quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

LEGIÃO DA VITÓRIA 1942: CONCURSO DE HINOS E CANTIGOS DESPORTIVOS

Concurso organizado pela “Legião da Vitória”, realizado entre os melhores compositores nacionais para a escolha de hinos e canções desportivas. 
Os hinos e canções premiadas, serão devidamente ensaiados, afim de serem cantados em coro nos campos de futebol e em setores de atividades esportivas onde se fizer representar o Vasco da Gama.
Comissão Organizadora do Certame: A Comissão organizadora do certame será composta por quatro membros a saber: Alvaro do Nascimento, de Jornal dos Sports, Antônio Cordeiro, do Rádio Clube do Brasil, Olympio Pio, da Legião da Vitória e o maestro José Maria de Abreu.
O concurso teve como vencedores pela organização:
1º Lugar: Vasco da Gama (compositor Saint-Clair Sena)
2º Lugar: Avante, Vascaínos (compositor J. Cascata)
3º Lugar: Meu Pavilhão (compositor Hernani Corrêa e João de Freitas)
4º Lugar: Quarenta e Quatro Anos de Glórias (compositor Alcebiades Barcellos e Armando Marçal)
5º Lugar: Vasco da Gama Campeão (compositor Gomes Filho e Juracy Araujo)
6º Lugar: Avante Vascaíno (compositor Marcílio Vieira e Aymar Alvarenga)
7º Lugar: Vascaína (compositor José Pádua Machado)
8º Lugar: Vasco da Gama (compositor Hélio Ventura)
9º Lugar: Legião da Vitória (compositor Carusinho Bastião e Domingos Santos)
10º Lugar: Pendão de Glórias (compositor Bernardino Maia)
11º Lugar: Vitória (compositor Antônio Pereira dos Santos e Ignacio Araujo)

Foram classificadas para a grande final as quatro primeiras, os leitores do Jornal dos Sports que definiram a grande campeã que foi a Marcha Vasco da Gama e em segundo ficou Meu Pavilhão.
Arnaldo Amaral cantou Vasco da Gama e Manoel Reis cantou Meu Pavilhão, com acompanhamento da Orquestra Chiquinho e seu Ritmo, foram gravadas no Estúdio da Columbia.
Fonte: Jornal dos Sports 11 de Fevereiro, 10,17, 22 e 24 de Março, 01 de Abril, 16 de Maio e 14 e 17 de Novembro de 1942

MEU PAVILHÃO
Vasco da Gama evoca a grandeza
Daqui e d’além mar
Teu pavilhão refulge de beleza
Perene a tremular
Dos braços rijos de teus filhos
O mar sagrou-te na História
Reflete pelos céus em forte brilho
O cetro que ostentas da vitória
Na cancha és o pioneiro
És o mais forte entre os mil
Com a fama que ecoas no estrangeiro
Elevas o esporte do Brasil.

O hino faz alusões a dois fatos importantes na história da agremiação: o pioneirismo do Clube, que foi a abrir suas portas a jogadores negros, e a fama ecoando no estrangeiro, uma vez que o Vasco da Gama foi o segundo time brasileiro a realizar uma excursão a Europa em 1931. O primeiro foi o Paulistano, de São Paulo, em 1925. O Clube da Cruz de Malta jogou 12 partidas, venceu 8. Empatou 1 e perdeu 3. Fez 45 gols e sofreu 18.
Fonte: Livro No Compasso da Bola de Paulo Luma

Legião da Vitória Jornal dos Sports 1942

Legião da Vitória Jornal dos Sports 1942

Legião da Vitória Olympio Pio Jornal dos Sports 1942

Legião da Vitória Jornal dos Sports 1942

Legião da Vitória Jornal dos Sports 1942

Legião da Vitória Jornal dos Sports 1942

Legião da Vitória Jornal dos Sports 1942

Legião da Vitória Jornal dos Sports 1942

Legião da Vitória Jornal dos Sports 1942
Legião da Vitória Jornal dos Sports 1942

Legião da Vitória Jornal dos Sports 1942

Legião da Vitória Jornal dos Sports 1942

Legião da Vitória Jornal dos Sports 1942



quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

TOV 1954: AS CLARINADAS DO RAMALHO

O primeiro grande jornalista esportivo brasileiro, Mário Filho, que tanto lutou pela construção do Maracanã, descobriu que a casa acabara com a figura do torcedor. 
Em seu lugar, entrara a multidão compacta. 
Sentiu saudade do tempo em que os torcedores eram conhecidos nos pequenos Estádios, tinham a sua voz ouvida.
No "Maraca", no entanto, só um coro era ouvido. Verdade! Apenas um daqueles folclóricos torcedores salvara-se de virar multidão:
Domingos do Espírito Santo Ramalho.
Esta é uma das mais interessantes histórias já surgidas nas arquibancadas brasileiros.
Quando o Vasco da Gama tinha jogo, o Ramalho ia ao Jardim Gramacho, em Caxias, e cortava talos de mamão, para transformá-los em clarins.
Levava, sempre, dois ao Estádio, para não passar por apertos, caso um dos seus "instrumentos" falhasse. As suas clarinadas eram sagradas.
Até o dia em que o glorioso Club de Regatas Vasco da Gama expediu-lhe uma carta, comunicando-lhe de que ele estava banido do seu quadro associativo. Por falta de pagamento.
Que pena, Ramalho! Ele só ainda não havia passado por tal vergonha, antes, porque o Diretor de futebol cruzmaltino, Antônio Calçada, pagara um ano inteiro de suas mensalidades. Vencida a benesse, ele não tinha como honrar o compromisso, pois a sua renda, como estivador no Cais do Porto do Rio de Janeiro, malmente, dava para alimentará-lo, e sua mulher, com os cinco filhos. A sua  barra era pesadísisma.
Muito triste, devido ao inesperado sucedido, o desolado Ramalho foi ao Calçada e mostrou-lhe o 'memorandum' do clube. Que horror! Logo com ele? Tudo o que sempre mais quisera daquela sua vidinha de trabalhador e torcedor era dizer: "Sou sócio do Vasco!" E exibir a sua carteirinha.
Por aqueles dias em estivera banido da instituição que tanto amava, o abatido Ramalho não compareceu ao Maracanã, para expandir as suas clarinadas durante os jogos contra o América (1 x 1, em 02.10.1954), o Flamengo (1 x 2, em 17.10.1954), pelo Campeonato Carioca. Pior para a "Turma da Colina". A rapaziada perdeu altura no voo do "Urubu" e enganchou nos chifres "Diabo". Para os craques Vascaínos, o motivo daqueles dois insucessos não seria outro. Seguramente, a falta que haviam sentido do som do Ramalho. E foram se queixar ao Calçada.
Motivo mais do que definido para os dois tropeços cruzmaltinos, o Calçada presentiu que era preciso encontar o Ramalho, rápido. Se possível, pra ontem! Caso contrário, os jogadores iriam ficar esperando pela suas clarinadas, que não ouviriam, e poderiam complicar mais a vida do time no campeonato. Imediatamente, ele chamou o Presidente Artur Pires e o Diretor José Rodrigues, e se mandaram, em busca do homem. O Pires, por sinal, fizera questão, absoluta, de integrar a comitiva. mais do que rapidão, vasculharam as fichas dos sócios e localizaram a casa do Ramallho na Barreira do Vasco, pertinho de São Januário. Mas o carinha não morava mais por lá. Mudara-se, para Bonsucesso. Então, os três foram pra a Zona Norte. Pergunta daqui, dali, dacolá, de repente, ficaram sabendo do que queriam e até que o procurado havia passado por uma cirurgia. 
Enfim, o trio de cartolas Vascaínos encontrou a casa do Ramalho. 
Quando o Cadillac do Presidente Arthur Pires parou à porta de uma humilde casinha, o Diretor de Futebol bateu à porta, foi atendido por um garoto, mas quem apresentou-se foi o Pires. No ato, um garoto gritou: "Mãe! É o Presidente do Vasco!"
O "músico mamoneiro" Ramalho não estava. Naquele instante, trabalhava no Cais do Porto. Mas não estava operado? Calçada esperava encontrá-lo acamado. A mulher do torcedor, no entanto, deu-lhes uma boa nova: o seu marido vinha tendo uma bela recuperação – da cirurgia em um calo na boca, provocado pelas suas clarinadas. "Graças a Deus, está melhor", disse ela.
Diante da boa notícia, Antônio Calçada e Pires enfiaram as suas mãos nos bolsos das suas respectivas calças e avisaram que o Vasco pagaria todas as despesas da operação que tirara o Ramalho de combate. 
Se este achava que as suas clarinadas davam sorte ao time, eles também. 
E Calçada fez mais: pagou toda a dívida do sócio banido, por mais um ano. 
Deixou o Ramalho recuperado, associativamente, pronto para voltar a exibir a sua carteirinha. O Vasco precisaria das suas clarinadas, no domingo. 
Que ficasse bom, logo!
Fonte: http://kikedabola.blogspot.com.br/2014/08/blog-post_47.html


Vasco Domingos Ramalho e Dulce Rosalina 1958

domingo, 4 de janeiro de 2015

ASTOVA 1977: 1º CONCURSO RAINHA DAS TORCIDAS DO VASCO

A Senhorita Regina Sinkevisius vai representar a Vascaxias, no 1º Concurso para eleição da Rainha das Torcidas Organizadas do Vasco da Gama no próximo dia 09 de Dezembro, às 22 horas na Casa do Espinho, Av. Brás de Pina 1988, Vista Alegre Rio de Janeiro.
Domingo último, em São Januário, realizou-se o coquetel quando a simpática Iara Vargas e suas colegas da Torcida Organizada Feminina Camisa 12 apresentaram as belas candidatas a imprensa.
Fonte: Jornal O Fluminense 02 de Dezembro de 1977

AS CANDIDATAS
Concorrerão as candidatas Maria do Socorro Cavalcante (Adeptos de Petrópolis), Kátia Maria Silva (Vascolina Camisa 13), Sônia Borges Peixoto (Força Jovem), Fátima (Vaspedro II), Simone Belmont (Vasbicão), Carmem Oliveira (Vascentro), Vera Lúcia Vargas (Vasmorena), Sueli Maria de Oliveira (Vasco Real), Carmem Pontabales (Suse-Vasco), Maria Ângela Oliveira (Renovascão), Márcia (Belvas Roxo), Rosângela Maria da Costa (Vasquita), Ana (Vassucesso), Márcia Cavalcante (Feminina Camisa 12), Valéria Luiza Braga (Vasnilópolis), Susan Coelho (Vasguel), Carmem Oliveira (Vascentro) e a candidata da Vasco Raça.

OBJETIVO
O Objetivo é reviver a festa depois de 4 anos. Da primeira vez, até a Televisão deu o seu apoio. Afinal era a escolha da Rainha das Torcidas do Clube de Regatas Vasco da Gama. E foi justamente a eleita daquele ano que hoje promove o Concurso.
Iara Barros venceu o Concurso (1973) e foi a Rainha das Torcidas. Hoje, como Presidente da Torcida Feminina Camisa 12.
Como Rainha, Iara promove e leva adiante a ideia de escolher a sua sucessora no trono.
Fonte: Jornal do Sports 02 de Dezembro de 1977

CLASSIFICAÇÃO
1º Lugar: Carmem Oliveira da Vascentro.
2º Lugar: Ana da Vassucesso
3º Lugar: Fátima da Vaspedro II
4º Lugar: Márcia da Belvasco
5º Lugar: Maria Ângela Oliveira da Renovascão
Miss Simpatia: Simone Belmont da Vasbicão

DEPOIMENTO TIA AIDA
“Esse concurso começou no final dos anos 1970 (1977) e se chamava Rainha das Torcidas do Vasco. A iniciativa de organizá-lo foi da Iara Barros e o realizamos por 19 anos. Em algumas edições, conseguimos colocar mais de três mil pessoas no Bola Preta. Fizemos muitos em São Januário também. As moças que concorriam eram belíssimas! Elas desfilavam com camisa da Torcida e shorts e depois com vestido de gala. Eu conheço quase todos os restaurantes famosos do Rio de Janeiro em virtude desse concurso. Quando entrávamos em contato com eles e dizíamos que levaríamos as candidatas, todos abriam as suas portas. Íamos com as garotas e suas mães e todo mundo comia e bebia à vontade.” Disse Tia Aida de Almeida em entrevista a Bernardo Buarque de Holanda em 2005.

1º Concurso Rainha Torcida do Vasco Jornal O Fluminense 1977

1º Concurso Rainha Torcida do Vasco Jornal dos Sports 1977

1º Concurso Rainha Torcida do Vasco Jornal dos Sports 1977

1º Concurso Rainha Torcida do Vasco Jornal dos Sports 1977

1º Concurso Rainha Torcida do Vasco Jornal dos Sports 1977

1º Concurso Rainha Torcida do Vasco Jornal dos Sports 1977

1º Concurso Rainha Torcida do Vasco Jornal dos Sports 1977

1º Concurso Rainha das Torcidas do Vasco 1977