sexta-feira, 22 de novembro de 2013

TORCIDAS DO VASCO 1940: POLAR CRACK DA POPULARIDADE

Figura eminentemente popular, Affonso Silva, o Polar, atravessou as multidões das ruas sem para elas, o que não é fácil, cair no ridículo. 
Sua vida, aliás, muito complexa, não caberia aqui num registro que visa menos fazer um panegyrico do que prantear a sua ausência que já começa a deixar um sulco de saudade. Certo, havia muito intelectualzinho que esbravejava enfurecido quando pretende arrancar sua importância pela Rua do Ouvidor, tinha que se contundir com a turba multa de basbaque atenta a última caracterização do reclamista que, não raro, na sua original casaca branca confeccionada por Almeida Rabello, citava autores gregos.
Polar não tinha inimigos. 
Sua vida, ele que nasceu, quer nos parecer, nas vizinhanças de um campo de futebol, teve elco de esportivo. 
Até mesmo no trajetória em parábolas de sua existência. 
Polar teve o destino de um Crack. Sua popularidade nasceu nos campos modestos de futebol e nos Estádios onde se praticavam a luta livre ou o Box, tendendo o sorvete de que tomou a alcunha. 
Fonte: Jornal Globo Esportivo 09 de Agosto de 1940

Torcida do Vasco Polar O Globo Esportivo 1940

Torcida do Vasco Polar O Globo Esportivo 1940

Torcida do Vasco Polar O Globo Esportivo 1940



segunda-feira, 28 de outubro de 2013

FORÇA JOVEM 1984: GRANDE MANIFESTAÇÃO EM SÃO JANUÁRIO

A Torcida do Vasco combinou uma grande manifestação em frente a São Januário, para protestar contra o Presidente Calçada. 
De fato, houve o protesto, mas como os torcedores souberam que o dirigente viajara para Porto Alegre, apenas um pequeno grupo esteve na porta do Clube e o resultado não poderia ser outro, o ato público fracassou por completo. 
Mas ficou a ameaça de um quebra quebra na Sede, caso Roberto seja vendido.
O grupo de torcedores levava pequenos cartazes com inscrições ofensiva ao Dirigente e a sua Diretoria: Presidente Mercenário, Fora Diretoria Incompetente, Calçada Na Rua, Já, Aqui Jaz Calçada, entre outra. 
Os torcedores, garantem que estarão em Volta Redonda, interrompendo o boicote ao time, que a partir de agora esta amplamente prestigiado.
O Fracasso.
Estava tudo armado para uma grande manifestação. 
Uns eram favoráveis a pichação dos muros da Sede, outros não, sob a alegação de que o patrimônio do Vasco é intocável. 
Falava-se também em atirar ovos no Presidente Calçada, tão logo descesse do seu carro em frente a Sede.
Mas como durante o dia se noticiou a viagem de Calçada para Porto Alegre, onde foi resolver problemas particulares, a manifestação esvaziou. 
Poucos torcedores apareceram em frente ao Clube e os gritos eram abafados pelo barulho dos motores do ônibus que passavam em frente ao portão principal.
A revolta dos torcedores era basicamente contra a má fase do Clube e a não renovação do contrato de Roberto, além de muitos outros motivos.
“Estamos cansados de tudo isto. Chegou a hora de mudar, O Vasco não é um estabelecimento para vender seus jogadores”.
Fonte: Jornal do Brasil 18 de Julho de 1984

Força Jovem Jornal do Brasil 1984

Força Jovem Marcelo He Man Jornal O Globo 1984

Força Jovem Jornal O Globo 1984

Força Jovem Jornal Última Hora 1984

Força Jovem Jornal Última Hora 1984

Força Jovem Jornal dos Sports 1984

domingo, 13 de outubro de 2013

ALMIRANTE DA COLINA 1980: APOIANDO O BASQUETE

O Chefe da Torcida Almirante da Colina, está convocando todos os seus componentes para comparecerem a São Januário hoje a noite. Haverá jogo de Basquete, contra o Municipal.
Fonte: Jornal O Globo 23 de Maio de 1980.

Almirante da Colina Jornal O Globo 1980

Vasco Basquetebol Cabo Frio 1980

Vasco Basquetebol Cabo Frio 1980

sábado, 5 de outubro de 2013

LEÕES DA COLINA 1982: HISTÓRIA

Torcida Organizada do Vasco, fundada em 19 de Setembro de 1982 em Niterói, por Sr Carlinhos (Antônio Carlos), Sr Antônio e Márcio Bonfim, o Buião (que foi Presidente da Força Jovem 1992/1993), como Relações Públicas Cláudia Fiuza Coelho.
Teve como padrinho o zagueiro Ivan.
“Não só fui Relações Públicas, como fundadora também, traçamos logotipo, camisas, bandeiras, carteirinhas, tudo o que possa imaginar. D. Norma costurava as bandeiras, e a maioria dos desenhos Eduardo entrava dia e noite fazendo, sem D. Norma as bandeiras não chegariam nas arquibancadas", falou Cláudia Fiuza Coelho.
“Na verdade chegou a ser uma dissidência da Força Jovem no início dos anos 1980, chegou a ter um bom número de componentes e depois aconteceu o que se juntou com outras duas Torcidas (Motivascão e Vascoração) e fundaram a Anarquia em 1988, até todo mundo ir pra FJV”. Disse Eduardo Briza ex componente.
A Leões da Colina era um pouco maior em termos de guris, disse Carlinhos Português.
“A Sede ficava no Bairro de Cubango, tinha como componentes: Açougueiro, Eduardo Pacheco, Geléia, Gambá, Tadeu, Sanatório, Kaká, Joubert, Marcelo Negão, Serginho, Aloísio Foca, Marcos See o Xuxa, Fernando Alves, Jorge Cubango, Eduardo Briza e por ai vai...
Os ônibus saiam de Santa Rosa, de fronte ao Colégio Salesiano”. Disse o ex componente Joubert Antônio.
Estava nessa ai, cheguei no final da Leões da Colina, foi montada a Anarquia, viajamos muitas vezes, saindo do Cubango o famoso ônibus estamaute,  chovia no ônibus todo menos na cadeira de Eduardo, seu Antônio e Cláudia bons momentos kkkkkkkkkkkkkkkk e depois a maioria do pessoal principalmente do Fonseca, pois acho que o pessoal de Icaraí já tinha ido para Força, nós fomos depois da extinta Anarquia. Falou Charles de Brito. O Charles Brown. 


Leões da Colina 1982

Leões da Colina 1982

Leões da Colina  Sr Antônio Carlos 1983



quarta-feira, 18 de setembro de 2013

FORÇA JOVEM 1977: POSTERS E PLÁSTICOS DA CHARGE DO URUBU

A Força Jovem, uma das Torcidas Organizadas do Vasco, levará para vender esta noite no Maracanã 10.000 mil posters de uma charge na qual um torcedor com a camisa do Clube estrangula um urubu, simbolizando o Flamengo, antes de jogá-lo no lixo, onde já estão os outros clubes cariocas. 
Cada pôster custará Cr$ 30.00.
Fonte: Jornal O Globo 28 de Setembro de 1977

Foram feitos também Plásticos (adesivos)

Força Jovem Jornal O Globo 1977

Força Jovem Jornal O Globo 1977

Força Jovem 1977

sábado, 31 de agosto de 2013

FORÇA JOVEM 1973: TORCIDA DO VASCO FOI A PRIMEIRA A CHEGAR AO MARACANÃ

Manoel Bigode, comerciário, 36 anos de idade, residente em São Cristóvão foi aplaudido, vaiado e até xingado. Tudo porque da carroceria do caminhão placa GD 6017, ele gritou pelo Vasco durante o trajeto de São Januário para o Maracanã, a fim de levar as 3 toneladas de papel picado, as bandeiras, faixas e a bateria da Força Jovem.
“Vasco, Vasco, Paulo César, não é nada. Bom é o Dé.”
A vibração e o entusiasmo de Manuel Bigode foram interrompidos quando o caminhão chegou ao Portão 18 do Maracanã e o Capitão De Paula, Chefe da segurança do Estádio, apreendeu os 60 pares de tamanco.
“Podem descarregar tudo, menos os tamancos, que ficam sob minha responsabilidade. Lamento, mas os consideram armas.”
Ely Mendes, Chefe da Força Jovem, tentou ponderar, e depois de jurar que seu grupo não levou nenhum fogos de artifício, implorou pela liberação dos tamancos, sem êxito.
“Juro que os componente da Força Jovem não carregam fogos para saudar o time. Nossa saudação ficará por conta de muito papel picado e da bateria dirigida por Valfrido.”

CARINHO
No portão do Estádio, Ely teve uma agradável surpresa: Tião Camargo, velho torcedor Vascaíno, entregou um embrulho e segredou:
“Ely, segura com carinho este embrulho de confete dourados. Duvido que os torcedores do Flamengo tenham esses confetes”.
O caminhão dirigido pelo velho Gonçalves, outro Vascaíno doente, encostou no depósito número 314-A (Sala da TOV, essa época a Força Jovem ainda não tinha Sala no Maracanã), a direita da entrada para a Tribuna de Imprensa, e os membros da Força Jovem descarregaram todo o material. O imprevisto deixou espantado:
“ A nossa surpresa, a bandeira de 1.250 metros quadrados, não passa na porta do depósito. A solução será abri-la e guardá-la aos poucos. Com essa bandeira faremos inveja aos torcedores do Flamengo.”
Gabriel se encarrega da distribuição das bandeiras e conta com uma enorme bandeira de 10 metros quadrados, que foi tomada a torcida do Botafogo.
“Essa é relíquia de guerra. Foi no ano retrasado, pelo Campeonato Nacional, no jogo em que o Brito agrediu o José Aldo Pereira. O Tarzan ficou provocando, e então fomos até o meio dos botafoguenses e tomamos essa bandeira. Deixamos três faixas brancas e substituímos a estrela pela cruz de malta.
A preocupação de Ely, com a distribuição dos papéis picados e a falta de mastros para as bandeiras, termina praticamente as 10h30m, quando Manuel Bigode, já praticamente rouco e todo molhado de cerveja.
“Ele começou a beber desde as 8 horas, quando deu a primeira viagem de São Januário para o Maracanã, declara.
“Na guerra das bandeiras, o Vasco não perde”.
Com os bambus comprados em Teresópolis, serão mais de 3 dúzias de bandeiras a incentivar o time.
Uma vez instalado o material, Ely convocou seu pessoal para afixar as faixas. Essa parte ficou por conta de Gabriel, o Tesoureiro; Jorge Mello, Vice Presidente da Torcida; Adelino e Antônio Girafa, Diretores de Faixas e Bandeiras; Silas, Primeiro Secretário e Marquinhos, o Segundo desenrolaram as novas faixas.
- Fúria Vascaína de Niterói, De hora em hora o Vasco melhora, Enquanto houver um coração infantil o Vasco será imortal, Difícil é acreditar que tudo não seja Vasco, Vasco é Vasco o resto é resto, Feminina Camisa 12, Salve os 11 de ouro e Quem é Vasco tá na nossa quem não é Vasco tá na fossa.
 A distribuição das tarefas é bem feita por Ely e Sérgio, Carivaldo, Milton, Valfrido, Valdir e Paulo Munier se encarregam de distribuir os sacos contendo os papéis picados. 
Eles são colocados nas arquibancadas, do lado direito da Tribuna de Honra até o meio campo.
Todo o trabalho de arrumação se interrompe com o grito de Antônio Girafa, que do terceiro andar, avista Lia Formiga, da Torcida do Flamengo chegar com seu vestido rubro negro.
“Sai daí urubu. Avisa Paulo César, que o Moisés vai quebrar a perna dele.”
A Força Jovem aumenta com a chegada de mais quatro torcedores, todos residentes na Rua Santana. Eles pularam o muro da Avenida Radial Oeste e foram expulsos da primeira vez, pela PM. 
Na segunda tentativa, trepando em árvores e passando por grades praticamente intransponíveis em condições normais. Dionísio de 16 anos, Carlos Henrique de 17. José Wilson, irmão do zagueiro Itamar do Flamengo, de 15 e Antônio Carlos de 13 anos, conseguiram chegar nas arquibancadas as 10h45m.
“A vigilância não está mole, mas a gente dá sempre um jeito de entrar no Estádio e ver o jogo.”

PROVOCAÇÃO
Todas as faixas estão colocadas as 11h30m e Manuel Bigode não resiste a tentação de provocar Lia Formiga, a única torcedora do Flamengo a aparecer nas arquibancadas, a esquerda da Tribuna de Honra. 
Empolgado, Manuel Bigode vai espalhando a cerveja sem ligar para os protestos de Lia.
“A Charanga do Flamengo vai ter que sentar no molhado.”
Quando Lia Formiga coloca a faixa de cabeça para baixo, a Torcida Força Jovem grita em coro.
“Burra, olha o Mobral. Volta pra Escola”

O ALMOÇO
Ao meio dia, Dulce Rosalina, Chefe da Torcida Organizada, se une a Ely e todos colaboram para a instalação de fitas e bolinhas de gás. O almoço é servido, as 14h30m pela Vovó Ana, uma torcedora do Vasco de 73 anos, e que já torcia pelo Clube desde o tempo em que morava em Três Corações, Minas Gerais, e que sai de Brás de Pina com várias panelas para o Estádio:
“O menu é simples, frango guisado, macarrão e tutu com ovos e linguiça.
Mas só distribuirei a comida no depósito, porque junta muita gente, e só estou aqui para servir os Vascaínos.”
No almoço, Manuel Bigode continua sendo o destaque. Descontraídos e soltando piadas para os poucos rubros negros que passam por perto, ele vai destrinchando os frangos, até Vovó Ana dar conta de que está sendo enganada.
“Se a panela ficar a vontade, o Manuel Bigode é capaz de acabar com toda a comida.”
Depois do almoço, todos os componentes da Força e da Torcida Organizada (TOV), que se uniram durante a semana, descansam, porque ficaram até as 5h30m, confeccionando a bandeira gigantesca de 1.250 metros quadrados, ela apareceu nas arquibancadas, pelo túnel de acesso central do lado oposto da Tribuna de Honra as 14 horas. Ely vibrou com a bandeira.
“Depois de tanto sacrifício para confeccionar a bandeira e com a excelente campanha do time, a vitória tem que ser do Vasco, com ou sem Tostão.
Fonte: Jornal O Globo 06 de Maio de 1973

Força Jovem Jornal O Globo 1973

Força Jovem, Silas, Manoel Bigode, Vovó Ana e Ely Mendes Jornal O Globo 1973

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

LEÕES DA COLINA 1982: DECISÃO VASCO X FLAMENGO

A Torcida Leões da Colina, que ainda está se organizando, vai estrear no Clássico Vasco e Flamengo.
A todos os sócios que eram das Torcidas Vascaraí e Vasco Raça, pois as mesmas não existem mais, querendo se filiar aos Leões da Colina e só falar com Eduardo Moreira. O importante é que mais uma facção da Torcida do Vascão está saindo e vamos dar um banho de bola no campo e um show de Torcida nas arquibancadas, mostrando a força do Gigante da Colina. Aristides, Niterói (10/09)
Em Niterói a Torcida Leões da Colina, chefiada por Carlos e Baiano, que foram ver o treino de ontem, gastou Cr$ 186 mil, só na compra de instrumentos de bateria. Foram adquiridos 10 surdos, oito repiniques e oito caixas . Além disso o grupo também levará uma banda especializada contratada ao Maracanã.(15/09)
Fonte:Jornal dos Sports 10 de Setembro de 1982 e Jornal do Brasil 15 de Setembro de 1982

Leões da Colina Jornal dos Sports 1982

Leões da Colina Jornal do Brasil 1982

Leões da Colina 1982


quinta-feira, 11 de julho de 2013

FORÇA JOVEM 2013: NOTA DE REPÚDIO AS AUTORIDADES, PROIBIÇÃO DE BANDEIRAS E BATERIA EM BRASÍLIA

O G.R.T.O. Força Jovem do Vasco vem por meio de sua atual diretoria " repudiar veementemente ", sobre a proibição da utilização das nossas bandeiras e baterias, no próximo jogo, 14/07/13, entre Vasco x Flamengo, que será realizado em Brasília - DF, pelas Autoridades Públicas e pelo Consórcio que administra o Estádio Mané Garrincha.
Gostaríamos de entender o porque disso, visto que estamos realizando vários projetos sociais, arrecadações de alimentos, uma nova conscientizarão com todos os nossos sócios, membros, componentes e simpatizantes de não praticar violência ou qualquer tipo de conflito com as Torcidas rivais, além de ter um excelente relacionamento com o GEPE e sempre procuramos da melhor forma possível, cooperar com todas as Autoridades Públicas para o bom andamento dos jogos do Clube de Regatas Vasco da Gama, seja no Rio de Janeiro ou em qualquer lugar do Brasil e do mundo.
Estão nos tirando o direito adquirido de torcer, como sempre fizemos, um verdadeiro espetáculo a parte, seja o estádio que o Vasco da Gama esteja jogando, e esta medida absurda, deve ser de algum burgues que nunca pisou nos estádios, que pensa que Torcida Organizada só tem marginal e nunca chorou pelo seu time de coração !
No nosso entender, esta atitude absurda, infringe o Estatuto do Torcedor, cujo artigo 13-A, inciso IV, dispõe: “São condições de acesso e permanência do torcedor no recinto esportivo sem prejuízo de outras condições previstas em lei”- IV – “não portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenofóbico”, visto que as nossas bandeiras são com o nosso símbolo, e não tem nenhum tipo de caráter racista ou qualquer tipo do gênero semelhante, e nós sempre nos manifestamos contra qualquer tipo de racismo, seja a ocasião.
Exigimos que o nosso direito seja respeitado e acionaremos o nosso departamento jurídico para tomar as medidas cabíveis nesta situação, e se for preciso recorreremos a CONATORG, entidade que representa torcidas organizadas de todo o Brasil.
A Diretoria do G. R.T.O. Força Jovem do Vasco, deseja ainda que o este jogo que será realizado em Brasília, sejam momentos de confraternização e lazer para os torcedores, e que prevaleça o espírito esportivo, com paz entre as torcidas e destas com relação a todos os envolvidos no meio esportivo, sejam clubes, órgãos de imprensa ou entidades administradoras do desporto.
Lembramos que a Força Jovem do Vasco é totalmente contra a qualquer tipo ou conduta de violência!
Diga não as Drogas ! Diga não à Pedofilia! Diga não à Violência!
- Diretoria do G.R.T.O. Força Jovem do Vasco -

Força Jovem 2013

domingo, 28 de abril de 2013

TORCEDORES SÍMBOLOS 1930: JOÃO DE LUCCA

João de Lucca, que conduziu a Torcida nos anos 1930, 40 e 50. 
Um torcedor “alto e de voz mansa”, que não teve a mesma projeção dos anteriores. Expansivo, como bom descendente de Italianos, ia para arquibancada de megafone em punho animar a massa. 
Morreu na década de 1960 como Benemérito do Vasco 
Fonte: O Clube Como Vontade e Representação: O Jornalismo Esportivo e a Formação das Torcidas Organizadas de  Futebol do Rio de Janeiro de Bernardo Borges Buarque de Hollanda, Editora 7 Letras

QUEM É JOÃO DE LUCCA
Ingressando no Vasco em 1930. De Lucca, tornou-se atleta, da seção de Basquetebol, de onde acabou Diretor, cargo que ocupou depois nas divisões de pugilismo e festas. Já em 1942 surgia como Conselheiro do Vasco, posto que até hoje ocupa. Dentre as muitas campanhas das quais participou podem-se citar as de cunho financeiros a de novos sócios, na qual mereceu uma medalha de ouro por ter conseguido mais de 1.600 sócios, a frente inclusive do conhecido Aleluia, e a volta de Ademir, quando levantou a importância necessária para a compra do passe do extraordinário jogador.
Tal era a dedicação de João de Lucca pelo Vasco que, em 1945, a própria imprensa desportiva o condecorava com uma medalha por ter sido escolhido o jogador número 12 do Vasco da Gama. A página seria pequena para enumerar os serviços prestados ao Vasco da Gama por De Lucca.
Fonte: Jornal Diário Carioca 04 de Novembro de 1961

Torcedores Símbolo João de Lucca Jornal Correio da Manhã 1946


TORCEDORES SÍMBOLOS 1930: AFFONSO SILVA, O POLAR

Na década de 1930, apareceu o segundo líder Vascaíno, Affonso Silva, o Polar, assim apelidado em alusão a uma marca de sorvete por ele mesmo lançada, era um “mulato majestoso e bem vestido”, que se postava à frente das cadeiras sociais de São Januário, com sua bengala de junco empunhada à maneira dos jogos de rúgbi e baseball norte-americanos, tal como exibiam as fitas das salas de cinema na época. Esteve em tal condição até o concurso de Embaixador e de Embaixatriz para a Copa do Mundo de 1930, quando perdeu a eleição na categoria masculina para Oswaldo Menezes, do Flamengo, que não chegava a ser Chefe de Torcida.
Polar se meteu a Chefe de Torcida do Vasco. Nem todo mundo, em São Januário, gostou daquilo. O Polar, um reclamista, Chefe de Torcida. Durante a semana o Polar andava pelo meio da rua, um dia era o Soldado do Flip, outro era o Frankenstein, outro era o Corcunda de Notre Dame. No domingo vestia-se de branco, com uma camisa bem apertada no peito, ia para a pista de São Januário. E lá de baixo mandava, com um vozeirão de camelô, todo mundo gritar Vasco. Se muita gente não gostava de obedecer ao Polar, quem era o Polar para dar ordens?
João de Lucca gostava. Para onde o Polar ia, ele ia. Se o Polar era o Chefe da Torcida, ele era o Sub-Chefe.
Polar, aliás, considerava o João de Lucca como uma espécie de Sub-Chefe.
O Polar tinha treinado a voz. Era speaker das lutas de boxe do Estádio Brasil. Quando ele, no meio do ring, gritava o nome, a nacionalidade, a categoria e o peso de um boxeur, quem estava no último degrau das gerais, lá em cima, ficavam com os ouvidos doendo. Ele não precisava de megafone. Com ele era no peito. Os torcedores das cadeiras numeradas tinham que tampar os ouvidos. Por isso quando ia comandar a Torcida do Vasco, o Polar ficava na pista de atletismo de longe.
E parecia que uma porção de gente estava gritando. Era ele, era o João de Lucca, era uma meia dúzia de Vascaínos.
João de Lucca ficava logo sem voz, mas continuava a abrir e fechar a boca.
A voz do Polar chegava para os dois. Um dia os Vascaínos se acostumaram com o Polar.
Já havia Vascaínos de dinheiro que simpatizavam com ele.
“Passe lá por casa, eu tenho uns anúncios pra você”. O Polar passava pela casa do Vascaíno, arranjava mais propaganda. Não andava pela rua só de tarde, como antigamente. Era o dia todo.
A gente via o Polar com uma roupa, daqui a pouco ele estava com outra roupa. Parecia um Fregoli. Também morava na Cidade. Era só dobrar a esquina, mudar de roupa e voltar para a rua.
Fonte: Jornal Globo Sportivo 09 de Setembro de 1948

Torcedores Símbolo Polar Jornal Crítica 1930

Torcedores Símbolo Polar Jornal Globo Sportivo 1948


TORCEDORES SÍMBOLO 1922: PARADANTAS

Ruidosamente, o primeiro Chefe de Torcida a sacudir o futebol brasileiro com a sua acintosa desinibição foi o Vascaíno Paradantas.
Paradantas era caixa do Banco Ultramarino, como tal, português, e ainda como tal, adepto do Vasco.
Andava-se por volta de 1922 quando ele entrou em cena. 
O Vasco, de papagaio empinado com a sua subida de Segunda para a Primeira Divisão da Liga, despertou-o para uma façanha inédita: fazer uma bandeira especial e assumir o comando da Torcida cruzmaltina.
Franco, transbordante de gestos e de frases, segundo o historiador José da Silva Rocha, “foi esse homem que encarnou a unidade Vascaína onde quer que o time se apresente para jogar.”
“Não lhe faltava confiança e fé nas representações do Clube. Seu grupo distinguia-se pela imensa bandeira que levava a ondular, entusiasmando os companheiros com seus gritos de guerra.”
Para José da Silva da Rocha, o Rochinha, antigo Presidente do Vasco, “o velho Paradantas e sua grel distinguiam-se em qualquer parte.”
“Mas era quase sempre no campinho do São Cristóvão, que dava fundos para a casa onde morava, que ele mais se agitava montando coreto e erguendo bandeiras, “para alegrar os Vascaínos e enfurecer seus inimigos.
Fonte: Jornal dos Sports 06 de Maio de 1976
Em 1934 Paradantas tornou Secretário do Vasco, foi uma grande aquisição, é um Vascaíno de fibra e qualidade.
Casado com Dona Emília e dessa união tiveram uma filha Gertrudes e o filho Fernando.

Torcedores Símbolos Paradantas Jornal dos Sports 1976

Torcedores Símbolo Paradantas Jornal Gazeta de Notícias 1934

Torcedores Símbolo Gertrudes filha de Paradantas  Revista Vida Doméstica 1924

Torcedores Símbolo Paradantas Jornal O Radical 1937

Torcedores Símbolo Paradantas Jornal O Radical 1940