quarta-feira, 26 de abril de 2017

TORCIDA DO VASCO 1928: O VASCO DA GAMA PERDE UMA VETERANA E BENEMÉRITA TORCEDORA

Teve logar domingo último, as 10 horas, o enterramento de D. Margarida da Silva Lages Nogueira (viúva Nogueira), no Cemitério da Ordem Terceira de N. S. do Monte do Carmo.
Qual é o sócio do Vasco da Gama que não conheceu a veterana e Benemérita torcedora D. Margarida que foi esposa do dedicadíssimo tesoureiro José Nogueira, falecido em 1911 e que em 1900, na teor das emergências da vida do Grêmio Cruzmaltino (pois acabava de se dar a cisão entre os sócios o que deu resultado a fundação do Club Internacional de Regatas, emergência que trouxe ao club graves apreensões, graças a tenacidade e grande amor de José Nogueira, que sempre animado e impulsionado por sua esposa, deu ele o necessário lenitivo para o prosseguimento do Vasco da Gama e assim, tendo como auxiliar seu cunhado Francisco da Silva Lages, no cargo de Diretor de Regatas, aguentou e tentou com alto valor o prestigio que já após sua fundação possuía o Grêmio de Cruz de Malta?
Qual Vascaíno que não viu D. Margarida desde a fundação do Club a incutir animo e força de vontade aos remadores durante a temporada dos ensaios, nas madrugadas frigidas de junho a agosto, para que levassem o barco a meta do vencedor?
Qual aquele que deixou de vela sempre alegre a entusiasmar a rapaziada para colher novos louros para o Vasco da Gama? Era ela quem conduziu grupos de famílias, com moças de ares festivos e cheias de entusiasmo, quer nas regatas, quer em pic-nics, e quantas vezes ela chorou de alegria ou de tristeza, conforme a sorte, o resultado final de uma prova esportiva.
São pessoas como esta de que muito precisam os Clubs na sua formação, para poderem alcançar as culminâncias do progresso.
Fonte: Jornal O Paiz 02 de Maio de 1928

Vasco Jornal O Paiz 1928

Vasco Jornal O Malho 1928

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