Participei, ontem com
Washington Rodrigues, de uma reunião do Secretário de Esportes e Turismo,
Trajano Ribeiro, com os líderes das Torcidas Organizadas dos Clubes Cariocas e
que formam a ASTORJ, Associação das Torcidas Organizadas do Rio de Janeiro.
Foi um bate-papo
extremamente saudável, do qual participaram também o novo Superintendente da
Suderj, Robson Gracie, e representantes da Polícia Militar.
Estes, por sinal,
foram responsáveis pela informação mais civilizada da reunião, a PM não
trabalha mais no Maracanã armada de revolveres.
A questão mais
discutida durante o encontro foram as brigas entre torcedores dos Clubes
visitantes e os cariocas,
Toninho, da Força
Jovem do Vasco, pediu, inclusive, que o Governo do Rio de Janeiro entrasse em
contato com os Secretários de Segurança dos demais Estados, para que fosse
assegurado um mínimo de proteção ao pessoal daqui que acompanha os seus Clubes.
“Em Belo Horizonte,
denunciou Toninho, a polícia não se limita a deixar de nos proteger. Ela ajuda
os torcedores mineiros a nos espancarem.
José Vaz, dos Dragões
Rubro Negros, propôs um encontro das Torcidas Organizadas de todo o país, em
nossa cidade, sob o patrocínio do Governo fluminense. Trajano Ribeiro gostou da
idéia e prometeu colaborar com a realização do encontro, até porque a sua
Secretaria também trata de Turismo e as relações entre os torcedores é um
assunto que interessa ao nosso turismo.
Um passo importante
foi a atitude tomada pelo Chefe da Vasguaçu, que ofereceu, antes da partida do
domingo, um churrasco aos torcedores do Palmeiras que nos visitaram.
Por causa
de atitude como essa, não houve qualquer conflito nem antes, nem durante nem
depois de Vasco x Palmeiras. E olha que foi um jogo muito quente.
A reunião foi, sem
dúvida, um passo a frente nas relações do público com o seu Estádio. Os líderes
dos torcedores presentes perceberam que eles adquiriram um novo status dentro
do Maracanã, onde, afinal de contas, eles e os jogadores são os principais responsáveis
pela beleza dos espetáculos.
De agora em diante, os torcedores poderão usar
papel picado, os tricolores poderão utilizar o seu talco tradicional, enfim,
nada que contribua para o espetáculo será proibido.
Em compensação, os Chefes
de Torcidas estarão vigilantes para que não sejam usados fogos de artifício.
Toninho lembrou que
há uma fábrica desses fogos que trazem na caixa um desenho mostrando um
torcedor soltando um foguete no Maracanã.
Ou seja, a própria indústria sugere a
prática que tem produzido tantos acidentes em nossos Estádios.
Fonte: Jornal O Globo
12 de Abril de 19832 ANOS DA ASTORJ
Presidente: Armando Giesta (Young Flu)
1º Vice Presidente: Cláudio César (Raça Rubro Negra)
2º Vice Presidente: Dulce Rosalina (Renovascão)
Secretário Geral: Amorim (Torcida Eternamente Bangu)
Secretária: Fátima (Young Flu)
Tesoureiro Geral: Homero (Charanga Rubro Negra)
Tesoureiro Um: José Carlos Loureiro (Charanga Rubro Negra)
Relações Públicas: Beto (Raça Rubro Negra)
Diretor Social: Ely Mendes (Força Jovem)
Representantes na Federação: Nilton Capagnac (Torcida Jovem do Flamengo) e Antônio (Força Jovem)
Conselheira: Helena (Fiel Tricolor)
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| Força Jovem, Vasguaçu e ASTORJ O Globo 1983 |
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| ASTORJ Jornal dos Sports 1983 |
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| Força Jovem Maracanã 1982 |
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| Força Jovem Maracanã 1982 |




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