Num dia de homenagens a Dener, Torcida viu até show de paraquedismo.
Foi o jogo das homenagens ao craque Dener. E o
espírito do jogador, com certeza, já pode descansar em paz, pois o público de
mais de 100 mil pagantes prestou as devidas honras ao ex Vascaíno. Nem a
derrota da equipe de São Januário, arranhou a lembrança do moleque de pernas
tortas e de jogadas geniais. Já por volta das 15 horas, o artista Eri Johnson,
Vascaíno roxo, afirmava que a partida tinha um sabor especial para todos os
torcedores.
“Quando o jogador é craque, ele deixa de ser de um
clube. Ele passa a ser de uma pátria”, explica o artista.
E era mesmo uma pátria inteira que entrava pelos
portões do Estádio. As duas Torcidas invadiam o “maior do mundo” como se fosse
sua sala de estar. A multidão, se colorindo de vermelho, preto e branco ia
tornando conta das dependências do Maracanã. A festa deixava de ser uma
promessa e passava a ser realidade. Não havia espaço para outro assunto que não
fosse futebol.
Os olhos atentos das arquibancadas vibraram quando um
grupo de paraquedistas pousou no gramado, em homenagem ao ex-craque morto na
última terça feira. A Torcida Força Jovem do Vasco contratou seis
paraquedistas para descerem, no centro do campo, trazendo, cada um, uma
bandeira. O primeiro a descer, trouxe uma bandeira negra com o nome de Dener
escrito em branco. Foi aplaudido pelo Estádio inteiro.
Depois, desceu o segundo, o quarto, o quinto e o sexto
paraquedista.
O terceiro “homem dos céus” calculou mal sua
velocidade e o vento, e acabou parando na marquise do Estádio.
A essa altura, não havia mais aquele tradicional
cordão de isolamento, separando as duas Torcidas na arquibancada.
Quando os dois times entraram, a festa foi geral. Uma
fumaceira vermelha e preta, vindo do lado rubro negro, se misturava com a
laranja e com os papéis picados, que saiam da cruzmaltina. Os coros de Vascôô e
Mengôô ecoavam pelos anéis superiores do Maracanã, aumentando a adrenalina de
todos.
O minuto de silêncio foi marcado, primeiro pelos
gritos de “Adeus Dener” vindos da Raça Rubro Negra. Depois, pelo coro “Olê,
Olê, Olê, Olê, Dêner, Dener, imposto pela Torcida de São Januário....
Obrigado, Dener.
Fonte: Jornal dos Sports 25 de Abril de 1994
Força Jovem Maracanã Jornal dos Sports 1994 Vasco Dener 1994 Força Jovem Maracanã 1994 Força Jovem Jornal dos Sports 1994
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