segunda-feira, 16 de junho de 2025

FORÇA JOVEM 1976: ENTREVISTA ELY MENDES PRESIDENTE DA FORÇA JOVEM

Repórter: Ely Mendes, como é que foi criada a Força Jovem do Vasco?

Ely Mendes:: A Força Jovem foi criada em 1970, 19 de fevereiro. Foi uma turma que saiu da torcida organizada (TOV) e fundaram a Força Jovem no Meier.

Repórter: E como é que vocês se reúnem?

Ely Mendes: Nós reunimos no clube, tem uma sala nossa cedida pelo clube, nós reunimos, fazemos uma reunião. Sou eu e mais 19 diretores da torcida entre moças e rapazes.

Repórter: A torcida tem quantas pessoas mais ou menos?

Ely: Olha, eu conto mais ou menos com umas 300 pessoas que possam me ajudar. Agora, tem vários estados que têm filiais da Força Jovem. Nós temos carteirinha em vários estados do Brasil.

Repórter: E a diretoria do clube ajuda de alguma maneira a torcida?

Ely: A torcida do Vasco tem sido ajudada muito pelo presidente Agartino Silva Gomes. Ele tem sido o pioneiro dos presidentes nesse fator. Contribui muito mesmo com as torcidas.

Repórter: Eles ajudam como?

Ely: Por exemplo, ano passado eu fiz uma viagem à Bahia. O ônibus era 10 mil cruzeiros. O Clube me ajudou com 4 mil cruzeiros em cada ônibus, o preço da passagem desceu bastante para possibilitar a ida do torcedor a Bahia

Fonte: Maracanã 1976, imagens raras

Força Jovem Ely Mendes 1976

Força Jovem Ely Mendes 1976

Força Jovem Ely Mendes 1976

Força Jovem Ely Mendes 1976


VASCO FOGO 1976: HISTÓRIA

Torcida do bairro de Botafogo, teve com chefe Eulamina Machado, acabou na década de 1970.

Vasco Fogo Maracanã 1976


quarta-feira, 11 de junho de 2025

DÉCADA DE 1960: DOMINGO NO MARACANÃ

Antigamente domingo a ida ao Maracanã era programa quase obrigatório. Antes, durante a semana, era importante comprar os ingressos, pois muitas vezes o público chegava a 100 mil pessoas, lotando o estádio.

Além dos postos volantes em kombis, havia locais tradicionais de venda, como a Central do Brasil, o Teatro Municipal ou Mercadinho Azul, em Copacabana. Na bilheteria do “Maraca”, só em dias de jogos menores, como se vê em uma das fotos acima. O ingresso, durante muito tempo, custava 34 cruzeiros.

Em dia de jogo o almoço de domingo tinha que ser cedo, por volta das onze e meia, para permitir a saída meio-dia e meia, para os jogos da tarde no Maracanã. Os "aspirantes" começavam à uma e quinze e os "profissionais" às três e quinze, e ninguém se queixava do calor......

Não podia faltar a almofada, pois a arquibancada ainda era de um cimento áspero (que tempos depois virou um cimento liso até ser substituído pelas atuais cadeiras de plástico). Era um tempo em que havia "geral", uma só bola (a G-18 marron) em jogo, gandulas com um puçá para pegar as bolas que caíam no fosso, substituições não eram permitidas. No intervalo duas turmas saíam do túnel central carregando cartazes de propaganda, cada uma dando a volta por um lado do campo, e o placar era manual, com um encarregado de trocar os números na hora dos gols. O aviãozinho com aquela faixa de propaganda sempre sobrevoava o Maraca antes do jogo e no alto-falante o que mais se ouvia era: "no Pacaembu, gol do Santos (e depois de uma pausa) Pelé!"…..

No capítulo alimentação só mate ou café, servidos em copinhos de papel, e sorvetes da Kibon (Chica-Bon, Kalu, Jajá e Tonbon). Não tinha ainda chegado a época do Geneal. Quando escurecia era um espetáculo ver a arquibancada cheia e o acender de fósforos ou isqueiros o tempo todo, brilhando como vagalumes - a iluminação fraca e o hábito de fumar contribuíam para este espetáculo. Ficou a saudade do excelente futebol daquela época e, mais ainda, muito mais, a saudade de assistir as partidas ao lado do "velho".

Fonte: https://saudadesdoriodoluizd.blogspot.com

Maracanã década de 1960

Maracanã década de 1960

Maracanã década de 1960

Maracanã década de 1960


segunda-feira, 9 de junho de 2025

TOV 1959: RAMALHO, VASCAÍNO FANÁTICO

Já se tornou característico, em todos os jogos de que o Vasco participe, ouvir-se aquela corneta, inconfundível, incentivando os jogadores cruzmaltinos à vitória. Às vezes, o toque da corneta age como uma "guerra de nervos" contra a torcida adversária e a reação não se faz esperar...

Sempre houve curiosidade, por parte dos torcedores, em conhecer o corneteiro, que outrora "tocava" que outro se não, Domingos do Espírito Santo Ramalho. Hoje, já aposentado, sem intimidade e só um homem pobre, com esposa e seis filhos, sua aparência está em consonância com sua condição — ex-árduo trabalhador nas estivas do Cais do Porto.

“Seu” Ramalho recebeu a R.E. na sua humilde moradia, na favela de Vasco. “Não se incomodem, aqui os meninos não haviam mesmo de sair, uns quatro vascaínos do Vasco em quantidade. Os meninos correm pela casa, brincando, vestidos com a camiseta cruzmaltina, com a qual Ramalho seria, feliz.

— Desde quando você toca sua mamona, Ramalho?

— Desde garoto. Nasci de oito mês... quando, lá em Inhaúma, em dezembro de 1921, brincava com os meninos de rua. Naquele tempo, a gente costumava imitar os foguistas dos navios. A gente morava, bem ao lado do 2º B.C. da Polícia Militar. De tanto ouvir o corneteiro do quartel dar aqueles toques, acabei aprendendo a ponto de ainda tocar melhor do que ele.

NEM POR UM MILHÃO TOCARIA MAMONA PARA OUTRO CLUBE

[...] que ele. Como chefiava a garotada, inventei a brincadeira de “Tiro de Guerra”: dava os toques e a meninada executava minhas ordens. Um dia, o comandante do Quartel, Cel. Alfredo Coelho, mandou-me cabra até minha casa a fim de buscar o “corneteiro”. Tendo à presença dele, o Comandante exigiu que eu tocasse, diante de todo o batalhão formado, julgado no pátio do interior do quartel. Toquei. Ele achou muita graça, colocou um branquinha ali da camarada de banda, e me pôs a ajudar os tambores, nas formaturas e nos exercícios. [...]

Aqui cabem alguns dados pessoais sobre essa figura simpática, eminentemente popular, admirador dos desportistas vascaínos: Ramalho é casado e tem 6 filhos. Resultaram seis filhos: Maria de Lourdes, Nanci Maria da Luz, Luís, Valter (em homenagem às grandes direitas do Vasco) e Tereza Herrera (em homenagem ao espanhol Tereza Herrera e Vasco conquistou na Espanha).

Sabe o José, há um aspecto interessante (aconteceu Ramalho), um dia em que jogava o Vasco e o seu Ramalho. Ademir disse ao Ramalho: “Vou te ensinar a bater na bola, rapaz, pois você só faz barulho com esse tubo de mamona.” Ademir disse isso em tom de brincadeira, e riram bastante os dois. Ramalho conserva, com prazer, uma bola passada, suja, assinada por todos os jogadores cruzmaltinos. [...]

— Como foi que você se tornou vascaíno?

— Por causa de um rapaz amigo meu, que era foguista de um navio do Lóide. Ele se chamava Aníbal Bene e seu apelido era “Sir”. Pois bem: “Sir”, sem que voltava do Rio, me trazia uma lembrança qualquer do time do Vasco. Num dia, me deu uma camisa preta com uma cruz de cimento. Tinha fé no meu gosto, achava que eu seria vascaíno, mesmo sem nunca ter visto...

— Quando foi que você tocou para o Vasco, pela primeira vez?

— Estava no Rio há pouco, pois viera tentar a sorte na “Cidade Maravilhosa”. Arranjei um emprego na portaria da Rádio Mayrink Veiga, e José Hermano me convidou. Um dia fui a São Januário assistir uma partida entre o Vasco e o Botafogo, que, aliás, foi goleado pelo time, por 3 x 1, só de Ademir!

Quando o Vasco festejou seu aniversário, em 1946, fui convidado para tocar. No gramado, onde estavam os jogadores, e o busto da Cruz de Malta, levantei o meu clarim e toquei com mais força, tamanha era minha emoção. Nesse momento, dois homens me levaram ao vestiário do Vasco...

— E o senhor se tornou sócio do Vasco?

— Sim. Fui à secretaria e matriculei a 25.846 da associação. Em 1923, Eurico Lisboa me fez sócio remido, por consideração. Depois vieram Antônio Soares Calçada, Eurico Alves e agora o Sr. Barreira, que me estimam tanto, que me têm em muita consideração. Para mim, é uma grande honra ser vascaíno, porque esse é um dos títulos dos dirigentes do clube.

— Você tocaria por outro clube?

— Nem pensar! Já bati no espanhol umas trinta vezes!

— E se lhe dessem um milhão?

— Sou pobre, mas jamais aceitaria tocar essa mamona para outro clube, especialmente contra o Vasco. O dinheiro se consome, morre, mas a glória de servir Nosso Senhor Vasco da Gama, essa não morre nunca! Nunca aceitaria. Jamais trairia esse grande querido Vasco!

Fonte: Revista do Esporte 1959, fotos Memória do Torcedor Vascaíno, Jorge Medeiros

TOV Domingos Ramalho Revista do Esporte 1959

TOV Domingos Ramalho Revista do Esporte 1959

TOV Domingos Ramalho Revista do Esporte 1959

TOV Domingos Ramalho Revista do Esporte 1959


sábado, 31 de maio de 2025

TOV 1969: ALMIRANTE SAI DA ILHA DE VENTO EM PÔPA

Parecia até uma tarde de feriado. Moças passando de calças compridas ou bermudas, acenando bandeiras, comerciantes saindo cedo da Rua do Acre para gritar “casaca” “casaca”. O estadinho da Ilha do Governador estava cheio, mais de 7 mil pessoas, afora os sócios da Portuguesa, cujo coração balança entre ela e o Vasco. Depois as bandeiras acenando em festa. Imensas bandeiras – porque o Vasco está crescendo erm campo e também no tamanho delas.

Fonte Memória do Torcedor Vascaíno , Jorge Medeiros

 

TOV Ilha do Governador 1969

TOV Ilha do Governador 1969

segunda-feira, 26 de maio de 2025

sábado, 24 de maio de 2025

ASTOVA 1989: ASTOVA RENASCE

Mais uma vez venho a esta prestigiada Coluna do Bate Bola para informar que em 09 de Outubro de 1989 houve eleição na Associação das Torcidas Organizadas do Clube de Regatas Vasco da Gama, que teve uma única chapa: Ativação Dulce Rosalina

Presidente: Zeca da Pequenos Vascaínos

Vice Presidente: Érico da Força Independente

Vice de Finanças: Ely Mendes da Força Jovem

Diretor Social: Edmard de Souza da Vascoração

Relações Públicas: Pinheiro da Anarquia

Secretária: Rosangela da Vasboavista

Diretor do Conselho Fiscal: Nilton da Vascopita e Paulo César da Força Jovem

Departamento Jurídico: Deise da Força Jovem e Padilha da TOV.

A nossa Presidente de Honra, símbolo número um das arquibancada dos Estádios Brasileiros e grande mestra, a senhora Dulce Rosalina.

Pinheiro, Relações Públicas da ASTOVA

Fonte: Jornal dos Sports 05 de Novembro de 1989

ASTOVA Jornal dos Sports 1989

Força Jovem 1989

Força Jovem 1989

Força Jovem 1989

Força Jovem 1989





quarta-feira, 21 de maio de 2025

VASCO 2025: SEMINÁRIO: “O VASCO, SUA HISTÓRIA E SUAS MEMÓRIAS: PROPOSTAS PARA O FUTURO MUSEU VASCAÍNO”

Na 23ª Semana Nacional de Museus, realizada de 12 a 18 de maio de 2025, tive a honra de participar como membro convidado do seminário “O Vasco, sua história e suas memórias: propostas para o futuro Museu Vascaíno”, organizado pelo Centro de Memória do Club de Regatas Vasco da Gama. O evento aconteceu no Estádio de São Januário, na cidade do Rio de Janeiro, no dia 16 de maio de 2025.

Gostaria de agradecer ao coordenador do Centro de Memória do Club de Regatas Vasco da Gama, historiador Walmer Peres Santana, pela oportunidade de participar como palestrante e pelo carinho com que fui recebido por todos os envolvidos.

Foi um dia muito especial para todos nós. Uma verdadeira aula sobre a história do Vasco. 

Seminário: O Vasco, sua história e suas memórias São Januário 2025

Seminário: O Vasco, sua história e suas memórias São Januário 2025

Seminário: O Vasco, sua história e suas memórias São Januário 2025


 

domingo, 18 de maio de 2025

VASCO 2025: LIVRO COPA DO BRASIL 2011, NORTE E SUL DESTE PAÍS

 

Lançamento na Bienal do Livro 2025

No dia 15 de junho, durante a Bienal do Livro, o autor Igor Serrano lança a obra “Copa do Brasil 2011 – Norte a Sul deste País”, no estande da Cartola Editora.

Um convite aos vascaínos e apaixonados por futebol para reviverem, através das páginas do livro, os bastidores de uma campanha marcante: a conquista da Copa do Brasil de 2011.


sábado, 10 de maio de 2025

VASCO 1977: MORRE DONA AVELINA FERNANDES PORTELA

O grande vascaíno Ismael de Souza comunicou-me, ontem a noite, emocionado a morte de D. Avelina Portela, aos 85 anos de idade.

Esta senhora era um símbolo e na frase de Ismael, “representava realmente, as raízes da tradição Vascaína”. Foi a primeira mulher a alcançar a benemerência, no Clube, que mantem, solitária, nessa posição de honra, como para lhe destacar mais os os méritos, durante décadas.

D. Avelina Fernandes Portela era esposa de Alberto Baltazar Portela, vascaíno dos tempos heroicos, que dirigiu o tiro de guerra do Vasco das Gama, de onde saíram, regularmente turmas de 900 reservistas.

Foi ela, também, a mulher que bordou a primeira bandeira do Clube e com as suas mãos fazia ainda os gorros de lã que eram usados pelos jogadores nos tempos heroicos.

Fonte: Memória do Torcedor Vascaíno, Jorge Medeiros

AVELINA FERNANDES PORTELA FOI A PRIMEIRA MULHER A VIRAR SÓCIA DO VASCO

Memória Vascaína @HenriqueHuebner

No Dia Internacional da Mulher, homenageamos Dona Avelina Fernandes Portela que foi a primeira mulher a se associar ao clube; a primeira madrinha do team de futebol dos Camisas Negras em 1920 e a primeira benemérita do Clube de Regatas Vasco da Gama! (Mauro Prais) #MemoVas

Fonte: https://www.supervasco.com/noticias/avelina-fernandes-portela-foi-a-1a-mulher-a-virar-socia-do-vasco-conheca-300831.html 08/03/2021

Vasco Avelina Portela Jornal dos Sports 1977

Vasco Avelina Portela

Vasco Avelina Portela

Vasco Avelina Portela

Vasco Avelina Portela


sábado, 3 de maio de 2025

VASCO 2025: LIVRO LUGAR DE MULHER É NO FUTEBOL: DULCE ROSALINA, A PRIMEIRA LÍDER DE TORCIDA

Daniela Araújo

Dulce Rosalina foi a primeira mulher a presidir uma torcida organizada de futebol no Brasil. Ao longo de sua trajetória, é possível observar o pioneirismo, os desafios e as conquistas de ser uma mulher comandando a arquibancada em um esporte tão masculinizado como o futebol. O livro retrata sua presidência na TOV durante as décadas de 1950 a 1970. Além disso, é possível acompanhar o desenvolvimento da narrativa do jornalismo esportivo da época.

Fonte: https://www.editoramultifoco.com.br/shop/lugar-de-mulher-e-no-futebol-dulce-rosalina-a-primeira-lider-de-torcida-3553?srsltid=AfmBOorO_EgAlg1Yg0hTC4NAoTq9ktSXFfZGhx7rK1UmvT5tyt9AmzCk

DANIELA ARAÚJO FALA SOBRE O LIVRO 'LUGAR DE MULHER É NO FUTEBOL', QUE CONTA A TRAJETÓRIA DE DULCE ROSALINA

 Dulce Rosalina foi a primeira mulher a presidir uma torcida organizada no Brasil e isso ocorreu a partir de 1956, quando assumiu a presidência da Torcida Organizada do Vasco (TOV), na ocasião, maior movimento do Cruz-Maltino. Seu legado segue na bancada e agora em livro escrito pela jornalista Daniela Araújo. E ao R10Score News, ela contou os detalhes.

O lançamento do exemplar está marcado para o dia 25 de abril, na Avenida Mem de Sá, 126 – Lapa, Rio de Janeiro, no Espaço Multifoco, a partir das 18h (de Brasília). Daniela estará presente falando do livro e contando detalhes de Dulce.

R: "Parece uma daquelas histórias mágicas do futebol. Eu havia acabado de me formar e queria ingressar no mestrado. Para isso, precisava de um projeto de pesquisa e estava um pouco perdida.

Então, eu fui para um jogo em São Januário e recebi um panfleto sobre a tia Dulce numa ação do Dia das Mulheres. Além disso, vi a bandeira dela tremulando na arquibancada. Ali deu um estalo e vi que tinha um objeto de estudo que fazia sentido para mim e realmente me movia", afirma a historiadora.

Por sua vez, Dulce deixou um legado, voz na bancada do Vasco e em outras pelo Brasil, além de menções em debates, homenagens e também programas que citam seu nome. Aqui, Daniela explica essa sensação.

R: Difícil dizer em números. Até porque a conjuntura é outra. Na época da Dulce, a torcida de um clube era representada por um "grupamento" e o seu respectivo líder. Hoje temos uma diversidade de torcidas organizadas e movimentos na bancada.

Posso dizer que o legado da Tia Dulce está muito bem representado por cada mulher que ainda luta para legitimar o seu espaço na arquibancada. Hoje temos mulheres nas diretorias das torcidas organizadas, grupamentos femininos e o movimento de vascaínas.

Contato para imprensa e entrevistas:

Daniela Araújo – jornalista e autora
📧 daniela.torresaraujod2@gmail.com
📞 (21) 97659-3900
📸 Instagram: @daniaraujod2

Fonte: NETVASCO 19/04/2025

Livro Lugar de Mulher é no Futebol 2025

Livro Lugar de Mulher é no Futebol 2025

Livro Lugar de Mulher é no Futebol 2025

Livro Lugar de Mulher é no Futebol 2025

Daniela Araujo Livro Lugar de Mulher é no Futebol 2025


 

TOV 1967: PALMEIRAS X VASCO, MALTRATADOS

A Sra Dulce Rosalina, da Torcida Organizada do Vasco da Gama, disse que um grupo de Torcedores do Clube foi maltratado pela torcida do Palmeiras no Pacaembu. Informam que o tratamento no Pacaembu as torcidas visitantes e de inimigo de guerra.

Fonte: Memória do Torcedor Vascaíno , Jorge Medeiros

TOV Jornal dos Sports 1967

Dulce Rosalina e Domingos Ramalho 1958


quinta-feira, 1 de maio de 2025

VASGUAÇU 1985: JANTAR COMEMORATIVO DO 8º ANIVERSÁRIO DA VASGUAÇU

A brava Torcida Vasguaçu promove hoje, o jantar comemorativo do seu 8º aniversário de fundação, no Hollywood Disco Club.

O Presidente Jorge Bracaglia não terá mãos a medir para receber os muitos convidados que aparecerão por lá. (17/10)

EURICO MIRANDA

Foi um grande sucesso a presença de Eurico Miranda nessa quinta feira na Nova Hollywood, do Manolo, ali no Km 14 da Dutra. Mais de 100 Vascaínos homenagearam o candidato na promoção organizada pela Vasguaçu sob a presidência do Bracaglia, com o apoio do Carlos Alberto e a atuação do Relações Públicas Betinho. (19/10)

Fonte: Jornal dos Sports 17 e 19 de Outubro de 1985

Vasguaçu Jornal dos Sports 1985

Vasguaçu Jornal dos Sports 1985

Vasguaçu Maracanã 1978

Vasguaçu São Januário 1978


sábado, 26 de abril de 2025

VASCO 1948: SÃO JANUÁRIO JÁ TEVE ARQUIBANCADAS ATRÁS DO GOL DO MASTRO

Num momento em que mais uma vez se fala na modernização de São Januário, com fechamento do anel de arquibancadas/cadeiras, é interessante lembrar que o estádio já teve arquibancadas provisórias atrás do gol do mastro. As fotos abaixo, da década de 1940 e 1950, mostram como era a estrutura.

Fonte: Memória do Torcedor Vascaíno, Jorge Medeiros (foto 1951) , NETVASCO (texto), Diário da Noite (foto 1950), Livro Memória do Cinquentenário 1898-1948 (foto 1948);

São Januário Livro Memória do Cinquentenário 1948

São Januário Jornal Diário da Noite 1950

São Januário Memória Torcedor Vascaíno 1951


quarta-feira, 23 de abril de 2025

VASCO 2023: LIVRO "100 ANOS DA TORCIDA VASCAÍNA", RESISTIREMOS

                                                                                                         “NO VÁS BAJAR”

                                                                           Técnico Argentino do Vasco, Ramon Dias

 

RESISTIREMOS

 Mais um ano de muitas dificuldades para o torcedor vascaíno que viu novamente em campo um elenco que decepcionou em todas as competições disputadas.

O melhor mesmo ficou nas arquibancadas e nas redes sociais quando o clube e seus torcedores deram um show de apoio e amor ao Vasco da Gama. Talvez a maior motivação era a celebração do centenário do primeiro título da lendária época dos Camisas Negras (1923-2023).

A temporada começou com uma triste notícia: o maior ídolo do clube, o ex-atacante Roberto Dinamite, morria em 8 de janeiro. No dia seguinte uma multidão de torcedores vai ao estádio de São Januário para se despedir do seu artilheiro. Ao longo de sua vitoriosa carreira, Roberto formou várias gerações de torcedores. Até o presidente Lula fez questão de elogiar o jogador: “admirava muito o seu futebol bonito, ofensivo”.

E por falar em atacante, a grande promessa de gols para o Vasco para este ano era Pedro Raul. A contratação do artilheiro do campeonato brasileiro do ano anterior criou uma forte esperança de manter a tradição do Clube da Colina ter os melhores atacantes do país.

De janeiro até o início de abril foi disputado mais um campeonato carioca sem o brilho das décadas passadas. O time do Vasco conseguiu empolgar pouco a sua torcida (ficou em 3º lugar). Apenas uma vitória sobre o Flamengo na Taça Guanabara mereceu destaque, mas já em março éramos eliminados pelo mesmo rival nas semifinais do segundo turno. O desastre seria completado com a eliminação precoce na Copa do Brasil para o ABC em pleno estádio de São Januário. Os resultados colocaram a torcida em alerta máximo para o restante da temporada.

Retornando a Série A, os vascaínos surpreendem a todos com dois ótimos resultados diante de favoritos ao título. Logo na estreia em Minas (15/04), vencem o Galo e , no Maracanã, diante de um ótimo público (quase 60 mil pagantes) empatam com o Palmeiras. Entretanto, a realidade vai se mostrando tenebrosa nas próximas rodadas. O fantasma do rebaixamento volta a rondar. Especialmente durante o período de maio a julho quando perdemos 10 partidas em 11 jogos disputados. O maior alvo da ira dos torcedores era o técnico Mauricio Barbieri. Sua “cabeça” era pedida diariamente nas redes sociais. O ápice da revolta explodiu em São Januário diante do Goiás. O protesto envolveu torcedores que atiravam sinalizadores nos jogadores e depois em diversos confrontos contra os policiais. Embora todos estes incidentes não tivessem feridos com gravidade acabou com a decisão da Justiça proibindo a presença do público nos próximos 90 dias. As razões da punição ao clube motivada por preconceitos e argumentos suspeitos ao considerar a localidade “cheia de insegurança para chegar e sair”, reacenderam o sentimento de injustiça que sofremos ao longo da História.

Para reverter esta situação, a diretoria contrata um novo técnico Ramón Días assume o comando do time em 15 de julho.  O novo treinador foi enfático na lição de otimismo que queria passar aos seus comandados: o elenco iria lutar até o final para sair daquela situação vergonhosa.

Fora de campo surgia um novo mascote vascaíno após o vídeo de uma criança ao ver a mãe depois de 16 dias em estado de coma viralizou em toda a internet. Era o início da “fama” de Guilherme Moura de apenas 8 anos e uma paixão avassaladora pelo Vasco. Logo o carisma do menino vai ganhando espaço na TV e nas redes sociais.

Adotado pela torcida ele faz sua estreia no Maracanã no jogo do returno contra o Atletico Mineiro. A vitória, o bom público (mais de 50 mil) e a apresentação do francês Payet renovaram as esperanças dos vascaínos num dos melhores momentos do ano. No mesmo período tivemos o lançamento de duas importantes biografias de ídolos do passado. Uma sobre o atacante Russinho, pelo historiador Bruno Pagano e outra pelo jornalista André Felipe Lima, sobre o Príncipe Danilo Alvim, ídolo dos anos 40 e 50 quando integrou o famoso Expresso da Vitória.

O bom momento se prolongaria até setembro quando o clube pode depois de 3 meses de punição novamente contar com a presença de seus torcedores em São Januário. Na goleada contra o Coritiba (5 a 1) foi montado um mosaico em 3D com a palavra “Resistiremos”. Além disso, diversos eventos foram realizados para homenagear a primeira geração vitoriosa do futebol. Na UERJ um debate com o auditório lotado. Depois ocorreu o lançamento da 3ª camisa do clube.

Apesar do bom rendimento no returno (ficamos com a 7ª melhor campanha), o time apresentava muitos altos e baixos. Algumas derrotas vergonhosas (goleadas para o Santos – com a provocação de Soteldo) e a goleada em casa diante do Corinthians (uma vitória deixaria fora da ameaça de rebaixamento). Não faltou emoção para a torcida que lotou seu estádio em todos os jogos em que foi mandante (mantendo a média de público de cerca de 20 mil). No final, com muito sofrimento, garantimos a última vaga. Festa e alívio geral.

Para finalizar temos uma reflexão necessária pois os últimos públicos presentes no estádio de São Januário trouxeram muito orgulho para os vascaínos pois a sua torcida conseguiu dar uma inesquecível lição de amor ao clube no apoio constante ao time conseguindo lotar o estádio (média de 20mil pessoas) e esgotar a venda dos ingressos em poucas horas em todas últimas partidas. No entanto, há que se considerar outros dados estatísticos para uma análise mais realista. De todos os 20 clubes que disputaram o Brasileirão em 2023 ficamos apenas na 14ª posição (20.800) e a média dos rivais cariocas foi superior. É claro que é preciso levar em consideração que Fluminense (29.783), Botafogo (26.601) e Flamengo (54.449) obtiveram bons resultados em campo e sempre estiveram entre os 8 primeiros colocados. Outro dado relevante é que este ano tivemos recorde de média público em comparação com todos os campeonatos brasileiros anteriores (26.524), superando o ano de 1983 (22.953). Sendo assim é preciso dar toda atenção na política a ser adotada pelos dirigentes vascaínos nos próximos anos sobre a ampliação do nosso estádio e/ou a utilização do Maracanã.

Fonte: Livro “100 anos da Torcida Vascaína”, escrito pelo historiador Jorge Medeiros.

Vasco Aquecimento da bateria São Januário 2023

Vasco aquecimento da bateria São Januário 2023

Vasco aquecimento da bateria São Januário 2023

Vasco Gazeta Esportiva 2023