domingo, 15 de novembro de 2015

FORÇA JOVEM 2015: FORÇA JOVEM E MANCHA VERDE DIA HISTÓRICO

Nossa foi maravilhoso, emocionante o tamanho dessa amizade sincera e concreta, só entenderam quem convive e sabe como tudo vale a pena,quando temos esse sentimento verdadeiro dentro de nós,em meio de tanta violência entre Torcidas, ninguém fala e conta como é essa união maravilhosa e sinistra onde é um por todos e todos por um, somos uma família de verdade onde ao sair do jogo de ontem pensei, será que alguém vai falar uma piadinha ou gracinha, mas no meio da multidão Palmeirenses e Vascaínos saiam juntos como uma verdadeira e unida família, não tem como passar esse sentimento, pena que nossa Imprensa nunca teve o interesse de divulgar essa grande e eterna amizade! Obrigada a todos pelo carinho e receptividade,vocês são show!
Todas as palavras que eu disser, será pequeno para agradecer a imensa receptividade o carinho o respeito a verdadeira amizade de irmãos que nunca foi abalada e ameaçada.Francisco Carlos Português irá lembrar que já quando o Vasco não vinha bem na tabela do Brasileiro, fizemos contato e disse para ele vamos fazer logo a Homenagem ao Marcelo He-Man e ele perguntou quando? Na minha mente logo veio no jogo com o Palmeiras em São Januário... e aí tudo foi acontecendo até chegar o dia 08/11 que será inesquecível para todos nós. 
Nossa geração de 1980 FJV/MV se reencontra e a cada encontro histórias para contar. Observo que a nova garotada tanto da MV e FJV, gosta de saber e tem interesse em ficar por dentro de como tudo começou.
Temos um legado exemplar de Marcelo He-Man e Cléo. Espero de coração com muita esperança que nossa FJV volte a nos representar e levem com eles a vivência e experiência da nossa geração,como acredito que faça a atual galera da MV.
Obrigada pela Homenagem,que esse dia jamais saíra do meu coração,foi mais um dia histórico da irmandade VASCO & PALMEIRAS FJV/MV .
Aquiles Carvalho e Cida Vasconcellos, não encontro palavras para vocês grandes idealizadores desse evento.” Disse Cláudia Fiuza uma das idealizadoras do encontro no Rio, juntos com Carlinhos Português e Índio.

 “Dia 08/11/2015! Poderia ser 24/09/1988.
Lembro de um dia meu amigo CLÉO ter feito um churrasco para toda FJV, sinceramente não sei a quantidade de ônibus, mas era impossível fazer um churrasco para aquela quantidade de ônibus, mas ele fez.
Lembro que inúmeras vezes fomos recebidos no Rio de Janeiro com honras, na verdade sempre fomos, independente de quem estava na Diretoria, sempre nos acolheram.
Lembro que em inúmeros jogos de guerra, lá estavam juntos os MANCHAS e os FORÇA JOVEM, seja em SAMPA ou no Rio.
Lembro que a cada encontro a emoção era a mesma, abraços, lágrimas e sinceridade.
Tentaram, mas nunca irão destruir o que foi criado com amor e sinceridade.
Neste dia 08/11/15 só fizemos recordar e reviver o que aconteceu ao longo de 30 anos.
Por isto a emoção foi além do que se poça imaginar.
E com certeza mais 30 anos estão garantidos, pois não foi só a velha guarda que estava presente e também a nova geração.
Que se matem de inveja os inimigos, eles jamais entenderam.
Impossível marcar nomes aqui, são muitos, na verdade são todos que viveram, vivem e viverão está amizade entre Palmeiras e Vasco.
Está foto retrata tudo.
Eu sou grato a Deus por ter participado desse momento.
Obrigado CLÉO. Obrigado HE-MAN.
Obrigado meu DEUS!!!” Disse Aquiles Carvalho da Mancha Verde um dos responsáveis pela organização do encontro em São Paulo.

Força Jovem e Mancha Verde Encontro dos Amigos em São Paulo 2015

Força Jovem e Mancha Verde Encontro dos Amigos em São Paulo 2015

Força Jovem e Mancha Verde Encontro dos Amigos em São Paulo 2015

Força Jovem e Mancha Verde Encontro dos Amigos em São Paulo 2015

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

FORÇA JOVEM 1994: SAMBA DA MANGUEIRA

Clássico no Maracanã nos anos 1990. 
A Torcida adversária completa e a postos, brigando no tamanho e no grito com o povão Vascaíno. 
Um duelo realmente equilibrado na arquibancada.
Mas para desespero dos rivais, momentos antes do jogo começar, eis que surge do último túnel das arquibancadas do lado Vascaíno a primeira bandeira da Força Jovem. 
É o prenúncio do que viria em seguida: dezenas de bandeiras e um mar branco de gente, que era o exército da Torcida, marchando lentamente, ao som de um famoso samba da época.
A multidão que não parava de sair do túnel dobrava o tamanho da arquibancada Vascaína e desequilibrava o duelo com qualquer Torcida adversária.
E a trilha sonora desse momento arrepiante era justamente o Samba da Mangueira de 1994 (ano da conquista do tricampeonato carioca), que mais parecia um hino. 
Mangueira do eterno e saudoso vascaíno fanático Jamelão, símbolo do carnaval carioca.
E é para não deixar esse samba cair no esquecimento do povão que a Força Jovem relembra para você, para que o cante e incentive os amigos a cantar quando rolar esse som na arquibancada.

LETRA DO SAMBA: ATRÁS DA VERDE E ROSA SÓ NÃO VAI QUEM JÁ MORREU
Bahia é luz de poeta ao luar
Misticismo de um povo
Salve todos orixás
Quem me mandou, estrelas de lá
Foi São Salvador, pra noite brilhar
Mangueira!
Jogando flores pelo mar
Se encantou com a musa que a Bahia dá (obá)
Obá, berimbau, ganzá
Ô, capoeira joga um verso pra iaiá
Obá, berimbau, ganzá
Ô, capoeira joga um verso pra iaiá (Caetano)
Caetano e Gil, ô
Com a Tropicália no olhar
Doces Bárbaros ensinando a brisa a bailar
A meiguice de uma voz, uma canção
No teatro opinião, Bethânia explode coração!
Domingo no parque, amor
Alegria, alegria, eu vou
A flor na festa do interior, seu nome é Gal
Aplausos ao cancioneiro,
É carnaval, é Rio de Janeiro
Refrão:
Me leva que eu vou
Sonho meu
Atrás da Força /+/ Jovem
Só não vai quem já morreu
Fonte: https://www.facebook.com/forcajovemvasco/photos/a.329378760411983.99761.327393320610527/1233721003311083/?type=3

Força Jovem Maracanã 1994

Força Jovem Maracanã 1994



quinta-feira, 17 de setembro de 2015

FORÇA JOVEM 1988: BANDEIRA DA GAVIÕES NO PACAEMBU

“Em 04 de Dezembro de 1988, nós fomos pra São Paulo com dois ônibus, foi minha primeira viagem pra São Paulo, eu já tinha ido pra Minas, tinha 19 anos.
Fui escolhido para ir no ônibus Um, esse ônibus só tinha lenda da Força, era os Metralhas, André, Jorge, Mula Manca, Pança, Rogério Manteiga, Marcelo He Man, Roberto Monteiro, Marcondes, Arlindo, Alison, Assis Negão, Girafa, Japão, Fusca, Foca e Marcos See de Niterói.
Em São Januário, foi escolhido a dedo quem era pra ir, não era qualquer um que podia viajar.
Ao chegar ao Pacaembu, a gente bateu de frente com a Gaviões da Fiel que estava enorme, tinha 53 mil pessoas no Estádio, uns 3 mil Vascaínos, na descida do Tobogã, tinha uma galera do Corinthians comprando ingresso na bilheteria, encontramos os caras e saímos pegando, crente que ia se dar bem, quando fizemos a curva do Tobogã, muita camisa preta, nós com dois ônibus, umas cento e poucas pessoas, eu que estava enfrentando aquilo pela primeira vez, de repente um componente nosso, ele foi pra dentro dos caras, saímos pegando geral, botamos os caras pra correr, ai chegou a polícia aquela confusão e conseguimos entrar no Estádio.
Nós estávamos pequenos e Corintiano pra caramba, os caras fazendo festa, de repente pula um cara da Gaviões com a bandeira e fica tremulando, tipo aqui é tudo nosso, e finca ela no meio de campo e volta correndo pula o alambrado e volta para a Torcida, e fica comemorando, os caras vibrando, e eu na minha sanidade total, cheguei primeiro para o Aloísio Foca de Niterói e falei, se pegar aquela bandeira da fama, ele responde, não tem maluco pra isso não, pegar aquela bandeira, ia ser do caramba.
Nesse tempo a Força estava se firmando no cenário Estadual e Nacional, foi um feito, e foi um ponta pé para ser reconhecida e respeita no Brasil todo, nós estávamos conseguindo aqui no Rio com muito sacrifício.
Encontrei o Metralha e o Japão, eu falei, vou pegar essa bandeira, nego nem deu confiança, quem é esse moleque ai, eu estava com a camisa da Força, uma bermuda preta, três cordões de prata (moda na época), uma touca preta e uma mascara do dito cujo, virei a mascara para trás, e pulei o alambrado e sai correndo até o círculo central, ai nisso aquele silêncio no Estádio, peguei a bandeira e voltei vuado, nisso eu voltando, e olhando para a Força, nego comemorando igual a um gol, ai peguei e joguei a bandeira pra Torcida e fui pular de volta, só que já tinha seis PMs me esperando, ai me pegaram pela bermuda e foram me levando pra onde era o DPO do Estádio, só que esse DPO era debaixo da Gaviões, e por todo esse trajeto a Torcida me hostilizando, que eu ia morrer,que eu tinha desonrado o Timão, os PMs, falando vão juntar a gente, vamos largar esse cara aqui, ai eu falei, não pelo amor de Deus, me leva, ai conseguimos chegar no lugar onde fica detido.
Chegando lá o cara pega minha identidade e eu estava sem a camisa da Força, lógico coloquei dentro da bermuda, ai entra um cara, entrando na porrada, rindo, encostaram ele na parede, e eu numa cela 2x1, ai o cara tomando cassetete nas costas, olha pra mim e fala vou te matar, ai jogaram ele na cela, esse cara simplesmente era um grande da Gaviões e tinha ficado cego de um olho em São Januário, quando o cara entrou na cela, Carioca FDP, eu vou comer seus olhos, eu falei agora vai ser na porrada, nisso entrou dois PMs seguraram ele, o Rogério Alves (ex Força Jovem década de 1970) Advogado do Vasco, tinha ido me tirar, a pedido de Eurico e do Ely Mendes (Presidente da Força), me tirou da cela, o cara ficou esbravejando, eu fui com Rogério Alves, ele de terno e eu de bermuda e sem camisa, por dentro do gramado, até onde estava a Força Jovem, foi de ponta a ponta, antes de chegar a galera me reconheceu.
 Êeee, esta chegando a hora, carioca vai morrer”, eu falei, vai pular gente no gramado, vai dar ruim, chegando em frente a Força Jovem, tirei a camisa de dentro da bermuda, sacudi ela e pulei o alambrado de volta, ai nego começou a cantar.
Força Jovem, eee, é a Força Jovem, eee, da porrada na Jovem e na Fiel, Força Jovem é cruel, Eu sou da Força Jovem eu sou...
Mais uma festa, como se fosse uma goleada histórica, o Ely Mendes, coitado, coroa, né, falou, meu filho você é maluco, blá blá blá, você pode pedir o que você quiser no bar, a partir daí eu comecei minha história na Força Jovem, além de vários combates, mais essa ai foi histórica, são mais de 25 anos, e essa história perdura, acho que foi o ponta pé inicial, para Força Jovem ser conhecida no Brasil e principalmente ser apresentada a Gaviões, falou Serginho de Niterói.
“Nunca mais vou esquecer esse dia, Serginho entrou para a história”, disse Rogério Manteiga
“Ali foi sobrevivência, ali foi, quando Serginho estava voltando com a Bandeira, eu nunca vi tanta camisa preta na minha frente, os caras correndo pela arquibancada, eu me lembro que estava com dois caras aqui de Marechal, um dos caras falou, o que estou fazendo aqui, aquilo ali eu pensei, o massacre, não tinha jeito, os caras apedrejando a gente daquele terreno baldio, apedrejando a gente de cima do morro, e lá naquela arquibancada da frente, colocaram a gente no pior lugar, aquilo foi uma sobrevivência, quanta gente caindo de pedrada, de repente a PM jogou gás de pimenta, demos sorte, dali em diante começaram a nos respeitar, mais ainda”. Falou Japão de Marechal Hermes.
Fonte: Wattsapp "Dinossauros vem ai" em 16 de Setembro de 2015

Força Jovem 1988

Força Jovem 1988

Força Jovem 1988



sábado, 22 de agosto de 2015

VASCO 1898: A FUNDAÇÃO DO VASCO

O Brasil vivenciava no final do século XIX um conjunto de mudanças que reorganizaram a sua estrutura política e econômica. O fim da escravidão, em 13 de maio de 1888, e a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, trouxeram ares de mudança para o país. Com o advento da República buscou-se melhor inserir o Brasil no cenário internacional, consequentemente, observou-se a necessidade de modernizar a capital Rio de Janeiro e adequá-la aos padrões estéticos das grandes metrópoles europeias, marcadamente inspiradas em Londres e Paris. Estratégia esta que só viria ser melhor concretizada com as reformas urbanas do prefeito Pereira Passos, já no século XX.
Novos hábitos iam sendo adquiridos e dentre eles uma nova estética corporal começava a ganhar as ruas cariocas. Um novo modelo de homem passa a ser gerado com o avanço da modernidade sobre a cidade. Os médicos e arquitetos ("cientistas") defendiam a valorização de um típico físico condicionado aos novos padrões de higiene e saúde. Nesse contexto, a prática esportiva do remo adequava-se perfeitamente aos padrões de modernidade que se espraiavam pela cidade.
O remo passa a ser visto como o esporte moderno, ligado ao urbano, prática de uma burguesia ascendente. Por outro lado, o turfe, que havia se organizado anteriormente e sido pioneiro na estruturação do campo esportivo do Rio, guardava um ar mais aristocrático, relacionado ao rural. Outrossim, no remo, o protagonismo cabia ao homem, que deveria com as próprias forças e músculos vencer o mar e seu oponente. Enquanto isso, no turfe, os jóqueis franzinos eram coadjuvantes em relação aos cavalos, verdadeiros "donos" do espetáculo.
Os primeiros passos para a institucionalização remo foram dados na cidade vizinha, Niterói, com os Mareantes (1851). No Rio de Janeiro, no ano de 1862 surgiram o grupo Regata e o British Rowing Club, por influência de imigrantes ingleses na cidade. Em 1967 é fundado o Club de Regatas, mas, o grande marco para o impulso do remo no Rio de Janeiro foi dado com a criação do Club Guanabarense, no ano de 1874. Depois vieram Grupo de Botafogo (1878), o Club de Regatas Cajuense (1885), Club Náutico Saldanha da Gama (Niterói-1876) e Club de Regatas Internacional (1887).
Entre as décadas de 1880 e 1890 as regatas tornaram-se constantes, entretanto, as associações não possuíam o controle total da prática, permitindo-se que não-membros tornassem parte dos eventos. No intuito de estabelecer uma uniformização da prática, os clubes adotaram como justificativa a assaz necessidade de se combater as apostas, que se popularizaram simultaneamente ao crescimento do público que acompanhava as regatas.
Na última década do século, os clubes de remos vão se proliferando, constituindo o ambiente favorável para a criação da União de Regatas Fluminense (1897), instituição destinada a organizar o campeonato da cidade do Rio de Janeiro. Neste período surgiram o Union de Conotiers (Sociedade dos Franceses, 1892), Club de Regatas Fluminense (1892), Club de Regatas Paquetaense (1892), Club de Regatas Botafogo (1894), Grupo de Regatas do Flamengo (1895), Grupo de Regatas Praia Vermelha (1896), Club de Natação e Regatas (1896), Club de Regatas Boqueirão do Passeio (1897), Club de Regatas do Caju (1897), Club de Regatas Guanabara (1899) e o Club de Regatas de São Christovão (1899).
A "febre do remo" vai ganhando a cidade:
"O Remo, começou então a ser conhecido e a descêr do seu retiro em Botafogo para a cidade [...] começou a fallar-se num novo clube, no centro comercial"(FREITAS, José Lopes de, 1945, s.p.)
Às portas do limiar do século XX, impulsionados pelos ares da modernidade, pelo desejo de praticarem um esporte símbolo dos novos tempos, homens ligados à chamada classe caixeiral, que na sua maioria trabalhavam no comércio do centro da cidade, decidiram criar um novo clube para a prática do remo, eis que surge o Club de Regatas Vasco da Gama.
"Henrique Monteiro era o maioral dessa ideia e encontrou semelhante companheiros em Luiz Rodrigues Teixeira de Sousa, Avellar Rodrigues e Lopes de Freitas que traçaram logo o caminho a seguir avante e aos quaes se juntaram com o mesmo entusiasmo Leonel Borba, Carlos Rodrigues, João Campos, Francisco Alberto da Silva, Manoel Lixa, Frazão Salgueiro, Antonio Fernando Seixas [...] que fizeram tão intensa propaganda, que em pouco tempo a ideia era vencêdora [...] O desejo desses rapazes tornou-se realidade em pouco tempo. A propaganda feita nos meios comerciaes deu excellentes resultados [...] Nos botequins, nos barbeiros e até no mercado do caffé, não se fallava n'outra coisa. A fundação de um novo Club de Regatas, que se chamaria Vasco da Gama..."(FREITAS, José Lopes de, 1945, s.p.).
José Lopes de Freitas, popularmente conhecido como Zé (ou José) da Praia, um dos fundadores do Clube e, posteriormente, cronista do Jornal do Commercio, esclarece que o Vasco surge da confluência dos desejos de homens e jovens rapazes que trabalhavam no comércio do centro do Rio de Janeiro, como funcionários ou proprietários, para a formação de um clube no qual pudessem congregar os seus ideais.
A despeito da importância de homens como Henrique Ferreira Monteiro, Luís Antônio Rodrigues, José Alexandre d'Avelar Rodrigues, Manuel Teixeira de Souza Júnior e o próprio José Lopes de Freitas, por incentivarem e aglutinarem um grupo de pessoas em prol da ideia da fundação do clube, é preciso ter em mente que o Vasco nasce através do anseio de vários homens por uma instituição que congregasse brasileiros e portugueses. Talvez, muitos outros homens além desses citados por toda uma tradição literária vascaína, tenham contribuído de igual monta à fundação do Vasco, mas, por questões de escassez de fontes, historicamente não sejam lembrados. 
As comemorações do IV Centenário da Descoberta do Caminho Marítimo para as Índias influenciaram no nome da nova instituição náutica e nos seus símbolos, principalmente, o maior deles, a cruz que os fundadores do Clube deram ao Vasco, inspirada naquela presente nas naus portuguesas no período das Grandes Navegações. De acordo com Freitas:
"O nome e symbolo, nasceu pode-se dizer d'um feliz acaso. Por esse tempo tinha-se festejado pomposamente no Rio de janeiro o Quarto Centenário da descoberta do caminho marítimo das Índias por Vasco da Gama. E por toda a parte aparecia, nas festas, nos cortejos, nas revistas e jornaes ao lado do nome do grande navegante a Cruz de Christo usadas nas Caravellas (a que nos acustumanos a chamar de Malta [...] Dahi o nome e symbolo, aceito entusiasticamente por todos, podendo dizer-se que já tinha nome, antes de vir ao mundo!"(José Lopes de Freitas, 1945, s.p.).
Concomitante aos anseios desses rapazes do Centro do Rio, soube-se que pela região do bairro da Saúde um grupo chefiado pelos irmãos Couto - Francisco (que viria a ser o primeiro Presidente), Antonio, Adolpho, Alfredo e José -, com João Amaral, Marciano Rosas e Dr. Henrique Lagden possuíam o mesmo propósito, qual seja, fundar um clube de regatas. Eis que através do intermédio de Henrique Monteiro, houve a união dos interesses de todos, possibilitando a fundação de um único clube.
Após algumas reuniões preliminares, em 21 de agosto de 1898, na Rua da Saúde n.º 293 (atual n.º 345 da rua Sacadura Cabral), é fundado o CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA! Nesta primeira reunião, elegeu-se a diretoria e Francisco Gonçalves Couto Junior foi eleito presidente. Todavia, o número total de sócios fundadores não estava presente. Foram 62 os sócios fundadores que estiveram reunidos na Assembeia Geral que fundou o clube, mas, como a própria Ata de Fundação nos diz, entre os próprios eleitos: "alguns d'elles achavam-se ausentes". (Para mais informações a respeito do local de fundação do clube, ver: http://www.memoriavascaina.com/2014/01/rua-da-saude-n-293-o-vasco-nasceu-para.html)
Sem perder muito tempo, os vascaínos iniciaram a vida administrativa do novo clube. Definiu-se uma sede provisória, alugaram para este fim um sobrado na antiga Rua da Saúde n.º 127 (atual n.º 167 da rua Sacadura Cabral), em frente Largo da Imperatriz. Enquanto isso, preparavam a sede definitiva, na Praia Formosa, localizada na Ilha das Moças, onde o clube se instalou em novembro de 1898 (ver: http://www.memoriavascaina.com/2014/01/a-primeira-sede-do-vasco-rua-da-saude-n.html).
Em sua sede provisória, uma das iniciativas pioneiras do Vasco, tendo a frente José Lopes de Freitas, foi a montagem da primeira escola para a prática do remo na cidade do Rio de Janeiro. Os sócios vascaínos tinham aulas noturnas e muitos deles davam os passos iniciais no sport.
"Foi ali também que se organizou a primeira Escola de Remo dirigida pelos dois Freitas, o José Lopes e o João Cândido. Tôdas as noites das sete as dez (dezenove e vinte e duas) davam eles aulas práticas no "VAGAROSO", bote alugado e armado a quatro remos com palamenta, e, na "IARA" cedido por João Amaral, barquito de quatro metros de comprimento, armado com quatro remos de voga com pretensões a baleeira." (FREITAS apud ROCHA, 1975, p. 17).
Essa iniciativa do Vasco, de certa forma, permitia o acesso das camadas populares à prática do remo, haja vista que muitos de seus associados eram funcionários do comércio do centro do Rio. Através do controle da União de Regatas Fluminense, o acesso à prática das regatas passou a ser restrito aos clubes, muitos dos quais possuíam estatutos restritivos ao acesso das camadas populares.
 As esses rapazes inicialmente se faziam representar entre competidores não filiados ou, principalmente, entre o público que acompanhava as regatas, que crescia cada vez mais. Além disso estavam entre os apostadores combatidos pela União. Ao abrir-se para os funcionários do comércio, muito deles oriundos das camadas mais desprivilegiadas da sociedade carioca, o Vasco escapava da tendência elitista do remo. Essa aproximação do Clube com as camadas populares seria ainda mais forte com o advento do futebol na instituição.         
As elites, no intuito de constituir a prática do remo como símbolo de status e distinção social, buscavam se destacar e criar espaços específicos e privilegiados para acompanhar as competições de remo. Assim, eram montadas arquibancadas com espaços destinados à "fina flor carioca", deixada separada do povo que fazia esse sport crescer. Nesse contexto, foi fundado o Pavilhão de Regatas (1904), na Praia de Botafogo. A obra, bastante famosa à época, foi financiada pela Prefeitura do Rio e fez parte das reformas urbanas empreendidas por Pereira Passos.
No dia 28 de agosto de 1898, reunidos na sede do Club Recreativo Estudantina Arcas Comercial, foi empossada a primeira diretoria e eleita a comissão para elaboração  do primeiro estatuto. O primeiro uniforme foi aprovado em reunião de diretoria (Atas da Diretoria Administrativa, 06 de setembro de 1898).
Todavia, com a aprovação do estatuto em Assembleia Geral de 10 de setembro de 1898, baseando-nos na documentação enviada para União de Regatas Fluminense, houve alteração na camisa e ficou definida com a Cruz sobre o peito, não mais metade sobre o preto e metade sobre o branco. Posteriormente, haveria uma nova mudança, no contexto das reformas pós-cisão de 1899. Melhores informações na matéria "Os 116 anos da criação do principal uniforme do Vasco": http://www.vasco.com.br/site/noticia/detalhe/11061/os-116-anos-da-criacao-do-principal-uniforme-do-vasco.
Em 03 de novembro de 1898, como parte da documentação enviada à União de Regatas Fluminense para a filiação, o clube demonstra a sua precoce pujança e envia o nome dos seus 187 fundadores. O Vasco nasceu com o destino de ser um gigante do esporte brasileiro. (Documentos da primeira filiação, 03 de novembro de 1898).
Os primeiros barcos vascaínos foram a Zoca (canoa a quatro remos de voga), a Vaidosa (baleeira a quatro remos de voga) e a Volúvel (baleeira a seis remos de voga). A empolgação dos vascaínos fundadores com o início das atividades náuticas do Clube é assim descrita por Freitas (1945, s.p.):
"E como já havia um grupo de remadores, não perfeitos ainda, mas cheios de bôa vontade, foram-se organizando conjuntos, para as tripular. E pela Guanabara, começaram a apparecer, reunidas do fundo da Bahia remadas, umas certas e outras ... "pêanada" (guarnição que remava desacertada) novas embarcações, novos uniformes, novas flamulas! Era o Vasco, o Vasco que ahi está hoje!"
Necessitando organizar-se melhor após o seu nascedouro, o Vasco começou a competir no ano seguinte, em 1899. Como demonstração de sua força, logo em seu ano de estreia veio a primeira vitória em provas, com a Volúvel, no primeiro páreo e ainda um segundo lugar com a Victória (recém-incorporada), uma baleeira a quatro remos. Embora a prova não valesse para o campeonato, chamou a atenção de todos o feito dos vascaínos:
"O Vasco inscreveu-se em canoas a 4 com Zoca (que não correu), em baleeiras 4 com a Victoria e a Vaidosa e em baleeiras a seis com a Voluvel, sendo premiados os seus esforços, com a victoria da Voluvel em 1.º lugar e aVictoria em 2º lugar, o que na epocha foi considerado um grande feito, não só competindo com gente já bem treinada e conhecedora dos segredos do remo. E ainda porque alguns clubes competidores, por la andavam a mais tempo sem serem trapejados pela victoria".
Os anos se passaram e as conquistas do Vasco foram se acumulando. Em 1904, vieram os dois primeiros troféus, a Prova Clássica Sul-América e a Prova Clássica Jardim Botânico. Logo após os seus primeiros anos de fundação, o clube tornou-se bicampeão de remo da cidade em 1905 e 1906, demonstrando a sua grandeza e realizando um feito que outros clubes mais antigos não haviam conseguido.
Um grandioso tricampeonato em 1912, 1913 e 1914 veio consolidar o Vasco como o maior clube náutico do Rio de Janeiro e um gigante do remo no Brasil. Nessa época, a ginástica e o tiro já eram praticados pelos sócios vascaínos. Outrossim, acompanhando uma tendência que se espalhava pela cidade, crescia cada vez mais a influência do futebol entre o quadro associativo vascaíno e muitos sócios começavam a solicitar inserção desta prática no clube, fato que viria a ser consumado a partir de 26 de novembro de 1915.
As vitórias no esporte náutico seguiram correntes constantes. Na contemporaneidade, o clube tem orgulho de ostentar seu pavilhão centenário pelas águas cariocas. Dentre os títulos e conquistas de regatas, podemos citar:
- 46 títulos cariocas de remo (masculino), sendo o único a conquistar 16 vezes seguidas o título (1944-1959):
1905, 1906, 1912, 1913, 1914, 1919, 1921, 1924, 1927, 1928, 1929, 1930, 1931, 1932, 1934, 1935, 1936, 1937, 1938, 1939, 1944, 1945, 1946, 1947, 1948, 1949, 1950, 1951, 1952, 1953, 1954, 1955, 1956, 1957, 1958, 1959, 1961, 1970, 1982, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2005 e 2008
- Campeonato Brasileiro Masculino (1987, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2007, 2008 e 2009)
- Campeonato Brasileiro Feminino (2005 e 2007)
- Troféu Brasil de Remo (1987, 1998, 2000, 2001,2002, 2007, 2008 e 2009)
- Troféu Brasil Unificado: (2007, 2008, 2009).
Glória eterna ao Gigante vascaíno, que nasceu no mar e fez-se grandioso na terra com a luta de todos.
Como diz um antigo dito vascaíno:
 "O Vasco é um clube rico de adeptos trabalhadores e dedicados"
VASCO!!
Vice-Presidência do Departamento de Relações Especializadas
Divisão Centro de Memória
Equipe:
Denis Antonio Carrega Dias (Vice-Presidente do Departamento de Relações Especializadas)
Henrique Hübner (Diretor)
Raphael Milenas (Diretor)
Walmer Peres Santana (Historiador)
Fonte: http://www.vasco.com.br/site/noticia/detalhe/11296/117-anos-de-um-gigante  e NETVASCO

Vasco Ata de Fundação 1898

Vasco Ata de Fundação 1898

Vasco Ata de Fundação 1898

segunda-feira, 29 de junho de 2015

GUERREIROS DO ALMIRANTE 2015: NOS 70 ANOS DE RAUL SEIXAS UM DOS MELHORES TRIBUTOS JÁ FEITOS AO ROQUEIRO VEM DA TORCIDA DO VASCO

Raulzito não era exatamente o cara mais fanático por futebol. 
São poucas as referências em suas letras, como em Trancos e Barrancos (“Pra que pensar se eu tenho o que quero / Tenho a nega, o meu bolero, a TV e o futebol”) e em Quando Você Crescer (“E o futebol te faz pensar que no jogo você é muito importante, pois o gol é o seu grande instante”). 
Mesmo em Super Heróis, há uma crítica velada em tempos de censura pela ditadura militar. No entanto, o músico tinha a sua preferência dentro de campo. O baiano radicado no Rio de Janeiro tinha sua preferência pelo Vasco, por mais que não fosse dos cruzmaltinos mais praticantes.
De qualquer forma, a relação entre Raul Seixas e o Vasco rendeu uma das músicas de torcida mais legais do futebol brasileiro. O apanhado histórico de Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás foi respeitado pelos cruzmaltinos, em uma letra mais comprida do que o costumeiro. E que reconta as grandes histórias vividas pelo clube. Na semana em que Raul completaria 70 anos se ainda estivesse vivo, vale resgatar a homenagem, cantada há alguns anos (ainda não dez mil) nas arquibancadas de São Januário:

EU NASCI AMANDO O VASCO DEMAIS
“Eu nasci amando o Vasco demais
Tua glória, Vasco, tua história não esqueço jamais
Eu nasci Amando o Vasco demais
Tua glória, Vasco, tua história não esqueço jamais
Eu vi o Dener com seus dribles de moleque
O Edmundo brilhar em 97
E o Sorato de cabeça, o gol do Bi, Em pleno Morumbi (eu vi)
Vi o Cocada acabar com a mulambada
Carlos Germano nossa eterna muralha
E a torcida vascaína, sempre unida,
Construiu a nossa casa! (eu vi)
Vi o Quiñonez balançando a cabeleira
O Pai Santana beijando nossa bandeira
E a virada mais bonita da história, o Juninho incendeia”
Fonte: http://m.trivela.uol.com.br/nos-70-anos-de-raul-seixas-um-dos-melhores-tributos-ja-feitos-ao-roqueiro-vem-da-torcida-do-vasco/

Guerreiros do Almirante




terça-feira, 5 de maio de 2015

VASCO 2015: MOSAICO “O MARACANÃ É NOSSO DESDE 50”.

Antes de a bola rolar no Maracanã para a final do Campeonato Carioca, as Torcidas de Vasco e Botafogo enfeitaram as arquibancadas do maior estádio do Rio de Janeiro com seus mosaicos.
Como havia prometido, a Torcida do Gigante da Colina fez seu mosaico-protesto ao escrever “o Maracanã é nosso desde 50”. A frase diz respeito à polêmica dos lados das Torcidas no Maracanã. Historicamente, o Vasco sempre ficou no lado direito. Com a concessão acertada pelo Fluminense, a Torcida cruzmaltina mudou de lado.
Fonte: http://esporte.band.uol.com.br/futebol/estaduais/carioca/2015/noticias/100000749113/torcida-do-vasco-leva-mosaico-protesto-ao-maracana.html

Ficar durante uma semana inteira procurando fotos do Maracanã pra contar quantidade de degraus que tinha em cada setor e quantidade de cadeiras nos blocos (pelo celular) pra chegar com um esboço das letras que formam o mosaico
- Acordar 6 da manhã em pleno domingo e ficar das 9:30 até quase 13:00 sob um calor da porra pra montar o mosaico. Com direito aos seguranças do Maracanã nos pressionarem nos últimos 15 minutos pra que encerrássemos a montagem, sendo que ainda tinha o numero 5 inteiro pra montar e o 0 pra revisar. 
Conseguimos finalizar antes da abertura dos portões.
- Depois de toda essa correria, fui tomar minha cerva... Ai por volta de 14:30 recebo uma ligação avisando que o vento tinha descolado um monte de folhas das cadeiras do setor inferior, e que era pra eu entrar correndo pra ajudar a corrigir. Então saí em disparada pra entrar. Chegando na arquibancada, olhei pra um lado e pro outro tentando identificar algo. Mas não tinha condições nenhuma. Boa parte do setor já tava cheio.
Não tinha referencia alguma pra tentar corrigir algo. Pensei "seja o que Deus quiser"
- Quando o mosaico foi erguido foi aquela aflição pra saber se tinha dado certo. Até que recebi essa foto e foi o momento que saiu um peso do tamanho do Maracanã das minhas costas.
Aí foi a alegria. Fiz questão de mostrar a foto pra cada um dos amigos que estavam por perto.
Pra quem se aventurou nesse projeto tendo como experiência apenas um passatempo de quando criança, que era justamente desenhar letras em folhas milimetradas, o resultado superou todas as expectativas.
Foi uma experiência muito gratificante, que vai ficar marcada pra mim. Principalmente pelo reconhecimento de todos que fizeram questão de me parabenizar pessoalmente ainda durante o jogo, depois em São Januário, aqui no face me citando nas fotos e comentários... (notificação pra caramba, mané ahaha)
Mas nada disso teria acontecido se não fosse por um cara: Pedro Henrique Caixeiro, que em 3 dias levantou a grana para confecção do mosaico. TU É FOD.., ANÃO!!! E tantos outros que ajudaram nos bastidores. E a galera que participou da montagem no Maracanã. Estão todos de parabéns! Só nós sabemos a pauleira que foi...
Que venham os próximos!!!" Texto escrito por André Luís (Dedé)

FLAVINHO COSTA: Acompanhei de perto sua aflição nos segundos - que pareceram horas - entre o papel subir, o mosaico aparecer e eu te mostrar a foto que deu certo.
Parabéns, André Luís. você mandou bem pra caramba!!!

DANIELA CALDEIRA LINHARES:  Das coisas que já vivi, certamente essa vai ficar marcada pra minha vida inteira. Ninguém tinha noção que ia ser tão complicado. Me deixou maravilhada a união. Todo mundo ali fez em prol do Vasco. Sem vaidade, buscando sempre agilizar o máximo. Não sai da minha cabeça a pressão que levamos no final. O tira e bota de papel. A correria. Chamei atenção de muita gente pra não amassar os papéis antes do início do jogo. Até minha mãe tava paranóica, com medo de dar errado. Por isso que eu chorei quando vi o telão, quando vi as fotos. Parabéns, cabeção! Se eu tava nervosa, imagina você. 
Juntos, somos ainda maiores. O Gigante tem, sim, uma Torcida à sua proporção. Orgulho define. 

PEDRO HENRIQUE CAIXEIRO: Emocionado com seu texto. Você segurou uma pressão sinistra pra montar isso. Juntos somos muito fortes. Esse foi só o primeiro.

ARTUR CESAR: Simplesmente fantástico!!! Parabéns a todos que participaram dessa festa maravilhosa ontem... Tanto na desgastante mas recompensadora montagem quanto na compreensão da Torcida pra tudo dar certo como deu.

EMERSON CONCEIÇÃO: André Luís, parabéns, ficou lindo! Parabéns também ao Pedro Henrique Caixeiro juntamente com os demais envolvido, vocês fizeram acontecer. O Vasco é feito de iniciativa e amor, foi assim no passado e assim que tem que continuar sendo. Se fortaleçam cada vez mais, sempre colocando a vaidade para a lateral (escanteio pode ser perigoso), não vão faltar os invejosos e os sabotadores e na primeira falha, arrotarão em vossas caras, se isto acontecer siga em frente com a humildade que lhes são peculiar. sv!

FONTE: FACEBOOK MAIO DE 2015

Vasco Mosaico 2015

Vasco Mosaico 2015

Vasco Mosaico 2015

Vasco Mosaico 2015

Vasco Mosaico 2015

quarta-feira, 8 de abril de 2015

VASCO REAL 1977: VASCO REAL OU VASCOREALENGO

Essa dúvida foi criada devido a achar algumas matérias em jornais utilizando os dois nomes, afinal qual era o certo.
“Não era Vasrealengo, tínhamos umas faixas que incluímos o nome do Bairro, porque havia uma loja de Vascaínos portugueses no Ceasa, que a firma deles se chamava Banana Real, e tinham algumas pessoas que achavam que a nossa Torcida tinha algum vínculo com essa firma, entendeu? Apesar de até serem conhecidos nossos e Vascaínos, não tinham nada a ver com a Vascoreal.
Por isso colocamos o nome do Bairro pra sinalizar que Real estava vinculado ao Bairro de Realengo”, falou a antiga Relações Públicas da Torcida Ângela Matias Baptista.
“Fizemos também uma faixa, pra época da COPA DO MUNDO. Enorme. VASCO REAL COM O BRASIL NO MUNDIAL. Era verde e amarela. Inclusive a cruz de Malta. Era linda!”, disse outra antiga Relações Públicas Vilma Matias Baptista.

ESCLARECIMENTO
Aproveito a oportunidade que nos é dada pelo Jornal dos Sports, queria esclarecer que o nome Vasco Real, significa Torcida do Vasco da Gama do Bairro de Realengo. Sendo aproveitadas as quatro primeiras letras do nome do simpático lugar, para formar a palavra Real.
Todo esse grupo de abnegados Vascaínos, é formado quase que em sua maioria por feirantes (e também estudantes) e por esse motivo se você é feirante e Vascaíno de coração venha torcer e vibrar conosco pois estaremos esperando por você de braços abertos.
Procurar Diamantino ou José Antônio.
Ou ainda no endereço: Rua Olímpia Esteves, Lote 27, Quadra 28, Realengo.
Fonte: Jornal dos Sports 08 de Junho de 1977


Vasco Real Ângela, Daise, Sueli e Vilma 1977

Vasco Real São Januário 1978

Vasco Real Jornal dos Sports 1977


domingo, 1 de março de 2015

FORÇA JOVEM 1997: VENDA DE MATERIAL NO MARACANÃ

 A Força Jovem sempre disponibilizou um espaço nos Estádios para venda de seus materiais, sempre próximo ao espaço onde fica concentrada a Torcida, no Maracanã ao lado onde ficava a antiga Sala.

BERMUDAS, CAMISAS, AGASALHOS ....
A Força Jovem produz além dos materiais convencionais - camisas, agasalhos, bermudas bonés, adesivos, etc. outros artigos como CD, chinelo, chaveiro, caneta e outros.
Fonte:  Rosana da Câmara Teixeira, Os Perigos da Paixão: filosofia e prática das Torcidas Jovens Cariocas.
  
Força Jovem Maracanã 1997

Força Jovem Maracanã 1997

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

FORÇA JOVEM 1981: FORÇA JOVEM NO CARNAVAL DA IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE

Ele não é esportista, mas seu nome está diretamente ligado ao futebol, pois compôs os hinos de nada menos que 11 clubes cariocas, incluindo os quatro grandes. O compositor Lamartine Babo foi tema da Imperatriz Leopoldinense em 1981, com o enredo "O Teu Cabelo Não Nega - Só Dá Lalá", em referência a uma das marchinhas de carnaval de sucesso composta por ele. O refrão do samba era "Neste palco iluminado / Só dá lalá / És presente imortal / ó dá lalá / Nossa escola se encanta / O povão se agiganta / É dono do carnaval". Apaixonado por futebol e carnaval, Lamartine soube retratar em suas músicas com humor refinado e irreverência estes dois mundos bem diferentes e ao mesmo tão próximos. Não é à toa que a escola de Ramos foi a grande campeã do carnaval carioca naquele ano. 

As principais Torcidas Organizadas dos Clubes do Rio participaram do desfile na Ala “Lalá do Futebol”, a Força Jovem estava presente com seus componentes e duas grandes bandeiras.

Força Jovem Carnaval na Imperatriz Leopoldinense 1981

Força Jovem Carnaval na Imperatriz Leopoldinense 1981

Força Jovem Carnaval na Imperatriz Leopoldinense 1981

Força Jovem Carnaval na Imperatriz Leopoldinense 1981

Força Jovem Carnaval na Imperatriz Leopoldinense 1981
Vasco Jornal dos Sports 1981

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

TOV 1954: AS CLARINADAS DO RAMALHO

O primeiro grande jornalista esportivo brasileiro, Mário Filho, que tanto lutou pela construção do Maracanã, descobriu que a casa acabara com a figura do torcedor. 
Em seu lugar, entrara a multidão compacta. 
Sentiu saudade do tempo em que os torcedores eram conhecidos nos pequenos Estádios, tinham a sua voz ouvida.
No "Maraca", no entanto, só um coro era ouvido. Verdade! Apenas um daqueles folclóricos torcedores salvara-se de virar multidão:
Domingos do Espírito Santo Ramalho.
Esta é uma das mais interessantes histórias já surgidas nas arquibancadas brasileiros.
Quando o Vasco da Gama tinha jogo, o Ramalho ia ao Jardim Gramacho, em Caxias, e cortava talos de mamão, para transformá-los em clarins.
Levava, sempre, dois ao Estádio, para não passar por apertos, caso um dos seus "instrumentos" falhasse. As suas clarinadas eram sagradas.
Até o dia em que o glorioso Club de Regatas Vasco da Gama expediu-lhe uma carta, comunicando-lhe de que ele estava banido do seu quadro associativo. Por falta de pagamento.
Que pena, Ramalho! Ele só ainda não havia passado por tal vergonha, antes, porque o Diretor de futebol cruzmaltino, Antônio Calçada, pagara um ano inteiro de suas mensalidades. Vencida a benesse, ele não tinha como honrar o compromisso, pois a sua renda, como estivador no Cais do Porto do Rio de Janeiro, malmente, dava para alimentará-lo, e sua mulher, com os cinco filhos. A sua  barra era pesadísisma.
Muito triste, devido ao inesperado sucedido, o desolado Ramalho foi ao Calçada e mostrou-lhe o 'memorandum' do clube. Que horror! Logo com ele? Tudo o que sempre mais quisera daquela sua vidinha de trabalhador e torcedor era dizer: "Sou sócio do Vasco!" E exibir a sua carteirinha.
Por aqueles dias em estivera banido da instituição que tanto amava, o abatido Ramalho não compareceu ao Maracanã, para expandir as suas clarinadas durante os jogos contra o América (1 x 1, em 02.10.1954), o Flamengo (1 x 2, em 17.10.1954), pelo Campeonato Carioca. Pior para a "Turma da Colina". A rapaziada perdeu altura no voo do "Urubu" e enganchou nos chifres "Diabo". Para os craques Vascaínos, o motivo daqueles dois insucessos não seria outro. Seguramente, a falta que haviam sentido do som do Ramalho. E foram se queixar ao Calçada.
Motivo mais do que definido para os dois tropeços cruzmaltinos, o Calçada presentiu que era preciso encontar o Ramalho, rápido. Se possível, pra ontem! Caso contrário, os jogadores iriam ficar esperando pela suas clarinadas, que não ouviriam, e poderiam complicar mais a vida do time no campeonato. Imediatamente, ele chamou o Presidente Artur Pires e o Diretor José Rodrigues, e se mandaram, em busca do homem. O Pires, por sinal, fizera questão, absoluta, de integrar a comitiva. mais do que rapidão, vasculharam as fichas dos sócios e localizaram a casa do Ramallho na Barreira do Vasco, pertinho de São Januário. Mas o carinha não morava mais por lá. Mudara-se, para Bonsucesso. Então, os três foram pra a Zona Norte. Pergunta daqui, dali, dacolá, de repente, ficaram sabendo do que queriam e até que o procurado havia passado por uma cirurgia. 
Enfim, o trio de cartolas Vascaínos encontrou a casa do Ramalho. 
Quando o Cadillac do Presidente Arthur Pires parou à porta de uma humilde casinha, o Diretor de Futebol bateu à porta, foi atendido por um garoto, mas quem apresentou-se foi o Pires. No ato, um garoto gritou: "Mãe! É o Presidente do Vasco!"
O "músico mamoneiro" Ramalho não estava. Naquele instante, trabalhava no Cais do Porto. Mas não estava operado? Calçada esperava encontrá-lo acamado. A mulher do torcedor, no entanto, deu-lhes uma boa nova: o seu marido vinha tendo uma bela recuperação – da cirurgia em um calo na boca, provocado pelas suas clarinadas. "Graças a Deus, está melhor", disse ela.
Diante da boa notícia, Antônio Calçada e Pires enfiaram as suas mãos nos bolsos das suas respectivas calças e avisaram que o Vasco pagaria todas as despesas da operação que tirara o Ramalho de combate. 
Se este achava que as suas clarinadas davam sorte ao time, eles também. 
E Calçada fez mais: pagou toda a dívida do sócio banido, por mais um ano. 
Deixou o Ramalho recuperado, associativamente, pronto para voltar a exibir a sua carteirinha. O Vasco precisaria das suas clarinadas, no domingo. 
Que ficasse bom, logo!
Fonte: http://kikedabola.blogspot.com.br/2014/08/blog-post_47.html


Vasco Domingos Ramalho e Dulce Rosalina 1958