sábado, 19 de abril de 2025

FORÇA JOVEM 1994: VASCO X FLAMENGO: MARACA VIVE TARDE DE GALA E DE EMOÇÃO

Num dia de homenagens a Dener, Torcida viu até show de paraquedismo.

Foi o jogo das homenagens ao craque Dener. E o espírito do jogador, com certeza, já pode descansar em paz, pois o público de mais de 100 mil pagantes prestou as devidas honras ao ex Vascaíno. Nem a derrota da equipe de São Januário, arranhou a lembrança do moleque de pernas tortas e de jogadas geniais. Já por volta das 15 horas, o artista Eri Johnson, Vascaíno roxo, afirmava que a partida tinha um sabor especial para todos os torcedores.

“Quando o jogador é craque, ele deixa de ser de um clube. Ele passa a ser de uma pátria”, explica o artista.

E era mesmo uma pátria inteira que entrava pelos portões do Estádio. As duas Torcidas invadiam o “maior do mundo” como se fosse sua sala de estar. A multidão, se colorindo de vermelho, preto e branco ia tornando conta das dependências do Maracanã. A festa deixava de ser uma promessa e passava a ser realidade. Não havia espaço para outro assunto que não fosse futebol.

Os olhos atentos das arquibancadas vibraram quando um grupo de paraquedistas pousou no gramado, em homenagem ao ex-craque morto na última terça feira. A Torcida Força Jovem do Vasco contratou seis paraquedistas para descerem, no centro do campo, trazendo, cada um, uma bandeira. O primeiro a descer, trouxe uma bandeira negra com o nome de Dener escrito em branco. Foi aplaudido pelo Estádio inteiro.

Depois, desceu o segundo, o quarto, o quinto e o sexto paraquedista.

O terceiro “homem dos céus” calculou mal sua velocidade e o vento, e acabou parando na marquise do Estádio.

A essa altura, não havia mais aquele tradicional cordão de isolamento, separando as duas Torcidas na arquibancada.

Quando os dois times entraram, a festa foi geral. Uma fumaceira vermelha e preta, vindo do lado rubro negro, se misturava com a laranja e com os papéis picados, que saiam da cruzmaltina. Os coros de Vascôô e Mengôô ecoavam pelos anéis superiores do Maracanã, aumentando a adrenalina de todos.

O minuto de silêncio foi marcado, primeiro pelos gritos de “Adeus Dener” vindos da Raça Rubro Negra. Depois, pelo coro “Olê, Olê, Olê, Olê, Dêner, Dener, imposto pela Torcida de São Januário....

Obrigado, Dener.

Fonte: Jornal dos Sports 25 de Abril de 1994

 

Força Jovem Maracanã Jornal dos Sports 1994

Vasco Dener 1994

Força Jovem Maracanã 1994

Força Jovem Jornal dos Sports 1994

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