domingo, 30 de outubro de 2016

VASCO 2016: LIVRO "100 ANOS DA TORCIDA VASCAÍNA", 1944 SURURU NA GÁVEA

                                                  “O pau comeu, eu garota, já vi...e pá e tá e pá, de cá”
                                                                Dulce Rosalina sobre um Vasco e Flamengo

1944                           Sururu na Gávea

Entramos no ano de 1944 e a primeira novidade era a apresentação dos hinos oficiais das torcidas, produzidos pelo compositor e radialista Lamartine Babo. Tudo começou quando ele foi desafiado em criar músicas para os clubes cariocas. O artista não fez por menos, e elaborou os hinos que seriam imortalizados nas arquibancadas para sempre. Em janeiro, o Jornal dos Sports anunciava a criação da primeira música: “será lançado no dia 10 o Hino da torcida Rubro-negra. No Teatro João Caetano, em primeira audição o Hino composto por Lamartine Babo (...) Foi o primeiro dos clubes, mas outros serão feitos (...) músicas especialmente compostas para serem cantadas por sua torcida”. O jornal escrevia na íntegra o hino do Flamengo. Pouco dias depois, era apresentado o hino do América.
            Esporte que foi incorporado à musica popular desde os primeiros anos, não foram poucas as partidas decisivas que terminariam em verdadeiros carnavais fora de época. Sem contar as inúmeras músicas feitas de improviso pela torcida em pleno clímax do jogo. Mário Filho, em O Negro no Futebol Brasileiro, chama a atenção para um fato curioso: no início do futebol carioca, as canções de celebração de vitórias tinham ainda um caráter britânico, obedecendo ao costume inglês das canções de brinde, ao redor da mesa da celebração. Pouco a pouco, as canções foram ganhando caráter mais popular (LOPES, 2006).
            Nos anos 1940 as marchinhas de carnaval faziam um enorme sucesso em diferentes lugares. Por isso elas eram constantes no repertório dos torcedores, entretanto, o que imortalizou a relação entre música e futebol, foram estes novos hinos das torcidas. É bem verdade que não foram os primeiros hinos, nem são os oficiais, mas até hoje são cantados pelos torcedores como os hinos principais de seus clubes.
            Lamartine Babo, além de ser um grande compositor popular, criador de inúmeras marchinhas de sucesso, era um fanático torcedor do América e soube como ninguém demonstrar, através de expressões populares, o sentimento dos torcedores das arquibancadas. Logo, junto com as marchinhas de carnaval, as torcidas entoaram seus novos hinos nos estádios.
            A ligação das torcidas com o carnaval se fazia através da formação de bailes carnavalescos promovidos pelos clubes que contavam com o apoio de suas torcidas na divulgação e organização das festas, No Vasco “acabou de organizar a Guarda vascaína. João de Luca está arregimentando foliões que desejam fazer parte da Guarda vascaína, se encontra diariamente na sede na hora do almoço”[1]. No mesmo dia, anunciava que a Guarda[2] Rubro Negra – organizava a festa do baile do Flamengo “e que já se tornou tradição no carnaval carioca o baile que a guarda rubro negra faz realizar nos salões do clube mais querido do Brasil (...) o Flamengo sempre formou a primeira linha dos animadores de carnaval carioca marcando época nos anais da folia suas formidáveis batalhas de confetes e seus concorridos bailes de máscara”[3]. Na mesma época, Vicente Rao, o Rei Momo em Porto Alegre, torcedor do Internacional, se tornava o “primeiro chefe de Torcida Organizada no Sul do Brasil” (DAMO, 2002, p.97).
            As guardas que se formavam para promover o carnaval nos seus respectivos clubes não tinham uma organização permanente, possuíam um caráter temporário e se desfaziam depois dos festejos. Porém, já revelavam uma capacidade de aglutinar sócios e torcedores das agremiações nestes eventos que contribuíam como uma boa fonte de renda para os clubes além de estreitar laços de solidariedade.
Entre 1944 e 1945, o Jornal dos Sports passava por uma reformulação editorial e gráfica com a implementação de modernos recursos do jornalismo e com o tratamento das notícias seguindo o padrão de linguagem norte-americano. Nota-se uma melhor programação visual, com uma diagramação de acordo com os padrões atuais. São utilizados vários novos cronistas permanentes que dão ao jornal um maior cunho opinativo, além de uma maior utilização das imagens com a contratação do cartunista argentino Lorenzo Molas[4]. Figura central do cartunismo esportivo daquele período e criador do “Expresso da Vitória”.
O artista criaria, nesta época, símbolos para todos os clubes: Popeye (Flamengo), Almirante (Vasco da Gama), Cartola (Fluminense), Pato Donald (Botafogo) e Diabo (América). Junto com os grandes clubes havia a personagem Miss Campeonato, uma bela jovem de maiô, vestida nos padrões das misses. Quase sempre as charges se referiam às estratégias de cada clube para conseguir casar-se com ela.
            E este campeonato de 1944 prometia grandes emoções, com a expectativa do Vasco vencer o seu quarto título do ano[5] ou o Flamengo conquistar seu primeiro tricampeonato. Porém, foi a torcida do Fluminense a que mais prestigiou seu clube até o final do primeiro turno do campeonato. Talvez motivada pela liderança na competição até então[6]. Nos jornais, a preocupação era revelar para quem torciam seus jornalistas, afinal “ninguém penetra na janela do esporte pela indiferença”[7]. Com o título de “Nesta vida todos torcem”[8], a revista inaugurava uma série de reportagens tentando matar a curiosidade dos torcedores  sobre o clube de preferência dos jornalistas, entre eles, um declarado rubro-negro: Ary Barroso. Nesta mesma época, o narrador Gagliano Neto apresentava toda quarta-feira o programa de rádio “Conversa de Torcedores”[9]
            O Flamengo, atual bicampeão de cidade, enfrentava problemas após a venda de Domingos da Guia e o desentendimento entre os seus principais jogadores. Em princípio, o maior rival do Vasco era o Fluminense, considerado um forte candidato ao título e líder durante várias rodadas. E foi justamente um Vasco e Fluminense, em setembro de 1944, que protagonizou uma partida bem tumultuada. Assistido por cerca de 20.000 nas Laranjeiras, o jogo foi interrompido no segundo tempo após o segundo gol do Fluminense (Flu 2 a 1) e houve a briga entre os jogadores[10] dos dois clubes, seguida da invasão do campo por várias pessoas. O jogo foi encerrado faltando poucos minutos. No dia seguinte, em um domingo (o jogo foi sábado à noite às  21h. 30min.), o Jornal dos Sports exibia a manchete: “Batalha Inacabada”. Em sua crônica, Mario Filho[11] comentava: “o incidente em Álvaro Chaves limitou-se aos jogadores, nele não se envolveu o público, que se conservou em seu lugar, como simples espectadores. Já se passou, definitivamente, a época das invasões de campo (...) dirigentes, policiais, técnicos e sub-técnicos, sim estiveram na cancha, portanto não vamos querer tanto mal assim ao pobre homem da arquibancada, que desta feita ficou em seu lugar direito:  braços cruzados, assistindo um pouco de Box”.
            Pouco depois do episódio entre Vasco e Fluminense, Flamengo e Botafogo farão uma partida memorável para o Botafogo e de triste lembrança para os rubro-negros. Antes do jogo, a torcida do Flamengo era toda confiança. A começar por Jaime de Carvalho que fazia do Jornal dos Sports o seu porta-voz na convocação dos torcedores de seu time. A reportagem dava a dica: “o chefe da torcida do Flamengo, Jaime de Carvalho, convida todos os seus companheiros e aqueles que desejarem acompanhar a referida torcida ao campo do Botafogo para se reunirem amanhã às 12h, na rua do Catete 321, ou às 15h no campo do Botafogo em General Severiano, a fim de estimularem os players rubro-negros. O local escolhido:  debaixo do placard. Haverá distribuição de flâmulas”[12].
            O jogo até onde durou terminou em 5 a 2  para o Botafogo, com os jogadores do Flamengo sentando no gramado após o quinto gol botafoguense, alegando irregularidade. As duas torcidas ficaram, em um primeiro momento, perplexas com a atitude dos jogadores e estavam aguardando o reinício da partida, que acabou não ocorrendo. O público assim se comportou: “A torcida, a massa, não se manifestou logo. Só foi manifestar-se depois, atiçada pelos gestos dos jogadores, pela presença em campo dos diretores do Flamengo (...) a atitude da torcida do Flamengo era a de quem reconhece a derrota do team[13]. Enquanto dirigentes e jogadores rubro-negros continuavam gesticulando para sua torcida acusando o juiz de estar roubando o seu time, os torcedores do Flamengo tinham que ouvir a gozação dos alvinegros que cantavam[14]: “Flamengo, Flamengo, tua glória é ... sentar”, ou “senta para não apanhar de seis”[15].
Enquanto a torcida botafoguense aproveitava para provocar a adversária durante toda a semana,  agora o Flamengo era motivo também de chacota das outras torcidas. Este exemplo reforça a ideia que no futebol carioca, na maioria das vezes, a “rivalidade é basicamente cordial e divertida” (LEVER, 1983, p.155), produzindo relações jocosas que se ampliam para depois do tempo e do espaço de um jogo, se estendendo para o cotidiano dos torcedores. Durante todo o período não foram pouco os momentos em que os rubro-negros tinham que explicar o porquê daquela atitude. A situação foi tão grave que muitos sócios do Flamengo, de tão envergonhados com aquele episódio, chegaram a redigir um abaixo-assinado pedindo o fim do futebol no Flamengo em 1944. A lista de assinantes era liderada por expoentes do clube, como Gustavo de Carvalho, ex-presidente[16].
            Naquele campeonato o jogo entre Vasco e Botafogo, em São Januário, foi considerado pela imprensa como o mais sensacional do ano, revelando o sucesso absoluto  da campanha vascaína. Após a vitória por 1 a 0, o Vasco, chamado de “Esquadrão dos três títulos”, confirmava o favoritismo e dava passos largos rumo ao título. Ao Botafogo, que com o resultado ficou sem chances de levantar a taça, restou o brilho da disputa presenciada por “enorme assistência (que) vibrou com a intensidade da movimentação e com lances de sensação oferecidos pelo jogo”. O final da partida foi assim descrito pelo JS: “termina afinal o match. A torcida vascaína vibra de grande entusiasmo e os jogadores dos dois clubes se confraternizam em campo e abraçam-se. Os jogadores correm até a tribuna de honra do Vasco e levantam um “hurra” de saudação ao clube vencedor. Reina no estádio entusiasmo indescritível”[17]. O dirigente e cronista Vargas Neto[18] definiu o que foi o jogo com o título de sua crônica: “Belo Espetáculo”. Ao terminar o jogo, ambas as torcidas aplaudiram todos os jogadores reconhecendo o empenho e a luta dos 22 atletas: “vieram os dois quadros juntos saudar a assistência depois de terminado o embate, e as sociais do Vasco recebera-os com palmas”[19]. Após incidentes em alguns jogos, havia uma preocupação da imprensa em exaltar atitudes cordiais dos jogadores e torcedores e não deixar que os sentimentos clubísticos se exacerbassem, principalmente nos grandes clássicos.
            Nos últimos jogos dos candidatos ao título: Flamengo, Fluminense e Vasco, o favoritismo era deste último, pois bastava uma combinação de resultados para a conquista antecipada da taça. A festa vinha sendo minuciosamente programada para o centro da cidade: “a diretoria mandara confeccionar três carros alegóricos para o desfile da vitória  a ser realizado na avenida Rio Branco” (SANDER, 2004, p.103).
            Na partida final, bastava o empate para o Vasco, já o Flamengo necessitava da vitória. Na peleja disputadíssima (descrita por Mario Filho), o grito de gol foi guardado para os momentos finais, através de Valido[20]. Era o tricampeonato do Flamengo. Seria o último título do clube nos anos 40. A animação dos torcedores é descrita com a “natural” invasão do gramado pelos torcedores e a festa nas arquibancadas: “o reduto dos torcedores chefiados por Jayme de Carvalho, de onde partiram os fogos de artifícios e as bombas”[21].
            Em suas lembranças, a torcedora-símbolo Dulce Rosalina, revela o ambiente de guerra durante a partida: “Quando eu era garota, em 1944, o jogo Vasco e Flamengo foi na Gávea. O Vasco, invicto com o “Expresso da Vitória”. Naquela ocasião, um jogador do Flamengo apoiou em cima do Argemiro. Era o Valido! E ai, naquilo fez o gol, o juiz não viu. Eu estava na cadeira, com a bandeira do Vasco e sócia do Vasco. Ai o que aconteceu? O pau comeu, eu garota, já vi...e pá e tá e pá, de cá.. Minhas primas estavam todas brigando, aquela cadeirada toda Vascaína brigando”. Apesar desta lembrança da torcedora confirmar a descrição do clima de guerra no livro de Mario Filho (2003), o Jornal dos Sports reservou algumas imagens de festas nas torcidas e de confraternização entre os líderes (chefes de torcida). Uma das explicações para a ausência de informações nos jornais sobre as brigas entre os torcedores era a censura imposta pelo governo pois a ditadura, embora estivesse com os dias contados, ainda se fazia presente nas principais redações dos jornais.
A polêmica sobre a validade do gol seria a tônica de discussão nas próximas semanas entre os torcedores e jornalistas, que puderam assistir imagens nos cinemas (através de cine documentários[22]) do gol em questão.
Nesses anos os estádios de futebol vão se delineando como espaços de afirmação de condutas ditas “masculinas” e brutas (empurra-empurra, ofensas, cusparadas, brigas). O afastamento progressivo das mulheres dos estádios já vinha ocorrendo há vários anos. A praça esportiva deixou de ser uma opção de lazer da família e passou a ser identificada como um “ambiente masculino por excelência”, mesmo com a ditadura era difícil o controle da situação, alguns jornalistas pedem medidas para manter as mulheres nos estádios. Tomas Mazzoni (1939, p.144) sugere a separação de “senhoras e crianças em localidades distintas, para evitar ouvir palavrão. Nossas partidas não são muito frequentadas pelo sexo fraco, apesar de gostarem muito do futebol”.
            Foi durante os anos 1940 que o rádio esportivo alcançou o seu período de maior sucesso. Era natural que, ao encampar a Rádio Nacional, em 1940, o Governo Vargas mantivesse a programação popular e ampliar ainda mais o poder de difusão do futebol para todo país ao transmitir em ondas curtas. O sucesso do futebol no rádio esportivo funcionava como um canal privilegiado de integração nacional, um dos ideais do Estado Novo. “O rádio esportivo foi essencial para a transformação do futebol em esporte de massa e um importante complemento na definição do rádio como meio de comunicação de massa” (SOARES, 1994, p.17).
            Como a Rádio Nacional ficava no Rio de Janeiro, os clubes da cidade passaram a contar com torcedores em todo o país. Não é à toa que Flamengo e Vasco conquistaram simpatizantes em todas as regiões por onde as transmissões chegavam.
Fonte: Livro “100 anos da Torcida Vascaína”, escrito pelo historiador Jorge Medeiros.



[1] Cf. JORNAL DOS SPORTS. Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 1944, p.05.
[2] Outros clubes já tinham suas guardas desde os anos 1930, (CARVALHO, 1996, p.54) relata o que elas representavam: “a guarda alvinegra era constituída por um grupo de jovens que, em sua informalidade, unia atletas e adeptos (...) podia ser comparada ao que hoje se conhece como torcida organizada. Tinha também o objetivo de oferecer proteção aos torcedores e atletas botafoguenses, em tempos de instalações esportivas pequenas e inseguras”.
[3] Cf. JORNAL DOS SPORTS. Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 1944, p.05.
[5] O Vasco venceu em 1944 o Torneio Início, o Torneio Relâmpago e o Torneio Municipal.
[6] Segundo O Globo Sportivo de 01 de setembro de 1944,  estes foram os números apresentados sobre a preferência do público, até então, no final do primeiro turno de 1944: 1 lugar, Fluminense 115.737; 2 lugar, Vasco 111.394; 3 lugar Flamengo 89.124; 4 lugar, América 75.328 e 5 lugar, Botafogo, 62 311.
[7] Cf. O GLOBO SPORTIVO. Rio de Janeiro, 04 de agosto de 1944, p. 07.
[8]  Cf. ibid. Rio de Janeiro, 28 de julho de 1944, p. 07.
[9] Cf.  ibid. Rio de Janeiro, 01 de setembro de 1944, p. 06.
[10] Durante a semana o comentário principal tinha sido a reação racista de muitas pessoas condenando a agressão do jogador do Vasco (Alfredo) sobre o atleta tricolor, Pedro Amorin. Este, médico e branco, aquele, negro. Na crônica de Vargas Netto, este dizia: “não me parece aceitável o argumento tão usado para descompor Alfredo, do Vasco, dizendo que ele é negro e que, por isso, não pode agredir um branco”. Cf. JORNAL DOS SPORTS. Rio de Janeiro, 01 de junho de 1944, p.01.
[11] Cf. JORNAL DOS SPORTS. Rio de Janeiro, 05 de setembro de 1944, p.02.
[12] Era comum o convite aos torcedores do Flamengo virem seguidos das ofertas de flâmulas. Fica a dúvida se seriam mesmo esses objetos ou a distribuição de ingressos ou bebidas gratuitas. Cf. JORNAL DOS SPORTS. Rio de Janeiro, 09 de setembro de 1944, p. 04.
[13] Cf. JORNAL DOS SPORTS. Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1944, p. 04.
[14] O conceito de relações jocosas  do antropólogo Radcliff-Brown (apud HOLLANDA, 2004, p. 294), ajuda  a entender o comportamento do torcedor, que através de “brincadeiras e gracejos permitem uma ambígua camaradagem entre grupos rivais ou antagônicos, tornando suportáveis certas tensões e conflitos latentes”.
[15] Cf. JORNAL DOS SPORTS. Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1944, p. 04.
[16] Cf. ibid. Rio de Janeiro, 14 de setembro de 1944, pp. 01 e 04.
[17] Cf. JORNAL DOS SPORTS. Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1944, p. 06.
[18] Cf. ibid. Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1944, p. 01.
[19] Cf. Jornal dos Sports em 15 de outubro de 1944, p. 06. Segundo o jornal, o estádio estava completamente lotado, com a presença de 35 mil pessoas, sendo que 10 mil eram sócios do Vasco que não pagavam ingressos, quando o seu clube tinha mando de campo. A mesma regra valia para os outros clubes, daí o interesse em se tornar associado.
[20] O gol gerou uma polêmica durante anos. Muitos acusavam de lance ilegal (Valido teria se apoiado no jogador do Vasco para marcar o gol de cabeça). “Nem o chamado ‘Jornal da Tela’, exibido nos cinemas e única prova disponível da época, foi capaz de esclarecer se houve falta”. (ASSAF e MARTINS, 1997, p.259).
[21] Cf. O GLOBO SPORTIVO. Rio de Janeiro, 30 de outubro de 1944, p.11.
[22] O pesquisador Victor Melo (2006, p.120) fez um levantamento de diversos cinejornais dedicados ao esporte nos Arquivos da Cinemateca Brasileira (São Paulo). Entre os inúmeros cinejornais esportivos desta época, podemos destacar: “O Globo Esportivo na Tela”, “Esporte na Tela”, “O Esporte em Marcha”, “Vida Esportiva”, “Revista Esportiva”. Todos eles surgiram antes do aclamado Canal 100 (entre as décadas de 1950 e 1980). Além disso, o futebol era um tema sempre presente nos cinejornais em geral.

Vasco Jornal Diário da Noite 1944

Vasco Revista Sport Ilustrado 1944

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