALLE, 2004). O escritor
Marques Rebelo, escreveria nesta época uma belíssima crônica sobre o título
intitulada “Poema de um coração rubro”,
num trecho ele reafirma a importância da conquista como congraçamento das
torcidas: “o delírio dos assistentes americanos, vascaínos, botafoguenses,
rubro-negros, são-cristovenses, de todos enfim, pois era a efusão de uma cidade
inteira que ali se representava (...) não sei como foram meus passos depois que
a luta se encerrou, com cem mil bandeiras se agitando, bandeiras que não
traziam as três inicias do América – eram bandeiras de todos os clubes
cariocas, inclusive a do glorioso tricolor, vencido que se irmanava ao vencedor
com ternura e respeito. (VALLE, op.cit, p.140)
Para
o torcedor que freqüentava os estádios, a grande novidade na década de 1960 foi
a popularização dos pequenos rádios de pilha que se tornaram fiéis
acompanhantes dos torcedores. Nas emissoras cariocas a disputa por anunciantes
e audiência provocava uma corrida por novidades: “comentaristas de arbitragens,
pontos atrás das metas, reporteres-volantes (...) tudo aquilo que compõe hoje
(...) o rádio esportivo começou ali” (Máximo, 1996, p.52). A disputa acirrada era
entre os principais narradores: Oduvaldo Cozzi pela Mayrink Veiga, Valdir
Amaral pela Radio Globo e Jorge Curi pela Nacional que apresentava João
Saldanha estreando nos microfones.
Durante
os anos 1960 as torcidas jamais deixaram de cantar ainda mais quando a vitória
estivesse próxima ou, melhor ainda, quando o título fosse uma questão de tempo.
A música mais ouvida nesta época era “Está Chegando a Hora”[1].
O relógio se aproximando dos minutos finais e a torcida vencedora gozando a
adversária: “Ai, ai, ai ... tá chegando a hora!” Para o cronista Armando
Nogueira, é neste momento que o torcedor se vinga de uma semana de
aborrecimentos e poucas realizações. E pela catarse das massas que o futebol
vai dar sentido profundo de superação do dia a dia: “dentro dele (Maracanã), o
carioca do povo canta, no domingo, as vitórias que lá fora a vida talvez lhe
negue a semana inteira” (1973, p.168).
Ao
criar fortes vínculos afetivos, tanto a música quanto o futebol, souberam
expressar e dramatizar aspectos básicos da cultura nacional e da vida dos
torcedores: “música popular e futebol tem muitos aspectos comuns, que aproximam
os dois como elementos da cultura brasileira. Em ambos predomina a
espontaneidade, a criatividade e a improvisação e em ambos a arte subordina a
técnica. São instituições fortemente identificadas entre si” (MURAD, 1996,
p.172).
Com
a popularização do futebol, do rádio e do disco é que essa relação se
consolidou. A partir daí, Noel Rosa, Ary Barroso, Ciro Monteiro, entre outros,
se aproximavam cada vez mais do universo esportivo. Lamartine Babo, por
exemplo, além de ser um grande compositor popular, criador de inúmeras
marchinhas de sucesso, soube como ninguém realizar isto através dos novos hinos
dos clubes criados por ele, recheado de expressões populares, dos sentimentos
dos torcedores das arquibancadas. Logo, logo, junto com as marchinhas de
carnaval, as torcidas entoaram seus novos hinos nos estádios, principalmente no
Maracanã.
Ao
inventar um instrumento de sopro (talo de mamona) o som produzido pelo vascaíno
Ramalho entrou no gosto dos torcedores e estes já sabiam quando o torcedor-músico estava nas arquibancadas.
Para Mario Filho (1994, p.126), Ramalho conseguiu manter sua individualidade,
num lugar (Maracanã) que “apagava” as pessoas com o som da massa: “o Maracanã
teve isso de ruim acabou com a figura humana (...) para gritar ele tem que unir
a própria voz a dos outros, senão ninguém escuta (...) o Maracanã aniquilou o
torcedor como individuo, que o pluralizou, tornando-o em multidão”.
Juntos,
torcedores organizados ou não, faziam dos jogos uma festa popular que encantava
jogadores e o grande público. “O futebol levou a música para as arquibancadas,
compondo a interação entre torcedores e destes com os jogadores, através de um
sistema de comunicação muito singular,
formado por cânticos e ritmos”(MURAD, op.cit., p.173). Da mesma forma o
antropólogo Luiz Henrique Toledo (1996, p.155) apreende a marca registrada das
canções nas arquibancadas: “a música, enquanto elemento de expressão e
comunicação, é parte fundamental da maneira pela qual o torcedor apreende e
vivencia o futebol”.
Acompanhando
o Botafogo em nas constantes viagens pelo exterior, o comentarista esportivo
João Saldanha comparou a torcida mexicana com a carioca "é muito alegre um
jogo no México. É o país em que a torcida mais se parece com a do Rio de
Janeiro. Barulhenta, participa de todos os lances da partida" (in PEDROSA,
1967, p.174). E ainda cita a presença de músicos que animam os jogos ou os
jogadores com instrumentos típicos daquele país. Contudo, o que mais marcou foi
a invenção do grito de “olé”. Garrincha, nesta excursão do Botafogo, daria uma
exibição que provocaria uma reação de profundo entusiasmo na torcida mexicana
criando espontaneamente o grito de olé. Naquele dia que surgiu a gíria do
“olé", tão utilizada posteriormente no Brasil.
Enquanto
nesse tempo Garrincha encantava os torcedores de todo o mundo, um outro clube
carioca dava vexames internacionais por onde passava. Em sua excursão pela Europa,
o Flamengo era fragorosamente derrotado pela seleção da Bulgária por 6 a 0.
Mais a vergonha maior estava a caminho. Jogando contra o “poderoso” clube da
Escócia, Motherwell, uma nova goleada: 9 a 2. Uma pena que os búlgaros e
escoceses não conhecessem o “olé” dos mexicanos.
No ano seguinte a torcida carioca
pode entoar o “olé” no jogo entre Santos e Flamengo. Jogando no Maracanã pelo
Torneio Rio-São Paulo, Pelé comanda um massacre ao derrotar os rubro-negros
pelo placar de 7 a 1. Adotado pelos cariocas, o time do Santos sempre recebia a
contribuição dos torcedores cariocas em seus jogos. Sem dúvida, milhares de
vascaínos puderam encarnar nos rivais gritando o “olé” e cantar ao final da
partida “lá, lá , laiá, esta chegando a hora”...
Fonte: Livro “100
anos da Torcida Vascaína”, escrito pelo historiador Jorge Medeiros.
[1] Uma
marchinha de Rubens Campos e Henricão de 1942., Cf (HOLLANDA, 2004).
![]() |
Vasco Jornal Diário Carioca 1960 |
Vasco Jornal O Globo 1960 |
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
FORÇA JOVEM E TOV 1991: TORCIDA PREVÊ MAIS BRIGA NO MARACANÃ
As cenas de violência ocorridas no Maracanã, antes e
durante a partida entre Vasco e Flamengo, ainda são comentadas em São Januário.
Enquanto Antônio Brás, Chefe da Força Jovem, acredita que, contra o Fluminense,
o ambiente estará menos carregado, componentes da Torcida Organizada do Vasco
(TOV), preveem mais confusão.
“Há rivalidade com todos os times e a Torcida Força
Jovem do Vasco parece gostar de briga”, diz Amâncio César da TOV.
Alguns dos componentes desta facção foram acusados de
disparar contra rubro-negros. Brás está otimista, mas reconhece ser difícil
controlar 2 mil componentes de sua Torcida.
“Já expulsamos 32 esse ano, mas é difícil evitar
tumultos”.
Fonte: Jornal O Globo 20 de Setembro de 1991Força Jovem e TOV Jornal O Globo 1991 |
![]() |
Força Jovem Jornal O Globo 1991 |
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
TOV 1959: ATÉ GARRINCHA FESTEJOU A VITÓRIA DO VASCO
D. Dulce Rosalina, Chefe da Torcida Organizada do
Vasco, conta que, deixando o Maracanã, rumou com sua gente para São Januário,
lá encontrando os portões fechados e tudo as escuras.
Houve decepção, seguida
de revolta, bastando dizer que ameaçaram uma invasão, o que foi evitado pelo
Vice Presidente Hilton Faria, que chegou a tempo para mandar abrir o portão.
Apenas não encontraram a chave da luz, tendo a Torcida sambando mesmo no escuro,
na pista de atletismo.
-Saindo de São Januário as 3 horas, fui dormir depois
de 4 horas. E as 10 horas já estava no auditório da Rádio Nacional, onde o
Paulo Gracindo, no seu programa, prestou homenagem a Torcida do Vasco. Por
sinal que fomos muito bem tratados por ele, que é Rubro Negro.
Rouco, quase sem poder falar, D. Dulce pegou o
repórter pela mão e disse:
- Sabe quem estava lá também? O Garrincha.
- O Garrincha?
- Sim. Ele havia comparecida ao programa, a convite
de Angelita Martinez. Mas na hora da confusão, isto é, quando a Torcida do
Vasco entrou a sambar no auditório, ele também caiu no samba.
Eu fiquei encantada com ele, pois e a simplicidade em
pessoa. E achou que o Vasco havia merecido ser campeão.
Fonte: O Jornal 20 de Janeiro de 1959![]() |
TOV O JORNAL 1959 |
![]() |
TOV Dulce Rosalina Revista do Esporte 1960 |
sábado, 24 de dezembro de 2016
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
FORÇA JOVEM E TOV 1982: FOGUEIRINHAS NO MARACANÃ
Como as Torcidas Organizadas levavam muito papel
era comum no fim dos jogos torcedores juntarem esses papeis e colocar fogo em
plena arquibancada.
“A ASTORJ se pronunciou pela coluna, muitas
vezes, no intuito de garantir a segurança dos torcedores no estádio. Prova disso
são os constantes pedidos para que as torcidas não utilizassem fogos de
artifício nas partidas, tampouco fizessem “fogueirinhas”.
Era comum que a entrada dos times no gramado
fosse recepcionada por rolos de papel higiênico, fazendo um espetáculo visualmente
bonito. Contudo, após os jogos, torcedores que permaneciam na arquibancada
queimavam os restos desse papel e, em alguns momentos, acabavam provocando
queimaduras.”
Fonte: Jornal dos Sports 04 de Setembro de 1982 e TEIXEIRA, Leonardo Antônio de Carvalho. “Congregar, Congraçar e Unir: a
atuação da Associação das Torcidas Organizadas do Rio de
Janeiro (1981-1989)”. 2014. 116 f. Dissertação (Mestrado em História Social) -
Faculdade de Formação de Professores de São Gonçalo, Universidade do Estado do
Rio de Janeiro, São Gonçalo, 2014.
APELO DE ELY MENDES
Ely, da Força Jovem do Vasco pede aos Vascaínos que
forem hoje ao Maracanã para evitar as fogueirinhas de depois dos jogos, pois
isso, além de ser perigoso em si, costuma provocar brigas entre torcedores.
Fonte: Jornal dos Sports 15 de Junho de 1982![]() |
Força Jovem Maracanã 1982 |
![]() |
TOV Maracanã 1982 |
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
IRA JOVEM 2016: AÇÃO SOCIAL MORADORES DE RUA DA 7ª PROVÍNCIA NITEROI/SÃO GONÇALO
No
dia 01 de Outubro de 2016 a 7ª Província Niterói/São Gonçalo da Ira Jovem do
Vasco distribuiu comida aos moradores de Rua nos bairros do Centro, Nova Cidade
e Alcântara na cidade de São Gonçalo
7ª Província sempre ajudando o próximo![]() |
Ira Jovem 7ª Província Ação Social 2016 |
![]() |
Ira Jovem 7ª Província Ação Social 2016 |
![]() |
Ira Jovem 7ª Província Ação Social 2016 |
![]() |
Ira Jovem 7ª Província Ação Social 2016 |
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
VASCO 2016: LIVRO "100 ANOS DA TORCIDA VASCAÍNA", 1959 SUPER-SUPER VASCO
“Felicidade,
seu nome é Vasco”
faixa da torcida
1959 Super-Super Vasco
Para
o último jogo das finais do campeonato carioca de 1958 disputada em janeiro de 1959
entre Vasco e Flamengo, o esquema de segurança era gigantesco. Segundo a
revista Manchete Esportiva foram mobilizados 60 guardas municipais, 300
PMs e 2 choques da PE (com 32 cada) mas
não foram registrados muitos confrontos entre os torcedores, o maior problema,
apontado pela revista, era o grande
número de cambistas, acobertados pelos policiais. Apesar da transmissão ao vivo
pela TV para a própria cidade, sem aviso prévio, o público da final foi um dos
maiores da história do clássico que, segundo Roberto Assaf, foi na década de
1950 que surgiu a expressão “Clássico dos Milhões”, para as partidas entre
Flamengo e Vasco.
A comemoração do título
após o jogo e durante a semana ganhou grande repercussão na imprensa que deu
ênfase as carreatas promovidas pelos vascaínos que tomaram a cidade de alegria:
“DO
MARACANÃ A SÃO JANUÁRIO, A TORCIDA FESTEJOU O TÍTULO
Verdadeiro Carnaval no trajeto da
vitória, Valdemar fez o percurso a pé e uniformizado, Tráfego interrompido nas
imediações do Estádio do Vasco, Coronel de cabeça raspada .....
Mais de duas horas depois de
terminado o encontro, foi que os cruzmaltinos conseguiram deixar o Estádio do
Maracanã. A saída do maior do mundo, grande multidão de torcedores se
acotovelava, aguardando o momento de ovacionar, de perto os heróis da grande
jornada. Escolas de Samba, casacas, enfim, um verdadeiro carnaval, com
serpentinas e confete, era o que se via nas imediações do Maracanã.
TORCEDORES INVADEM A CAMIONETA
O delírio chegou ao auge, quando
a camioneta que conduzia os campeões começou a movimentar-se, procurando abrir
caminho entre os torcedores. Ai, então, o espetáculo foi indescritível.
Torcedores mais entusiasmados dependuravam-se no veículo, procurando tocar nos
seus ídolos. Alguns deles, mesmo, chegaram, não sabemos como, a alcançar o teto
da camioneta.
O TRAJETO DA VITÓRIA
Em todo o percurso do Maracanã a
São Januário, ouvia-se os gritos de Vasco! Vasco!. Torcedores apareciam as
portas dos bares, garrafas em punho, para saudar a passagem dos campeões.
Outros se acotovelavam no meio fio das calçadas e a aproximação da camioneta
cruzmaltina, atiravam-se a sua frente. Foguetes espoucavam no ar e ao som dos
tamborins, homens, mulheres e crianças cantavam no ritmo quente do samba, a
grande vitória cruzmaltina. O tráfego ficou totalmente interrompido na Rua São
Luís Gonzaga, pois os guardas eram poucos para conter o entusiasmo dos
torcedores. Também dos ônibus e lotações vinham os casacas. Um grande cortejo
de carros e caminhões era improvisado, rumo a São Januário.
CARNAVAL EM SÃO JANUÁRIO
Tudo o que se pode observar
durante o trajeto dos campeões foi pouco em relação ao que se viu nas
imediações do Estádio do Vasco. Assim, as Ruas General Almério Moura, Ricardo
Machado, Dom Carlos e Bonfim foram tomadas pela massa de torcedores. Nenhum
carro conseguia romper a barreira humana e o carnaval se prolongou madrugada
adentro. Somente as 4 horas da manhã os jogadores chegaram ao Estádio, debaixo
de uma ovação tremenda.
OS PORTÕES NÃO FORAM ABERTOS
Os torcedores aguardavam, impacientes
a abertura dos portões do Estádio, a fim de que pudessem comemorar, em pleno
gramado, a sensacional vitória. Entretanto, como os portões permaneceram
fechados, tiveram mesmo de se contentar com o carnaval de rua, o que não chegou
a arrefecer o grande entusiasmo dos cruzmaltinos” [1].
. Depois da conquista, dirigentes e
torcedores organizam uma nova festa promovendo uma carreata que chegou ao
centro da cidade no mesmo clima carnavalesco do dia do campeonato. Desta vez o
estádio de São Januário foi aberto para os torcedores comemorarem o título em
sua casa:
“COM
UM DESFILE DE MAIS DE 3 HORAS, OS VASCAÍNOS COMEMORAM O TÍTULO DE 1958
Rei
Momo presente a Festa do Vasco - Depois do Cortejo, a batalha de confetes em
São Januário – Carros, Jipes e Caminhões, percorram as Ruas da Cidade, debaixo
de chuvas e de aplausos.
Com um
brilhantismo incomum, a Torcida do Vasco da Gama festejou, sábado último, pelas
ruas da Cidade, a conquista do Super-Supercampeonato de 1958. O cortejo,
formado por vários carros alegóricos, caminhões, carros de passeio e jipes,
deixou o Estádio de São Januário as 13 horas.
O
TRAJETO
Seguindo
pela Rua General Almério Moura, os veículos ganharam a Av. Brasil, seguindo
pela Av. Rodrigues Alves, Praça Mauá, Rua Acre, Rua Uruguaiana, Largo da Carioca,
Rua Almirante Barroso, Avenida Rio Branco, Cinelândia, Praça Paris, Lapa, Santa
Luzia, México, Av. Nilo Peçanha, Av. Rio Branco. Presidente Vargas, retornando
ao ponto de partida.
VERDADEIRO
CARNAVAL
Durante todo o trajeto, o povo aplaudia a passagem
dos Vascaínos com foguetes, confetes e serpentinas, em verdadeiro carnaval
pelas ruas da Cidade. Rei Momo abria o cortejo da vitória, num bonito carro
alegórico, seguido pelo carro que
[1] Fonte: Jornal O Globo 19 de Janeiro de
1959.
![]() |
Vasco Revista Careta 1959 |
![]() |
Vasco Jornal Estado de São Paulo 1959 |
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
RENOVASCÃO 2004: INAUGURAÇÃO DA RUA DULCE ROSALINA
Dulce Rosalina foi a torcedora símbolo do Vasco da
Gama até falecer, em 19 de Janeiro de 2004.
A torcedora foi
homenageada pela Prefeitura do Rio de Janeiro, que em decreto de 22 de Janeiro
de 2004, mudou o nome da antiga Rua do Reservatório para Dulce Rosalina.
Abaixo, a íntegra do
documento.
DECRETO Nº 23925 DE 22 DE JANEIRO DE 2004
Altera a denominação do logradouro que menciona, situado no Bairro Vasco da Gama, na VII Região Administrativa, São Cristóvão. O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais e, considerando o recente falecimento de D. Dulce Rosalina, aos 79 anos, torcedora-símbolo do Clube de Regatas Vasco da Gama, exemplo da paixão carioca pelos times de futebol da cidade, DECRETA:
Art. 1.º A Rua do Reservatório, CL 08023-4 reconhecida pelo Decreto n.º 1165, de 31 de outubro de 1917, passa a denominar-se Rua Dulce Rosalina.
Art. 2.º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2004, 439º ano da fundação da Cidade.
CÉSAR MAIA.
Por Marcelo Rozenberg
Fonte: http://terceirotempo.bol.uol.com.br/que-fim-levou/dulce-rosalina-925 e fotos acervo de PoncinhoAltera a denominação do logradouro que menciona, situado no Bairro Vasco da Gama, na VII Região Administrativa, São Cristóvão. O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais e, considerando o recente falecimento de D. Dulce Rosalina, aos 79 anos, torcedora-símbolo do Clube de Regatas Vasco da Gama, exemplo da paixão carioca pelos times de futebol da cidade, DECRETA:
Art. 1.º A Rua do Reservatório, CL 08023-4 reconhecida pelo Decreto n.º 1165, de 31 de outubro de 1917, passa a denominar-se Rua Dulce Rosalina.
Art. 2.º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2004, 439º ano da fundação da Cidade.
CÉSAR MAIA.
Por Marcelo Rozenberg
![]() |
Inauguração da Rua Dulce Rosalina 2004 |
![]() |
Inauguração da Rua Dulce Rosalina 2004 |
![]() |
Áureo Ameno e Poncinho Inauguração da Rua Dulce Rosalina 2004 |
![]() |
Inauguração da Rua Dulce Rosalina 2004 |
![]() |
Poncinho Inauguração da Rua Dulce Rosalina 2004 |
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
TORCIDA DO VASCO 1922: PARADANTAS O PRIMEIRO CHEFE DE TORCIDA DO RIO
Com a morte de Jaime de Carvalho, e a revelação
segundo a qual o pioneirismo das chefias de Torcida no futebol brasileiro data
de longo tempo, de repente virou polêmica.
Os polemistas são jovens sensíveis, empenhados em
conhecer melhor aspectos muito pouco ou literalmente nada esmiuçados do esporte
neste País.
Agora, com justiça, eles estão reclamando pormenores
mais expressivos que comprovem a existência dos antigos líderes esquecidos.
Resposta aos que nos interpelaram: na medida, e com base em velhas entrevistas e breves anotações tomadas ao caso, em cerca de 30 anos de jornalismo, o primeiro Chefe de Torcida a surgir pelo menos no Rio, foi o Vascaíno Paradantas, alegre caixa de Banco. O ano era 1922.
Seguramente, o entusiasmo de Paradantas tinha suas raízes na empolgação da ruidosa subida do Vasco da Segunda para a Primeira Divisão da Liga Metropolitana, um episódio tão espantosamente relevantes para o desenvolvimento do futebol carioca, como, por extensão, do Brasil inteiro.
Resposta aos que nos interpelaram: na medida, e com base em velhas entrevistas e breves anotações tomadas ao caso, em cerca de 30 anos de jornalismo, o primeiro Chefe de Torcida a surgir pelo menos no Rio, foi o Vascaíno Paradantas, alegre caixa de Banco. O ano era 1922.
Seguramente, o entusiasmo de Paradantas tinha suas raízes na empolgação da ruidosa subida do Vasco da Segunda para a Primeira Divisão da Liga Metropolitana, um episódio tão espantosamente relevantes para o desenvolvimento do futebol carioca, como, por extensão, do Brasil inteiro.
Texto de Geraldo Romualdo da Silva
Fonte: Jornal dos Sports 06 de Maio de 1976![]() |
Torcida do Vasco Jornal dos Sports 1976 |
![]() |
Vasco Paradantas |
domingo, 18 de dezembro de 2016
VASCO 2016: LIVRO "100 ANOS DA TORCIDA VASCAÍNA", 1958 BELLINI LEVANTA A TAÇA
“A Taça
do Mundo é nossa”
Marchinha de 1958
1958 Bellini levanta a Taça
O
campeonato carioca de 1958 estava marcado para começar depois da Copa do Mundo
na Suécia. Por isso a maior preocupação dos torcedores vascaínos no primeiro
semestre era acompanhar a convocação da seleção. A alegria em São Januário foi
imensa com a convocação de três jogadores no dia 31 de março: Bellini, Orlando
e Vavá.
Nesta
época as atenções ainda estavam voltadas para as rádios que transmitiam as
partidas para o Brasil (a TV brasileira ainda mostrava as partidas da Europa).
Com a torcida se reunindo em locais públicos, vibrando e se emocionando com a
seleção. O torcedor número um do Brasil foi o Presidente da Republica JK, que
fazia questão de torcer junto de convidados, ao lado de um imenso rádio.
Neste mundial, o futebol
finalmente consegue dar ao povo brasileiro a maior alegria com uma conquista internacional
de forma incontestável. Todo o país vibrava com a narração dos locutores de
rádio, o poeta vascaíno Ferreira Gullar,
se espantava com sua atitude tão apaixonada: “sem saber como nem porque, vi-me
de repente de ouvido grudado ao rádio, submetido a uma tortura diabólica “. E
narra porque estranhava sua atitude “confesso que há muitos anos o futebol
deixara de me interessar. A derrota de 1950 no Maracanã (...) tornou-me um
descrente do nosso futebol. Em 1954, ouvi por acaso alguns jogos, e a Hungria
confirmou meu pessimismo (...) é por isso que não consigo acreditar que somos
mesmo campeões do mundo”. Constatado o resultado, o poeta se incorpora aos
vencedores e adere a folia em ”um domingo de felicidade nacional e a euforia
com que todos acordaram esta semana para recomeçar a vida. A cidade hoje vai
parar para abraçar os seus heróis.”
Em
plena Copa do Mundo a TOV organiza um baile no Clube Municipal com orquestra de
Raul de Barros, reunindo astros do rádio e da televisão, refletindo como a
competição fazia todos quererem se encontrar para comentar os jogos e garantir
a confraternização por todo o mês.
Se aqui no Brasil a torcida
comemorou como nunca, fazendo verdadeiros carnavais após as partidas, nos
estádios suecos, a torcida brasileira, foi comandada por Cristiano Lacorte,
torcedor do Botafogo, paraplégico, que tornou-se uma figura tão popular que no
mesmo ano acabou se elegendo vereador pela
cidade do Rio de Janeiro.
Na
volta para o Brasil, os jogadores tiveram direito de passeio no carro do Corpo
de Bombeiros após desembarque da delegação no Brasil. Com as ruas cheias, os
jogadores comemoravam com os populares até o Palácio do Catete onde seriam
recebidos pelo presidente JK. Era a recuperação do sentimento de auto-estima do
brasileiro.
Foi
o reconhecimento internacional e a conquista do campeonato de 1958 que ajudaram
a fazer dos jogadores, ídolos nacionais de primeira grandeza. Este é um dado
importante no processo de popularização do futebol. A partir daí, o Maracanã
ficaria pequeno para receber os campeões do mundo. Como todos os jogadores
atuavam no Brasil, as competições regionais eram a grande atração do segundo
semestre daquele ano, com partidas que lotavam o “maior do mundo”.
Duas
semanas depois da conquista na Suécia começava o campeonato carioca com
transmissão direta da TV, pela primeira vez, apesar da oposição dos dirigentes.
Seria uma competição de encher os olhos, pois Vasco, Botafogo e Flamengo
forneceram vários jogadores para a seleção e agora o público carioca teria seus
ídolos de volta como os melhores do mundo. Não é pó acaso que o campeonato de
1958 é apontado como um dos melhores de todos os tempos. Terminando com a
disputa dos três times em equilíbrio de forças na final duas etapas decisivas,
chamada de Super-super[1].
Era a primeira no Maracanã, que Vasco e Flamengo, detentores das maiores
torcidas disputavam uma final.
A
torcida vascaína ainda vivia uma indefinição (pelo menos para a imprensa) de
qual o seu líder e onde ficariam os sócios: “a Torcida
Social do Vasco, um novo grupo que surge em São Januário, nos moldes das
grandes Torcidas norte-americanas, destinado a incentivar o quadro de futebol
ao longo do certame da Cidade (...) constituída exclusivamente de associados do
Clube e que se singularizará por um detalhe, o grupo ficará sempre na parte
Social sendo que no Maracanã ficará localizada atrás do gol, nas cadeiras
cativas, local destinado aos associados dos Clubes que mandam o jogo no maior
Estádio do Mundo. Os torcedores usarão um boné, mas não levaria charanga,
devendo conduzir no painel com dizeres alusivos, estréia amanhã a noite, em São
Januário, sendo aguardada com vivo interesse, já que representaria incentivo a
mais ao esquadrão cruzmaltino, que tão bem iniciou o campeonato de 1958” [2].
No primeiro Vasco e Flamengo a imprensa promoveu a
tradicional disputa entre as duas torcidas. Cada clube apresentava os seus
líderes. No Vasco junto com o conhecido Ramalho, aparece uma “nova liderança”
de cartola. Um símbolo da torcida do Fluminense. O torcedor português,
conhecido como Cartola (João Martins) pretende ser chamado, a partir daquele
momento, de Casaca, traje que usava junto da cartola.
Em
outra reportagem Cartola ou Casaca explica mais alguns detalhes das mudanças
que ocorriam na torcida vascaína, destacando um personagem pouco conhecido e
que era o responsável pela bateria da torcida: “Agora estamos
com um grande plano de unificar a Torcida. A da parte Social vai acabar, fazendo
a fusão com a da arquibancada. Estamos pensando até numa Sede. A Sede do
torcedor Vascaíno. Álvaro Ramos, nosso patrono, os dirigentes da Diretoria
atual e da passada prestigiam a iniciativa e temos certeza que conseguiremos
apresentar novidades. Agora quando ele chegar ao Maracanã o Eli, Chefe do
batuque, vai comandar os casacas para o Casaca”[3].
Fonte: Livro “100
anos da Torcida Vascaína”, escrito pelo historiador Jorge Medeiros.
[1] SUPERCAMPEONATO 20.12.1958 Vasco 2
x 0 Flamengo - 03.01.1959 Vasco 0 x
1 Botafogo SUPER-SUPERCAMPEONATO 10.01.1959 Vasco 2 x 1 Botafogo - 17.01.1959
Vasco 1 x 1 Flamengo. Fonte: Site oficial do Vasco
[2] Fonte: Jornal Diário da Noite 24 de
Julho de 1958.
[3] Fonte: Jornal Diário da Noite 19 de
Setembro de 1958. Ely é descrito por Casaca como “ um criolo alto e forte que
comanda o samba. Há oito anos acompanha a Torcida do Vasco e é um dos
administradores.”
![]() |
Vasco Jornal Extra 2013 |
sábado, 17 de dezembro de 2016
IRA JOVEM 2016: BUENOS MUCHACHOS - UNA EXCURSIÓN CON LOS TORCEDORES DE VASCO DA GAMA
El
de musculosa negra tiene el ceño fruncido y los puños cerrados. Esta tenso. No
lo suficiente para evitar que su pierna derecha sacuda al de musculosa blanca
que, contra su voluntad y honor, caerá irremediablemente al piso. La foto está
en el Watt Sapp. Llega del contacto “Pedro Ira Jovem”. Luego de risas virtuales
y emoticones negros llegan las palabras: “Soy yo contra la Força Jovem hace 10
años. Una pelea difícil. Mañana nos juntamos bien temprano en Iraja para ir al
partido en Mina Gerais. Te espero. Vasco Carajo!!!”
Sábado
6:00 am. Barrio Santa Teresa, centro de la ciudad de Río de Janeiro. El rostro
del Cristo Redentor bendice al sol de siempre, solo que hoy, día de partido,
parece un balón incandescente. Un taxi, dos subtes y el ómnibus 712 en sentido
Iraja me pasean por calles desérticas. Agujas imaginarias arañan las 8:00
de la mañana cuando llego al destino. Jóvenes se tambalean entre un olor
a meada que voltea. Hileras de laburantes se abarrotan en silenciosas filas que
intentan divisar un colectivo que nunca llega. Es la zona norte de la “cidade
maravilhosa”. El Cristo Redentor da la espalda, igual… tanto da, ni siquiera un
puntito gris queda de él.
En
la plaza del barrio Iraja hay casi 50 personas. Cuarenta y tantos hombres y dos
mujeres. Nadie supera los cuarenta años. Ellos visten medias, short,
musculosas y gorras negras de la torcida organizada “Ira Jovem”, ellas
usan camisetas blancas del equipo Vasco da Gama. “En tierra de iraquiano, urubú
no se cría. El terror viste de negro. Ira Jovem” dice la musculosa de Jefferson
que cubre los dos tatuajes del equipo de sus amores. Los iraquianos son
ellos, los urubú son los hinchas del Flamengo. Entre ambos una historia de
goles, cargadas y velorios.
Son
casi las 10 de la mañana, según lo acordado llevamos 2 horas de atraso para
viajar a Minas Gerais donde el Vasco jugará un nuevo partido por la segunda
división del campeonato brasilero. A nadie parece importarle la espera. Suena
funk y los muchachos bailan. Los cariocas y su relación con el tiempo es un
misterio que desafía cualquier ingenio. Lejos de ser un tirano de hierro que
todo lo deglute o lo disciplina, el tiempo es vivido por los cariocas como algo
moldeable, flexible, laxo, manejable. Ellos se imponen al tiempo y no al revés.
Y eso se hace cuerpo. De ahí que casi todo movimiento corporal carioca –danza,
música, fútbol, gestualidad– sea menos una pelota de tenis que sigue un
curso lineal, domesticado y predecible; y se asemeje mucho más al trayecto de
un huevo que arrojado al movimiento se zigzaguea en un recorrido tan oscilante
como impredecible.
Desde
la esquina un desgastado motor anuncia la llegada de un colectivo gris azulado.
Es el nuestro. Ya arriba comprobamos que los vidrios polarizados no se abren.
“Me voy asfixiar”, uno lamentó. “Es una pecera”, otro bromeó. “Dejen de
llorar”, alguien ordenó. Mientras la partida se atrasa –más todavía–
porque la compra de la bebida no avanza, Pedro, máximo líder de la torcida, el
presidente y dos de la “línea de frente” ya están en ruta en un auto propio.
Prevenir de controles y retirar las entradas son sus razones. Finalmente la cerveza,
la cachaça y el vodka tienen su triunfal recibimiento. Ahora sí. El motor
tartamudea, las gargantas desafinan y un humo espeso nos abraza. Partimos..
Lejos de ser un tirano de hierro que todo lo deglute o lo disciplina, el tiempo es vivido por los cariocas como algo moldeable, flexible, laxo, manejable. Ellos se imponen al tiempo y no al revés.
PODER JOVEN
Torcidas
organizadas es el nombre con el que se conoce en Brasil a los grupos de hinchas
que colectivamente acompañan a un club de fútbol. El paralelismo con las
“barras bravas” argentinas es tentador, pero al acercar la lupa rápidamente se
ve que la comparación solo sirve para familiarizar lo diferente. En Río
de Janeiro las torcidas organizadas surgen durante la década del cuarenta. La
“Charanga do Flamengo” de 1942 y la “Torcida Organizada do Vasco” de 1944
–comandada por la mujer Dulce Rosalina– son algunas de las pioneras en su
género. Corren tiempos donde una máxima ordena las tribunas: un club, una
torcida, un líder. Sin embargo, a partir de la década del sesenta el
mundo comienza a ser otro y los viejos adagios se tambalean ante temporales
ideológicos. Las rispideces intergeneracionales y la sublevación juvenil
llegan a las tribunas cariocas. Una prepotente juventud reclama nuevas
formas de organización y participación que los viejos líderes no parecen
encarnar.
Brasil
ya está sumergido en los primeros años de una dictadura militar que lo aterrará
por 21 años. La clausura de las formas tradicionales de participación y
expresión torna tan necesario como urgente la apertura de válvulas de escape.
El fútbol, gran dramatización de la vida cotidiana, se presenta oportuno.
Jóvenes ávidos de protagonismo y organización crean torcidas disidentes que se
autodenominan “torcidas organizadas jóvenes”. Nace una nueva forma de “torcer”
que hace de la juventud, la masculinidad agresiva, el amor al club, la
solidaridad entre pares y el gusto por la pelea alguno de sus emblemas.
En
el Club de Regatas Vasco da Gama la principal torcida organizada es la “Força Jovem”.
Nace el 19 de febrero de 1970 y rápidamente gana fama a fuerza de puños. Esa
costumbre le vale una pena y en el año 2013 es prohibida en todos los estadios
brasileros hasta el 2017. El castigo se escuda en el estatuto del torcedor, un
menjunje variopinto de leyes diseñado para “modernizar” el fútbol
brasilero. En esa “modernidad” profesada las torcidas organizadas son una
piedra en el zapato.
La ondulación de nuestra marcha se ralentiza hasta pararse en seco frente a un puesto de comida que solo tiene forró y pobreza para ofrecer. “Opa opa paradita pa robar” se corea en un colectivo donde no hay nada más ofensivo que el silencio.
Sin la força jovem, hoy la tribuna del Vasco da Gama es un archipiélago de torcidas organizadas. “Ira jovem”, nacida el 7 de enero del 2006, es una de las principales. En su mito de origen –como en todo mito– no parece estar muy claro donde empieza lo real y donde termina lo imaginario. Su reconstrucción es la de un rompecabezas donde las piezas más que encastrar se superponen. Esos retazos de memoria imperfecta hablan de alguna plaza del barrio Iraja. Allí Pedro convoca a una veintena de vascaínos que en su mayoría son ex miembros de la força joven, como él, y que entre cervezas recalentadas y carnes asadas escuchan un discurso que finge ser espontaneo. Pedro propone crear una torcida organizada. Ya cuentan con un financista que prestará el capital originario, un “chefe de morro”, es decir, alguien del que se sabe poco porque se pregunta poco. Los oyentes aceptan. Solo queda cumplir con una tradición: hacer una bandera con el nombre y el escudo de la torcida en menos de 15 días. Antes del plazo previsto la obra se consume. La tela negra viaja hasta el morro custodiada con recelo y paranoia. Llega hasta la cima de la favela. El financista la ve, sonríe con vanidad, bebe un vaso de cachaca en nombre de dios y ordena organizar un baile funk en la comunidad para conmemorar el nacimiento de la Ira Jovem.
POSTALES EN MOVIMIENTO
Tupidas
montañas decoran la geografía. Arboles tropicales desfilan por el
ventanal. Nosotros en movimiento, la naturaleza también: germina, florece,
poliniza, expone. También mata, desintegra, pudre, oculta. Para llegar a Mina
Gerais primero tenemos que atravesar las sierras tropicales de Río de Janeiro.
La ondulación de nuestra marcha se ralentiza hasta pararse en seco frente
a un puesto de comida que solo tiene forró y pobreza para ofrecer. “Opa
opa paradita pa robar” se corea en un colectivo donde no hay nada más ofensivo
que el silencio. Una orden y nadie roba nada. En el encantador caos carioca, a
veces parece que lo único organizado son las torcidas.
Mi
compañero de asiento es Thiago. Escucharlo hablar me lleva al partido de la
Matanza, verlo me trae de vuelta a Rio de Janeiro. Negro, de cuerpo tallado,
voz ronca y rostro alerta Thiago refleja un carioca de pura cepa, pero los casi
10 años que vivió en Argentina le dejaron un castellano conurbanizado que
desorientaría a cualquier estereotipador serial. “Extraño cuatro cosas de
Argentina: el fernet, el dulce de leche, las minas y el chimichurri” me dice
con una mirada nostálgica que parece buscar tras los cristales algo que nunca
sabré.
COSAS DE HOMBRES
Alfonso
me ofrece otra cerveza y van… él es el líder de la “provincia” Baixada
Fluminense. Así se los llama a los subgrupos que componen Ira Jovem. Cada
“provincia” congrega varios barrios de una misma zona. Es una división
territorial. A su vez, cada una de ellas tiene un líder que forma parte de la
“diretoria”, la máxima autoridad colegiada de la torcida organizada, por encima
de ella solo está la voluntad y los caprichos de Pedro, principal referente del
colectivo. En el hombro derecho de Alfonso hay un hombre en
posición de lucha que se irgue sobre unas letras en negro que deletrean
“Jiu-jítsu”. El tatuaje despierta mi curiosidad. “Yo hago Jiu-jitsu, muay thai
y boxeo. Acá casi todos entrenamos juntos. No nos gusta perder el ritmo”.
Comienza
una discusión sobre famosos peleadores de artes marciales que inútilmente
intento memorizar. Ante la frustración decido jugar. Me cuelgo escuchando los
simpáticos usos que hacen los brasileros de los diminutivos. Una formidable
manía de reducir todo a la mínima expresión que tiene una clara función social:
tornar más agradable lo inevitablemente dramático (narrando cómo un grupo de
jóvenes golpeó salvajemente a otro, Cesar exclamó “são só menininhos” – son
sólo chicos–) o relajar situaciones formales o tensas (Alfonso contó cómo
después de llegar casi a los puños con un amigo la discusión se zanjó con una
invitación a beber una “cervejinha”). Pero Thiago me trae de vuelta al debate
de las artes marciales al nacionalizar una comparación “los argentinos no son
buenos con las piñas. Yo viví allá y se lo que te digo. Acá, en este ómnibus
hay algunos que no sirven pero la mayoría son excelentes peleadores. Fijate, de
acá de Brasil salieron los mejores luchadores. Hay una tradición. Ya vas a ir a
una fiesta nuestra, siempre peleamos entre nosotros para hinchar las bolas”
El
charla se corta en seco. Desde el fondo del colectivo gritan “bautismo!”,
“bautismo!”, “bautismo!”. La tercera alerta es suficiente, el pasillo del
colectivo esta liberado. Todos y cada uno de nosotros está en su asiento, de
pie, cantando y golpeando lo que tenga a su costado o sobre su cabeza. “Quien
va”? grita Tulio, el hermano de Pedro que quedó como responsable del colectivo.
“Quién está viajando por primera vez”? vuelve a preguntar ante un colectivo que
expectante aplaude. Desde el fondo un joven se saca la camiseta. Tiene un
tatuaje de letra china y unos pocos pelos en el pecho, los dos adornos llevan
poco tiempo de vida. Tulio enumera reglas que nadie nunca leyó pero que
todos comprenden: “sin correr, sin agarrar, sin remera y lo más importante… ida
y vuelta”.
El
joven fuerza una sonrisa. Repasa el duro y severo recorrido que lo separa del
respeto. A su alrededor sus co-etarios lo animan, al final del túnel los
mayores lo esperan. Da un tembloroso primer paso con su pierna derecha y
un aluvión de manos abiertas golpea su humanidad. Apura el paso pero no corre.
Avanza. Resiste. Aguanta. Sabe qué está siendo evaluado. Su pálido torso se va
colorando con las marcas de sus futuros pares. Sigue avanzando. Aprieta su
mandíbula y sus puños, contiene quejidos y lamentos, el reconocimiento está
cerca. Cuando llega al final del pasillo los golpes de los mayores generan
éxtasis entre los menores. Son las manos del poder que bendice a uno de ellos.
Me cuelgo escuchando los simpáticos usos que hacen los brasileros de los diminutivos. Una formidable manía de reducir todo a la mínima expresión que tiene una clara función social: tornar más agradable lo inevitablemente dramático
LA VUELTA
La
agonía se redobla. Los chasquidos de la piel sacudida truenan en seco. No
se detiene. Cuando llega al asiento número 20 del colectivo alguien le agarra
el brazo. La desesperación le gana a la malicia y el joven se libera. Pasó lo
peor. Levanta la cabeza por primera vez y en el horizonte divisa la meta, la
pertenencia, la membrecía, el respeto, el reconocimiento, el prestigio. Cuando
llega al final del pasillo esas mismas palmas que lo castigaron ahora lo
ovacionan. Sonríe con naturalidad y orgullo…sabe que ahora es uno más de los
muchachos.
EL CRONISTA Y EL TORCEDOR
La
tropical vegetación atlántica quedo atrás. En el estado Minas Gerais las
montañas, por fuera, son más discretas. Por dentro rebosan en riquezas y
tragedias. En la punta de una de ellas el colectivo se detiene. Mear y sacar
fotos es la primera tarea. Ya estamos en la ciudad Juiz de Fora, según mis
compañeros de ruta es solo un “pequeño” municipio. Tiene 500.000
habitantes. Siguiendo la pendiente de la montaña se alcanza a divisar el
Estádio Municipal Radialista Mário Helênio donde en menos de dos horas va jugar
Tupi Football Club contra Vasco Da Gama.
La
cúpula de la torcida organizada nos recibe. Pedro saca del bolsillo un mazo de
ingresos. Hay más manos que entradas. Unos pocos comienzan a planificar como
burlar la seguridad del estadio, otros dejan sus huellas en las paredes
residenciales de un barrio refugiado en sus ventanas y prejuicios. Aparecen las
banderas, la percusión y la “faixa” que identifica la torcida. Son los emblemas
del honor. Pregunto dónde estaban esos objetos. Nadie me contesta, mi
curiosidad queda flotando entre ese sigiloso misterio que siempre rodea a lo
sagrado.
La
escena se carnavaliza. Zurdos, repiques, tamborines, cuícas y pandeiros
sambean el himno del vasco. Las banderas de caña de bambú llegan con
aires nuevos. Su ondulación corta el ardiente sol siestero y regala soplos
refrescantes. Los muchachos se juntan, amontonan, mezclan. Los cuerpos que
durante horas se hacinaron en un colectivo piden moverse, pero fusionados,
confundidos en uno. En una masa compacta saltan y cantan. De la caterva brota
Pedro, se escapa del anonimato y encara en mi dirección, arrastrando una
sonrisa que sabe a deber cumplido
–
Como estuvo el viaje?
–
Bien, muy divertido
–
Son buenos muchachos. Toma acá tenes tu entrada. Somos muchos y nos dieron
pocas. Si no entramos todos vamos a invadir
–
No hay drama
–
Te bautizaron?
–
No, por suerte no
–
Bien, pero en la próxima creo que no te salvas.
Me
da una palmada en la espalda con fuerza de bautismo y continua su marcha
triunfal, sonriendo y saludando a cuanto vascaíno se cruce en su camino.
El
sol está agonizando… pero todavía calienta y seca. Pido una cerveza cuyo precio
inútilmente trato de regatear. El acento me devela. Mientras el vendedor busca
la botella en un océano de hielo, telgopor y vidrio, me pregunta qué hace un
argentino en un recóndito municipio de Mina Gerais en un partido de la segunda
división del campeonato brasilero. Con la sinceridad de lo espontaneo confieso:
“soy hincha del Vasco”. El vendedor pesca una cerveza congelada y la estira
hacia mi “para vos argentino loco”.
Bebo
la birra a tragantadas, tarareo una canción que sin saberlo aprendí en el viaje
y antes de encarar para el portón del estadio me ajusto los cordones de las
zapatillas. No quiero pecar de principiante en el momento de la invasión.
Texto
de Nicolás Cabrera: Argentino, doutorando em
Antropologia Social na Universidade de Córdoba, atualmente está no Rio para uma
temporada de estudos na UFF.
"Pesquiso torcidas organizadas e sua
relação com a violência. Como em toda pesquisa, minha motivação tem algo de
biográfico. Sou torcedor do Belgrano e frequento o estádio desde menino. Nunca
aceitei as explicações sobre a violência ser culpa das organizadas. O que eu via no estádio não era o que eu ouvia fora deles." (Fonte Site O Globo)
![]() |
Ira Jovem Site Revista Islandia 2016 |
![]() |
Ira Jovem Site Revista Islandia 2016 |
Assinar:
Postagens (Atom)