domingo, 20 de agosto de 2017

VASCO 2017: LIVRO "100 ANOS DA TORCIDA VASCAÍNA", 1905 SALVE O ALMIRANTE NEGRO

                                            “Era o delírio do Rowing. Os dias de regatas
                                                   tornavam-se acontecimentos urbanos”
                                                          Cronista João do Rio    

1905                   Salve o Almirante Negro
     
   Vários clubes no Brasil tiveram na sua história capítulos importantes na luta contra a discriminação racial no Brasil, mas poucos podem se orgulhar de tantos momentos decisivos para a superação do preconceito racial quanto o Vasco. Neste ano tivemos o primeiro presidente negro: Cândido de Araujo.
            Candido fazia parte de um grupo de associados que terá um papel preponderante nos rumos do clube nos próximos anos quando alcançará suas primeiras grandes vitórias no remo: “era o Grupo dos XIII, de onde despontava o seu presidente (...) os irmãos Carvalho Silva; Anibal Peixoto; dentre outros. Foram esses sócios pioneiros que, na ausência do seu presidente honorário Alberto Carvalho Silva, determinaram os caminhos de glória do Vasco’[1].
            E foi o próprio Alberto o responsável por trazer da Europa um barco moderno que mudaria a história do clube que “precisava adquirir uma yole de primeira linha, encomendada em fevereiro de 1905, foi fabricada na França pelo estalaleiro Dossumet, ao custo de Fr 4.028,20”[2]
            Para coroar o ano de sucesso o clube vencia seu primeiro campeonato no remo. Um importante site vascaíno[3] resume as condições que levaram a conquista inédita naquele ano: “com três anos de paz política, uma centena de remadores inscritos na União, uma nova flotilha e um quadro social motivado, o Vasco estava pronto para vencer. Na regata de junho, cinco primeiros lugares. Na seguinte seria disputada a prova do campeonato e foi nesse dia, 24 de setembro de 1905, que a Yole 8 “Procellaria” deslizou nas águas da Enseada de Botafogo e deu ao Vasco o primeiro título de sua história”.
            Depois de ficar sem sua sede em função das Reformas que afetaram a região central do Rio de Janeiro, o clube ficou provisoriamente em uma nova sede instalado pela prefeitura na rua Luiz de Vasconcellos, n.º 14, até sua transferência definitiva para a sede da Rua Santa Luzia no ano seguinte.
Paralelamente, os poucos clubes de futebol organizados criavam na sede do Fluminense uma Liga com a proposta de, no ano seguinte, iniciar a competição de um campeonato na Capital Federal. Os dias de hegemonia absoluta do remo estavam seriamente ameaçados.
 Fonte: Livro “100 anos da Torcida Vascaína”, escrito pelo historiador Jorge Medeiros.


[1] Fonte:www.memoriavascaina.com
[2] Fonte:www.memoriavascaina.com
[3] Fonte: www.paixaovascao.com.br

Vasco Revista da Semana 1905

Vasco Revista da Semana 1905

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