quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

VASCO 2016: LIVRO "100 ANOS DA TORCIDA VASCAÍNA", 1959 SUPER-SUPER VASCO


                                                                “Felicidade, seu nome é Vasco”
                                                                            faixa da torcida

1959                    Super-Super Vasco

Para o último jogo das finais do campeonato carioca de 1958 disputada em janeiro de 1959 entre Vasco e Flamengo, o esquema de segurança era gigantesco. Segundo a revista Manchete Esportiva foram mobilizados 60 guardas municipais, 300 PMs  e 2 choques da PE (com 32 cada) mas não foram registrados muitos confrontos entre os torcedores, o maior problema, apontado pela  revista, era o grande número de cambistas, acobertados pelos policiais. Apesar da transmissão ao vivo pela TV para a própria cidade, sem aviso prévio, o público da final foi um dos maiores da história do clássico que, segundo Roberto Assaf, foi na década de 1950 que surgiu a expressão “Clássico dos Milhões”, para as partidas entre Flamengo e Vasco.
A comemoração do título após o jogo e durante a semana ganhou grande repercussão na imprensa que deu ênfase as carreatas promovidas pelos vascaínos que tomaram a cidade de alegria:
DO MARACANÃ A SÃO JANUÁRIO, A TORCIDA FESTEJOU O TÍTULO
Verdadeiro Carnaval no trajeto da vitória, Valdemar fez o percurso a pé e uniformizado, Tráfego interrompido nas imediações do Estádio do Vasco, Coronel de cabeça raspada .....
Mais de duas horas depois de terminado o encontro, foi que os cruzmaltinos conseguiram deixar o Estádio do Maracanã. A saída do maior do mundo, grande multidão de torcedores se acotovelava, aguardando o momento de ovacionar, de perto os heróis da grande jornada. Escolas de Samba, casacas, enfim, um verdadeiro carnaval, com serpentinas e confete, era o que se via nas imediações do Maracanã.
TORCEDORES INVADEM A CAMIONETA
O delírio chegou ao auge, quando a camioneta que conduzia os campeões começou a movimentar-se, procurando abrir caminho entre os torcedores. Ai, então, o espetáculo foi indescritível. Torcedores mais entusiasmados dependuravam-se no veículo, procurando tocar nos seus ídolos. Alguns deles, mesmo, chegaram, não sabemos como, a alcançar o teto da camioneta.
O TRAJETO DA VITÓRIA
Em todo o percurso do Maracanã a São Januário, ouvia-se os gritos de Vasco! Vasco!. Torcedores apareciam as portas dos bares, garrafas em punho, para saudar a passagem dos campeões. Outros se acotovelavam no meio fio das calçadas e a aproximação da camioneta cruzmaltina, atiravam-se a sua frente. Foguetes espoucavam no ar e ao som dos tamborins, homens, mulheres e crianças cantavam no ritmo quente do samba, a grande vitória cruzmaltina. O tráfego ficou totalmente interrompido na Rua São Luís Gonzaga, pois os guardas eram poucos para conter o entusiasmo dos torcedores. Também dos ônibus e lotações vinham os casacas. Um grande cortejo de carros e caminhões era improvisado, rumo a São Januário.
CARNAVAL EM SÃO JANUÁRIO
Tudo o que se pode observar durante o trajeto dos campeões foi pouco em relação ao que se viu nas imediações do Estádio do Vasco. Assim, as Ruas General Almério Moura, Ricardo Machado, Dom Carlos e Bonfim foram tomadas pela massa de torcedores. Nenhum carro conseguia romper a barreira humana e o carnaval se prolongou madrugada adentro. Somente as 4 horas da manhã os jogadores chegaram ao Estádio, debaixo de uma ovação tremenda.
OS PORTÕES NÃO FORAM ABERTOS
Os torcedores aguardavam, impacientes a abertura dos portões do Estádio, a fim de que pudessem comemorar, em pleno gramado, a sensacional vitória. Entretanto, como os portões permaneceram fechados, tiveram mesmo de se contentar com o carnaval de rua, o que não chegou a arrefecer o grande entusiasmo dos cruzmaltinos” [1].
.         Depois da conquista, dirigentes e torcedores organizam uma nova festa promovendo uma carreata que chegou ao centro da cidade no mesmo clima carnavalesco do dia do campeonato. Desta vez o estádio de São Januário foi aberto para os torcedores comemorarem o título em sua casa:
“COM UM DESFILE DE MAIS DE 3 HORAS, OS VASCAÍNOS COMEMORAM O TÍTULO DE 1958
Rei Momo presente a Festa do Vasco - Depois do Cortejo, a batalha de confetes em São Januário – Carros, Jipes e Caminhões, percorram as Ruas da Cidade, debaixo de chuvas e de aplausos.
Com um brilhantismo incomum, a Torcida do Vasco da Gama festejou, sábado último, pelas ruas da Cidade, a conquista do Super-Supercampeonato de 1958. O cortejo, formado por vários carros alegóricos, caminhões, carros de passeio e jipes, deixou o Estádio de São Januário as 13 horas.
O TRAJETO
Seguindo pela Rua General Almério Moura, os veículos ganharam a Av. Brasil, seguindo pela Av. Rodrigues Alves, Praça Mauá, Rua Acre, Rua Uruguaiana, Largo da Carioca, Rua Almirante Barroso, Avenida Rio Branco, Cinelândia, Praça Paris, Lapa, Santa Luzia, México, Av. Nilo Peçanha, Av. Rio Branco. Presidente Vargas, retornando ao ponto de partida.
VERDADEIRO CARNAVAL
Durante todo o trajeto, o povo aplaudia a passagem dos Vascaínos com foguetes, confetes e serpentinas, em verdadeiro carnaval pelas ruas da Cidade. Rei Momo abria o cortejo da vitória, num bonito carro alegórico, seguido pelo carro que



[1] Fonte: Jornal O Globo 19 de Janeiro de 1959.

Vasco Revista Careta 1959

Vasco Jornal Estado de São Paulo 1959

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